03/12/2020

Caixa Econômica Federal reabre PDV até dia 11 de dezembro; programa não atingiu a meta



A Caixa reabriu o Programa de Desligamento Voluntário (PDV). As adesões começam na quarta-feira (02) e vão até o dia 11 de dezembro. Segundo informações da Caixa, as regras continuam as mesmas do último programa aberto, com o objetivo de adequar o banco à Emenda Constitucional nº 103, da reforma da previdência. No primeiro PDV, foram abertas mais de 7,2 mil vagas. Mas a adesão ficou abaixo da expectativa. Cerca de 2,3 mil empregados aderiram ao programa.

Um dos motivos para a reabertura do PDV seria o número baixo de adesão dos empregados ao programa. “O que estamos vendo é o total desmonte da Caixa. A Caixa reabriu o PDV logo após o início de uma reestruturação, sem nenhum planejamento. O que parece é que o único intuito foi pressionar os empregados a aderirem ao Plano, pois a Caixa não alcançou o objetivo de mais de sete mil adesões”, afirmou o presidente da Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Fenae), Sergio Takemoto.

A Comissão Executiva dos Empregados da Caixa (CEE/Caixa) orienta que os trabalhadores estejam seguros da escolha. "Essa é uma mudança para toda a vida. Então os empregados devem estar seguros dessa mudança. O sindicato estará sempre à disposição dos trabalhadores", afirmou a coordenadora Comissão, Fabiana Uehara Proscholdt.

Pressão para saída

Um dos motivos para a reabertura do PDV seria a saída de empregados ter atingido um número abaixo do esperado. Alguns empregados têm denunciado a pressão de seus superiores para a adesão ao programa. Relatos dão conta de que as funções estão congeladas, obrigando os empregados ao descomissionamento.

É o caso da empregada L. F., que preferiu não se identificar. Ela contou que perdeu sua função na Matriz da Caixa e corre o risco de voltar para a agência. "No dia em que completei 17 anos na Caixa eles fizeram isso comigo. É uma maldade, uma crueldade o que a direção está fazendo com os trabalhadores", afirmou.

Segundo L., seu setor foi reestruturado e ainda foi obrigada a buscar uma realocação pelo prazo de cinco dias. "Me chamaram e disseram que por motivos de redimensionamento da equipe eles iriam precisar da minha função", contou. Ainda segundo a trabalhadora, ela recebeu uma lista de onde poderia trabalhar, mas ao entrar em contato com os gerentes, teve uma surpresa. "Da lista alguns gestores nem me responderam. Os que responderam, disseram que as vagas estão bloqueadas. Ou seja, tiraram as funções dos empregados, bloquearam as vagas da matriz para enviar todos para a Rede e forçar que as pessoas entrem no PDV", relatou.

Assim como a L., essa pode ser a situação de diversos outros trabalhadores da Caixa, como alertou a coordenadora da Comissão.

"A Caixa segue retirando empregados da empresa sem repor e tem exercido grande pressão para que os trabalhadores manifestem adesão ao PDV, mas isso não pode acontecer. Nessa pandemia vimos a importância do banco público através do trabalho desempenha por seus empregados, que estão cansados e sobrecarregados pela jornada exaustiva, e que pode piorar com um quadro de funcionários ainda mais deficitário. Os colegas devem denunciar ao Sindicato se estiverem recebendo pressão para a adesão”, ressaltou o diretor do Sindicato dos Bancários de Catanduva e região, Antônio Júlio Gonçalves Neto.

Confira algumas das principais dúvidas dos empregados sobre o PDV

O Sindicato tem à disposição dos trabalhadores uma assessoria jurídica, em caso de dúvidas. Mais informações sobre os agendamentos jurídicos podem ser obtidas pelo (17) 3522-2409 ou pelo WhatsApp (17) 99259-1987.
Fonte: Fenae, com edição de Seeb Catanduva

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