26/06/2020

MB frustra trabalhadores; reunião para tratar de demissões durante pandemia não evolui




A Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Mercantil do Brasil vai buscar mecanismos para que o banco negocie com seriedade e respeito com a representação dos trabalhadores.

A decisão foi tomada após a reunião de quinta-feira (25), quando o banco não aceitou a reivindicação dos trabalhadores. Esta foi a segunda negociação, realizada por videoconferência, para debater as dezenas de demissões ocorridas no Mercantil do Brasil, no mês de junho, em todo o Brasil. O movimento sindical cobra da direção do banco o fim de novos desligamentos durante a pandemia ou pelo menos indenizações e condições mais vantajosas para os trabalhadores demitidos nesse período.

O Mercantil do Brasil se mostrou intransigente e, além de não apresentar nenhum avanço, ainda apresentou uma proposta indecorosa flertando com a medida provisória 936, com mecanismos nocivos aos trabalhadores, como reduções em jornadas de trabalho e salários e também sobre a suspensão do contrato de trabalho durante a pandemia.

“Mesmo durante a pandemia, o Mercantil demitiu trabalhadores, diminuindo ainda mais o quadro de funcionários. Os sindicatos denunciaram que esta situação, além de demonstrar descaso com os trabalhadores, também aumenta o risco de contaminação pela Covid-19, pois prolonga o tempo de espera para o atendimento nas agências. O posicionamento do banco foi um verdadeiro balde de água fria nos trabalhadores. O Mercantil, além de não garantir os empregos durante a pandemia, ainda acena com a implantação da MP 936”, afirmou Marco Aurélio Alves, coordenador da COE do Mercantil do Brasil.

Para Magaly Fagundes, presidente da Federação dos Trabalhadores do ramo Financeiro (Fetrafi MG), o movimento sindical se esforçou para chegar a um acordo para trazer tranquilidade e respeito  aos trabalhadores, mas esbarrou na falta de humanidade e truculência  do Mercantil do Brasil. “O Banco demitiu os trabalhadores no pior período da nossa história. Nossa reunião tinha o objetivo de convencer a empresa a deixar de agir de forma inconsequente e insensível com os trabalhadores, mas o Mercantil, infelizmente, não entende dessa forma.

"A demissão em qualquer época é terrível, mas demitir em plena pandemia é inadmissível e desumano.O Sindicato repudia essa onda de demissões imotivadas e exige respeito aos funcionários, que também vêm sofrendo com a sobrecarga de trabalho em suas unidades de trabalho", acrescenta o secretário geral do Sindicato, Júlio César Trigo.

Não obstante ao momento atual adverso que passam milhares de empresas brasileiras, o Sindicato ressalta que a saúde financeira do Mercantil do Brasil vai muito bem. Somente no primeiro trimestre de 2020, o banco obteve lucro líquido de R$ 47 milhões. Mais um motivo para o repúdio aos desligamentos arbitrários dos trabalhadores.

Procure o Sindicato 

O Sindicato está monitorando todos os locais de trabalho e alertando os bancários. Como as informações estão sendo atualizadas constantemente, deixamos aqui nossos canais de comunicação.

> Está com um problema no seu local de trabalho ou seu banco não está cumprindo o acordado? CLIQUE AQUI e denuncie. O sigilo é absoluto.

> Você pode entrar em contato diretamente com um de nossos diretores através de seus contatos pessoais. Confira: Roberto Vicentim - (17) 99135-3215, Júlio Trigo - (17) 99191-6750, Antônio Júlio Gonçalves Neto (Tony) - (17) 99141-0844, Sérgio L. De Castro Ribeiro (Chimbica) - (17) 99707-1017, Luiz Eduardo Campolungo - (17) 99136-7822 e Luiz César de Freitas (Alemão) - (11) 99145-5186

> Redes Sociais: nossos canais no Facebook e Instagram estão abertos, compartilhando informações do Sindicato e de interesse da sociedade sobre a pandemia.

> Quer receber notícias sobre o seu banco? Cadastre-se em nossa linha de transmissão no WhatsApp. Adicione o número (17) 99259-1987 nos seus contatos e envia uma mensagem informando seu nome, banco e cidade em que trabalha.
 
Fonte: Contraf-CUT, com edição de Seeb Catanduva

SINDICALIZE-SE

MAIS NOTÍCIAS