20/09/2018

CA da Caixa deve votar, em breve, alteração no estatuto que prevê seleção externa na diretoria

CA deve votar, em breve, alteração no estatuto da Caixa que prevê seleção externa na diretoria

 
Segundo divulgado pela grande imprensa, o Conselho de Administração (CA) da Caixa deve votar nova proposta de alteração do Estatuto, que permite que diretorias da área de controle (Jurídica, Auditoria e Corregedoria) sejam ocupadas por não concursados do banco.

A alteração que, segundo a imprensa, seria apreciada dia 13, gerou manifestações de repúdio das entidades sindicais representativas e foi adiada.

Há quase 30 anos, esses cargos são preenchidos exclusivamente por empregados concursados do banco.

A proposta que acaba com a exclusividade dos empregados assumirem diretorias da Caixa já havia sido feita durante o debate do novo Estatuto, em 2017, mas foi retirada do texto devido à resistência de entidades e bancários. Em maio, a imprensa ventilou o retorno da proposta, o que foi alvo de ações populares que conselheiros respondem até hoje. 

O Sindicato dos Bancários de Catanduva e Região também repudia a retomada da narrativa privatista na Caixa.

"Essas medidas atendem às exigências do ‘mercado’, o que pode contaminar a empresa com uma visão que objetiva só a lucratividade, ignorando o papel desenvolvimentista do sistema financeiro que só a Caixa exerceu com mais plenitude entre os bancos de varejo. Mudanças são bem-vindas, mas não à custa do enfraquecimento da empresa e da desvalorização dos empregados", defende o diretor do Sindicato, Antônio Júlio Gonçalves Neto.

Presidente e vice-presidentes – Atualmente, o presidente do banco é indicado pelo governo e os vice-presidentes, de acordo com a alteração feita no estatuto ano passado, são nomeados pelo próprio Conselho de Administração após seleção externa.

Em agosto, o Conselho de Administração anunciou que os próximos vice-presidentes serão escolhidos em processo seletivo conduzido por consultoria privada.

"O modelo de seleção de vice-presidentes a ser conduzido por consultoria privada é mais uma ameaça sem precedentes para o caráter social e público do banco e por isso, contra esse retrocesso, a mobilização do movimento sindical, dos trabalhadores e da população precisa ser intensificada", ressalta o diretor.
 
Fonte: Apcef/SP, com edição de Seeb Catanduva

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