18/09/2018
Cassi tenta intimidar entidades representativas contrárias à proposta do Banco do Brasil
(Montagem: Linton Publio)
Entidades representativas dos bancários do Banco do Brasil contrárias à proposta do Banco do Brasil para a Cassi estão sofrendo uma série de tentativas de intimidação, através de notificações extrajudiciais, por parte da diretoria da caixa de assistência. De acordo com matéria publicada pelo Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, a entidade, assim como a ANABB (Associação Nacional dos Funcionários do Banco do Brasil), recebeu recentemente notificação extrajudicial que solicita que a entidade abstenha-se de publicar supostas informações “equivocadas ou distorcidas” sobre a proposta do BB, que avalia ser prejudicial aos associados, da ativa e aposentados.
“Chama a atenção o fato de que as notificações são feitas pela própria Cassi, e não pelo autor da proposta em questão, o BB. Avaliamos que essa iniciativa da presidência da Cassi é uma forma de intimidar as entidades que estão ao lado dos associados e orientam pela rejeição da proposta, que atende apenas os interesses do banco, prejudicando os associados e a própria Cassi”, critica o integrante da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB João Fukunaga.
> Saiba por que votar NÃO na proposta do BB para a Cassi
Na matéria, Fukunaga destacou o direito das entidades representativas dos trabalhadores do BB de orientar e informar os bancários da ativa e aposentados. "Reafirmamos todas as nossas interpretações sobre os pontos da proposta que consideramos prejudiciais ao corpo social da caixa de assistência e reforçamos nossa orientação para que o corpo social rejeite a mesma, votando NÃO. Se a diretoria da Cassi é favorável à proposta do BB, deveria defendê-la, esclarecer pontos obscuros, apresentar dados concretos, e não intimidar quem se declara contrário e tem sólida credibilidade na categoria para orientar o voto NÃO”, acrescenta.
> Proposta do BB para Cassi: Sindicato orienta voto NÃO
Trabalhadores apresentam proposta que não retira direitos
As entidades representativas dos trabalhadores também apresentaram proposta para a sustentabilidade da Cassi que busca garantir a manutenção de direitos e a cobertura para funcionários da ativa, aposentados e dependentes.
A proposta preserva o princípio da solidariedade, segundo o qual os associados contribuem de forma proporcional ao salário, independentemente da idade ou condição de saúde; defende a manutenção da Cassi sob o comando dos representantes dos associados, sendo gerida de forma paritária; dentre outros pontos.
> Conheça a proposta da Contraf-CUT para a Cassi
Quanto à questão financeira, o documento propõe uma receita operacional nova de R$ 862,5 milhões/ano – o que representa R$ 4,3 bilhões entre 2019-23 – para reequilibrar liquidez e margem de solvência, fazer os investimentos necessários e ampliar o modelo assistencial.
Essa verba viria de um aditivo ao Memorando de Entendimentos, definindo 1,5% para o corpo social, que corresponderia R$ 345 milhões para os associados ao ano, ou seja, R$ 1,725 bilhão de 2019 a 2023; e 1,5 vezes esse valor a ser pago pelo banco, representando R$ 517 milhões ao ano, o que dá R$ 2,587 bilhões no mesmo período. Essa alteração sustenta a mesma metodologia contábil e legal que o banco construiu em 2016, inclusive dentro dos parâmetros da CVM695, e coloca de lado a CGPAR 23, que o banco quer impor para os associados.
“Chama a atenção o fato de que as notificações são feitas pela própria Cassi, e não pelo autor da proposta em questão, o BB. Avaliamos que essa iniciativa da presidência da Cassi é uma forma de intimidar as entidades que estão ao lado dos associados e orientam pela rejeição da proposta, que atende apenas os interesses do banco, prejudicando os associados e a própria Cassi”, critica o integrante da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB João Fukunaga.
> Saiba por que votar NÃO na proposta do BB para a Cassi
Na matéria, Fukunaga destacou o direito das entidades representativas dos trabalhadores do BB de orientar e informar os bancários da ativa e aposentados. "Reafirmamos todas as nossas interpretações sobre os pontos da proposta que consideramos prejudiciais ao corpo social da caixa de assistência e reforçamos nossa orientação para que o corpo social rejeite a mesma, votando NÃO. Se a diretoria da Cassi é favorável à proposta do BB, deveria defendê-la, esclarecer pontos obscuros, apresentar dados concretos, e não intimidar quem se declara contrário e tem sólida credibilidade na categoria para orientar o voto NÃO”, acrescenta.
> Proposta do BB para Cassi: Sindicato orienta voto NÃO
Trabalhadores apresentam proposta que não retira direitos
As entidades representativas dos trabalhadores também apresentaram proposta para a sustentabilidade da Cassi que busca garantir a manutenção de direitos e a cobertura para funcionários da ativa, aposentados e dependentes.
A proposta preserva o princípio da solidariedade, segundo o qual os associados contribuem de forma proporcional ao salário, independentemente da idade ou condição de saúde; defende a manutenção da Cassi sob o comando dos representantes dos associados, sendo gerida de forma paritária; dentre outros pontos.
> Conheça a proposta da Contraf-CUT para a Cassi
Quanto à questão financeira, o documento propõe uma receita operacional nova de R$ 862,5 milhões/ano – o que representa R$ 4,3 bilhões entre 2019-23 – para reequilibrar liquidez e margem de solvência, fazer os investimentos necessários e ampliar o modelo assistencial.
Essa verba viria de um aditivo ao Memorando de Entendimentos, definindo 1,5% para o corpo social, que corresponderia R$ 345 milhões para os associados ao ano, ou seja, R$ 1,725 bilhão de 2019 a 2023; e 1,5 vezes esse valor a ser pago pelo banco, representando R$ 517 milhões ao ano, o que dá R$ 2,587 bilhões no mesmo período. Essa alteração sustenta a mesma metodologia contábil e legal que o banco construiu em 2016, inclusive dentro dos parâmetros da CVM695, e coloca de lado a CGPAR 23, que o banco quer impor para os associados.
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