Entidades cobram o fim das demissões e das práticas antissindicais no Mercantil do Brasil
Para denunciar e exigir medidas imediatas do Mercantil do Brasil em relação à onda de demissões decorrente do processo de reestruturações, entidades sindicais participaram de reunião com representantes do banco na quinta-feira (3), na sede do Mercantil, em Belo Horizonte.
Na mesa, os trabalhadores trataram do processo de demissões que vem atingindo inclusive trabalhadores com estabilidade provisória. O caso mais recente de demissão em massa ocorreu na cidade de Blumenau, em Santa Catarina, com o desligamento de grande número de funcionários do Mercantil. Na cidade catarinense, os trabalhadores foram surpreendidos com o fechamento da unidade bancária e o desligamento sumário de pais e mães de família, muitos deles detentores de estabilidade provisória de emprego.
O processo de reestruturação nacional do Mercantil do Brasil vem penalizando os bancários e também a organização dos trabalhadores, com a demissão de diversos dirigentes sindicais.
Para o secretário de Organização da Contraf-CUT, Carlindo Dias (Abelha), com essa postura, o banco demonstra total falta de sensibilidade. “O Mercantil demitiu, inesperadamente, todos os trabalhadores da unidade bancária, inclusive aqueles detentores de estabilidade provisória, como funcionários lesionados e dirigentes sindicais. A Contraf-CUT já recorreu à Fenaban exigindo reparação imediata das demissões”, destacou.
O diretor do Sindicato dos Bancários de Catanduva e Região, Carlos Alberto Moretto, ressalta que hoje o banco conta com 194 agências e 2.600 empregados devido às demissões em massa e o fechamento de agências em todo o Brasil com o argumento de reestruturação. "Um dos maiores desafios é, de fato, lutar pela manutenção do emprego e garantir a valorização e melhoria na qualidade de vida dos trabalhadores do banco. Exigimos, portanto, que a empresa crie mecanismos para a realocação dos funcionários atingidos pelo processo de transformação das agências, ou seja, que eles tenham a oportunidade de transferência para outras áreas, conservando seus empregos", defende Moretto.
Durante a reunião, o movimento sindical repudiou a truculência e prepotência do Mercantil do Brasil, exigindo o fim das demissões em massa e do processo de reestruturação que tem trazido grande ansiedade aos trabalhadores do banco. Diante dos questionamentos, o banco, acuado, ficou de dar uma resposta urgente ao pleito dos trabalhadores sobre o processo de reestruturação e as demissões sumárias.
MAIS NOTÍCIAS
- Lula cobra e Caixa suspende lançamento de bet
- EDITAL ASSEMBLEIA GERAL EXTRAORDINÁRIA ESPECÍFICA - ACT Saúde Caixa
- VIII Fórum Nacional pela Visibilidade Negra no Sistema Financeiro destaca combate ao racismo e defesa da igualdade de oportunidades
- Concentração de inovações tecnológicas nas “big techs” é ameaça à democracia
- Saúde Caixa: Proposta com reajuste zero será deliberada em assembleia nos dias 11 e 12
- Aprovada na Câmara, licença-paternidade de 20 dias é conquista histórica dos bancários
- Senado propõe regras para impedir fechamento indiscriminado de agências bancárias
- Lucro do Itaú chega a R$ 34 bilhões enquanto milhares são demitidos
- Banco Central mantém a economia estrangulada com a Selic em 15%
- Abertas as inscrições para as eleições do Conselho de Usuários do Saúde Caixa
- Senado aprova isenção de IR para quem ganha até R$ 5 mil
- Tecnologia, trabalho e ação sindical: desafios e caminhos possíveis
- Participação dos trabalhadores na gestão das empresas é de interesse público
- Sindicato denuncia abusos do Santander no Dia Nacional de Luta e reafirma defesa dos bancários
- Trabalhadores denunciam: BC atua como inimigo do país com a prática de juros altos