Bradesco antecipa parcela da PLR para 5 de fevereiro

O Bradesco informou, nesta quinta-feira (28), que irá pagar a PLR na sexta-feira, dia 5 de fevereiro, véspera de carnaval. O cálculo do benefício será feito em cima do lucro do banco, anunciado na quarta-feira (27). “Parabéns aos trabalhadores (as) que mesmo num ano difícil para a economia, se superaram, demonstrando a falácia da dita crise, pois, o crescimento do lucro ultrapassa 16%. Só o trabalho produz riqueza”, exaltou Gheorge Vitti, coordenador da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do banco.
Em 2015, o Bradesco obteve um Lucro Líquido Gerencial de R$ 17,873 bilhões, com crescimento de 16,4% em relação a 2014. O retorno sobre o Patrimônio Líquido Médio Anualizado (ROE) ficou em 20,5%, com crescimento de 0,4 p.p. em doze meses.
A Carteira de Crédito Expandida do banco cresceu 4,2% em doze meses e atingiu R$ 474 bilhões (no trimestre houve queda de 0,1%). As operações com pessoas físicas cresceram 4,5% em relação a 2014, chegando a R$ 147,7 bilhões. Já as operações com pessoas jurídicas alcançaram R$ 326,3 bilhões e tiveram alta de 4,0% em doze meses. Essa carteira apresentou queda de 0,9% no último trimestre do ano em relação ao anterior. O Índice de Inadimplência superior a 90 dias apresentou alta de 0,6 p.p. no período, ficando em 4,1%. As despesas com provisões para créditos de liquidação duvidosa (PDD) também subiram (43,7%), totalizando R$ 20,6 bilhões.
Lucros altos e postos de trabalho reduzidos
Em meio aos números estarrecedores, com lucros nas alturas, o Bradesco vem reduzindo o quadro de funcionários. A situação é tão recorrente que não é mais novidade. O banco lucra mais, mas emprega menos. A holding encerrou o ano de 2015 com 92.861 empregados, com redução de 2.659 postos de trabalho em relação a 2014. Foram fechadas 152 agências nesse período.
Tarifas e prestação de serviços aumentaram 7,6%
O crescimento das receitas com Títulos e Valores Mobiliários (TVM) foi diretamente influenciado pelos sucessivos aumentos na taxa Selic e elevação nos índices de preços, apresentando um crescimento de 22,5%, totalizando R$ 39,5 bilhões. A receita com prestação de serviços mais a renda das tarifas bancárias cresceu 7,6% no período, totalizando R$ 19,3 bilhões. As despesas de pessoal subiram 2,9%, atingindo R$ 14,3 bilhões. Assim, em 2015, a cobertura dessas despesas pelas receitas secundárias do banco foi de 134,7%.
É importante salientar que, em 2015, houve impacto significativo dos impostos diferidos (ou créditos tributários) no resultado do banco. Os créditos tributários totalizaram R$ 8,2 bilhões, em 2015, enquanto no ano passado houve uma despesa com os impostos (IR e CSLL) de R$ 4,8 bilhões. Segundo o relatório do banco, esse valor “Inclui, basicamente, (i) a variação cambial de ativos e passivos, derivados de investimentos no exterior; (ii) a equalização da alíquota efetiva da contribuição social em relação à alíquota (45%) demonstrada; e (iii) as deduções incentivadas”.
Veja aqui a íntegra da análise do Dieese
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