28/01/2014
Assembleias decidem sobre proposta da Fundação Francisco Conde
Crédito: Seeb São Paulo
Assembleia dos ex-bancários do BCN aprova proposta em São Paulo
A Contraf-CUT orienta os sindicatos de todo país, que possuem ex-funcionários do BCN em suas bases territoriais, a realizar assembleias até quinta-feira (30) para discutir e aprovar a proposta de destinação dos R$ 100 milhões referentes à segunda parcela a ser recebida da Fundação Roberto Conde. O prazo foi definido pelo desembargador Paulo Dimas, do Tribunal de Justiça de São Paulo, que deverá ser informado sobre as deliberações das assembleias.
Os sindicatos também deverão encaminhar até sexta-feira (31) as atas das assembleias para a Contraf-CUT, que fará o envio ao desembargador, que dará vistas ao Ministério Público e ao Bradesco.
"Está chegando ao fim de forma vitoriosa uma das mais importantes lutas dos ex-bancários do BCN por seus legítimos direitos", afirma Elaine Cutis, diretora da Contraf-CUT e coordenadora da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Bradesco.
"Essa proposta, se aprovada, ainda será levada à Justiça e vamos reivindicar ao Ministério Público (MP) que o valor seja distribuído como verba indenizatória. Dessa forma, não haveria incidência de imposto de renda", ressalta Andrea Vasconcelos, funcionária do Bradesco e secretária de Políticas Sociais da Contraf-CUT.
Em assembleia realizada na última quinta-feira (23) pelo Sindicato dos Bancários de São Paulo, a proposta foi aprovada praticamente por unanimidade. Dos 510 presentes, apenas três votaram contra e houve ainda uma abstenção.
"Esse resultado demonstra de que existe uma grande vontade dos ex-bancários do BCN pela realização de um acordo, pois, caso negativo, haveria o risco de uma longa disputa judicial nos tribunais, o que poderia se arrastar por muitos anos", aponta Adilson Barros, funcionário do Brasileiro e secretário de Relações de Trabalho da Contraf-CUT.
Dois grupos
Pela proposta aprovada, o montante será dividido em partes iguais entre dois grupos. O primeiro engloba os bancários que entraram no BCN até dezembro de 1975 e permaneceram até maio de 1999.
Os outros R$ 50 milhões serão destinados a quem entrou em janeiro de 1976 e ficou até maio de 1999. O cálculo do valor a ser recebido será baseado a partir da data de entrada do bancário até abril de 1993, quando o banco encerrou o fundo.
O primeiro grupo reúne aproximadamente 800 pessoas. No segundo estão cerca de 3,1 mil. Foi feito um cálculo prévio aproximado em que as pessoas do grupo 1 receberão mais ou menos R$ 800 de contribuição referente a cada mês trabalhado no banco, até abril de 1993.
Se o bancário trabalhou 36 meses, por exemplo, receberá 36 parcelas de R$ 800. O segundo grupo receberá R$ 200 por mês trabalhado, com cálculo das parcelas igual ao do grupo 1.
Os bancários que foram admitidos entre janeiro de 1976 e dezembro de 1979 estarão automaticamente no segundo grupo. "Isso foi pensado para que não houvesse injustiça na distribuição dos valores", explica Ricardo Correa, diretor do Sindicato dos Bancários de São Paulo.
Haverá um prazo de três anos para a localização de todos os beneficiários. O montante destinado aos bancários não encontrados será redistribuído findo esse período.
A história do destino dos recursos da Fundação Francisco Conde se arrasta desde 1997, quando o Bradesco comprou o BCN. Em 1999, o banco retirou o patrocínio do fundo e, em 2001, os ex-funcionários receberam a primeira parcela referente à parte previdenciária. Em 2003, foi constatado no Ministério da Previdência que ainda havia R$ 100 milhões - em valores atuais - a serem pagos aos ex-funcionários do BCN.
Custeio
A proposta aprovada na assembleia também estabelece a destinação de 10% do valor ao Sindicato para o custeio com o prosseguimento do processo na Justiça. Outros 2% serão destinados para a associação de ex-funcionários da Fundação Francisco Conde e para pagamento de honorários.
Fonte: Contraf-CUT com Seeb São Paulo
Assembleia dos ex-bancários do BCN aprova proposta em São PauloA Contraf-CUT orienta os sindicatos de todo país, que possuem ex-funcionários do BCN em suas bases territoriais, a realizar assembleias até quinta-feira (30) para discutir e aprovar a proposta de destinação dos R$ 100 milhões referentes à segunda parcela a ser recebida da Fundação Roberto Conde. O prazo foi definido pelo desembargador Paulo Dimas, do Tribunal de Justiça de São Paulo, que deverá ser informado sobre as deliberações das assembleias.
Os sindicatos também deverão encaminhar até sexta-feira (31) as atas das assembleias para a Contraf-CUT, que fará o envio ao desembargador, que dará vistas ao Ministério Público e ao Bradesco.
"Está chegando ao fim de forma vitoriosa uma das mais importantes lutas dos ex-bancários do BCN por seus legítimos direitos", afirma Elaine Cutis, diretora da Contraf-CUT e coordenadora da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Bradesco.
"Essa proposta, se aprovada, ainda será levada à Justiça e vamos reivindicar ao Ministério Público (MP) que o valor seja distribuído como verba indenizatória. Dessa forma, não haveria incidência de imposto de renda", ressalta Andrea Vasconcelos, funcionária do Bradesco e secretária de Políticas Sociais da Contraf-CUT.
Em assembleia realizada na última quinta-feira (23) pelo Sindicato dos Bancários de São Paulo, a proposta foi aprovada praticamente por unanimidade. Dos 510 presentes, apenas três votaram contra e houve ainda uma abstenção.
"Esse resultado demonstra de que existe uma grande vontade dos ex-bancários do BCN pela realização de um acordo, pois, caso negativo, haveria o risco de uma longa disputa judicial nos tribunais, o que poderia se arrastar por muitos anos", aponta Adilson Barros, funcionário do Brasileiro e secretário de Relações de Trabalho da Contraf-CUT.
Dois grupos
Pela proposta aprovada, o montante será dividido em partes iguais entre dois grupos. O primeiro engloba os bancários que entraram no BCN até dezembro de 1975 e permaneceram até maio de 1999.
Os outros R$ 50 milhões serão destinados a quem entrou em janeiro de 1976 e ficou até maio de 1999. O cálculo do valor a ser recebido será baseado a partir da data de entrada do bancário até abril de 1993, quando o banco encerrou o fundo.
O primeiro grupo reúne aproximadamente 800 pessoas. No segundo estão cerca de 3,1 mil. Foi feito um cálculo prévio aproximado em que as pessoas do grupo 1 receberão mais ou menos R$ 800 de contribuição referente a cada mês trabalhado no banco, até abril de 1993.
Se o bancário trabalhou 36 meses, por exemplo, receberá 36 parcelas de R$ 800. O segundo grupo receberá R$ 200 por mês trabalhado, com cálculo das parcelas igual ao do grupo 1.
Os bancários que foram admitidos entre janeiro de 1976 e dezembro de 1979 estarão automaticamente no segundo grupo. "Isso foi pensado para que não houvesse injustiça na distribuição dos valores", explica Ricardo Correa, diretor do Sindicato dos Bancários de São Paulo.
Haverá um prazo de três anos para a localização de todos os beneficiários. O montante destinado aos bancários não encontrados será redistribuído findo esse período.
A história do destino dos recursos da Fundação Francisco Conde se arrasta desde 1997, quando o Bradesco comprou o BCN. Em 1999, o banco retirou o patrocínio do fundo e, em 2001, os ex-funcionários receberam a primeira parcela referente à parte previdenciária. Em 2003, foi constatado no Ministério da Previdência que ainda havia R$ 100 milhões - em valores atuais - a serem pagos aos ex-funcionários do BCN.
Custeio
A proposta aprovada na assembleia também estabelece a destinação de 10% do valor ao Sindicato para o custeio com o prosseguimento do processo na Justiça. Outros 2% serão destinados para a associação de ex-funcionários da Fundação Francisco Conde e para pagamento de honorários.
Fonte: Contraf-CUT com Seeb São Paulo
SINDICALIZE-SE
MAIS NOTÍCIAS
- Dica cultural: Mostra COP30 na FatoFlix amplia debate do papel do Brasil na transição ecológica
- Quatro milhões de pessoas terão de fazer prova de vida no INSS
- Coordenadora da COE Itaú rebate declarações do presidente do banco sobre demissões em massa e defende trabalhadores injustiçados
- Bradesco encerra emissão de cheques para pessoas físicas e MEIs em dezembro
- 4ª Conferência Nacional LGBTQIA+ marca a retomada do orgulho e da esperança
- Sindicato Cidadão: Festa dos Bancários arrecada mais de 150 kg de alimentos em ação solidária
- Reforma Administrativa é cópia de PEC 32 e abre portas a apadrinhados em cargos públicos
- Dieese divulga estudo sobre desenvolvimento socioeconômico e as contas externas
- Sob ataques à direitos históricos e metas inalcançáveis, bancários do BB vivem clima de exaustão: Sindicato denuncia descaso da direção em Dia Nacional de Luta
- Confira a programação do VIII Fórum Nacional pela Visibilidade Negra no Sistema Financeiro e garanta sua inscrição
- Dossiê Fintechs: as manobras cambiais no Banco Central de Campos Neto
- Movimento sindical critica postura do Mercantil por demitir dirigentes sindicais e desrespeitar a CCT da categoria
- Festa dos Bancários 2025: alegria, solidariedade e muita diversão para celebrar nossos associados no Clube dos Bancários
- Reforma Administrativa: A farsa para desmontar o Estado e implodir direitos
- 17ª Plenária Nacional da CUT aprova plano nacional de lutas 2025-2026