17/09/2020
Ricardo Sasseron: diretores eleitos da Cassi comemoram resultado que não produziram
Confira abaixo o artigo de José Ricardo Sasseron - aposentado do BB, ex-diretor da Previ e ex-presidente da Anapar - em que são analisados os resultados da Cassi no 1º semestre de 2020.
A diretoria da Cassi comemorou com fogos de artifício os resultados do 1º semestre de 2020 e se cobriu de confetes, como se o resultado fosse fruto do trabalho deles próprios. Nestes tempos de fake news, produziram menos que meia verdade. De fato, o Plano Associados deu superávit, mas como fruto do acordo de revisão de custeio aprovado pelos associados no final de 2019 e pela redução de despesas com serviços de saúde verificada nos meses de abril a junho deste ano, resultante principalmente do isolamento social imposto pela pandemia.
Vamos aos números do Plano Associados.
As receitas do 1º semestre de 2020 (R$ 1,634 bilhão) foram 27,6% maiores que as do mesmo período de 2019 (R$ 1,280 bilhão), em decorrência de:
a) Contribuições por dependentes, pagas pelos associados e pelo banco – R$ 299 milhões;
b) Taxa de Administração paga pelo BB – R$ 55 milhões.
Já as despesas foram reduzidas em 3,6% no mesmo período, de R$ 1,278 bilhão para R$ 1,232 bilhão, devido à redução drástica das despesas com atendimento médico, hospitalar e ambulatorial. De janeiro a março de 2020, a média de gastos foi de R$ 404 milhões mensais, despencando para R$ 315 milhões de abril a junho deste ano, período em que os associados adotaram o isolamento social para se proteger do contágio do coronavirus e evitaram procurar médicos, clínicas e hospitais, postergando o acesso a estes serviços.
Assim, o resultado não é fruto de eficiência na gestão, mas do aumento das receitas negociado pelas entidades representativas e aprovado pelos associados, combinado com a significativa redução de despesas. Importante salientar que, a depender dos diretores e conselheiros eleitos, o aumento das contribuições dos associados seria muito maior, para desonerar o banco parcialmente de suas obrigações.
Diretoria da Cassi, arrogante, se nega a rever coparticipação
Na reunião de apresentação destes resultados, as entidades representativas dos associados reivindicaram que os índices de coparticipação retornassem ao que eram antes do aumento decretado unilateralmente, em combinação entre diretores e conselheiros eleitos e indicados. Reivindicaram também que fosse reestabelecido o fornecimento de medicamentos para doenças crônicas, já que a diretoria cortou 1.800 medicamentos do Programa de Assistência Farmacêutica.
A diretoria da Cassi, arrogante, não quer saber de rever a sua medida unilateral, que vem prejudicando os associados no momento que mais precisam e estão fragilizados pelos tratamentos e exames necessários.
Tudo isto mostra que Satoru e Faraco comemoraram um resultado que não é deles. Em vez de defenderem os associados, apoiando a reivindicação das entidades representativas, preferem manter os elevados percentuais de cobrança de coparticipação, enquanto vão colher louros no quintal do vizinho, elogiando a si mesmos por um resultado que não produziram.
A diretoria da Cassi comemorou com fogos de artifício os resultados do 1º semestre de 2020 e se cobriu de confetes, como se o resultado fosse fruto do trabalho deles próprios. Nestes tempos de fake news, produziram menos que meia verdade. De fato, o Plano Associados deu superávit, mas como fruto do acordo de revisão de custeio aprovado pelos associados no final de 2019 e pela redução de despesas com serviços de saúde verificada nos meses de abril a junho deste ano, resultante principalmente do isolamento social imposto pela pandemia.
Vamos aos números do Plano Associados.
As receitas do 1º semestre de 2020 (R$ 1,634 bilhão) foram 27,6% maiores que as do mesmo período de 2019 (R$ 1,280 bilhão), em decorrência de:
a) Contribuições por dependentes, pagas pelos associados e pelo banco – R$ 299 milhões;
b) Taxa de Administração paga pelo BB – R$ 55 milhões.
Já as despesas foram reduzidas em 3,6% no mesmo período, de R$ 1,278 bilhão para R$ 1,232 bilhão, devido à redução drástica das despesas com atendimento médico, hospitalar e ambulatorial. De janeiro a março de 2020, a média de gastos foi de R$ 404 milhões mensais, despencando para R$ 315 milhões de abril a junho deste ano, período em que os associados adotaram o isolamento social para se proteger do contágio do coronavirus e evitaram procurar médicos, clínicas e hospitais, postergando o acesso a estes serviços.
Assim, o resultado não é fruto de eficiência na gestão, mas do aumento das receitas negociado pelas entidades representativas e aprovado pelos associados, combinado com a significativa redução de despesas. Importante salientar que, a depender dos diretores e conselheiros eleitos, o aumento das contribuições dos associados seria muito maior, para desonerar o banco parcialmente de suas obrigações.
Diretoria da Cassi, arrogante, se nega a rever coparticipação
Na reunião de apresentação destes resultados, as entidades representativas dos associados reivindicaram que os índices de coparticipação retornassem ao que eram antes do aumento decretado unilateralmente, em combinação entre diretores e conselheiros eleitos e indicados. Reivindicaram também que fosse reestabelecido o fornecimento de medicamentos para doenças crônicas, já que a diretoria cortou 1.800 medicamentos do Programa de Assistência Farmacêutica.
A diretoria da Cassi, arrogante, não quer saber de rever a sua medida unilateral, que vem prejudicando os associados no momento que mais precisam e estão fragilizados pelos tratamentos e exames necessários.
Tudo isto mostra que Satoru e Faraco comemoraram um resultado que não é deles. Em vez de defenderem os associados, apoiando a reivindicação das entidades representativas, preferem manter os elevados percentuais de cobrança de coparticipação, enquanto vão colher louros no quintal do vizinho, elogiando a si mesmos por um resultado que não produziram.
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