08/08/2017
11 anos da Lei Maria da Penha: há muito que se fazer no combate à violência contra mulher
Por Sueli Silvia Adriano*
E no dia que celebramos 11 anos da Lei Maria da Penha uma matéria estampa os portais de notícia de Santa Catarina: mulher é assassinada pelo seu esposo há golpes de facadas na frente de suas filhas. O motivo? Ciúmes.
A Lei, elogiada no mundo todo, representa um grande avanço no combate à violência contra a mulher, mas casos como esse da mãe assassinada em frente as suas filhas, não são raros e nos mostram o quanto precisamos meter a colher e intervir na violência doméstica que maltrata, mutila e até mata milhares de mulheres no país.
A origem da violência contra a mulher tem raízes no modelo de sociedade machista com uma construção cultural patriarcal que objetifica o corpo da mulher. É no mínimo estranho ver as grandes redes de televisão vir nesse dia 07 de agosto, no aniversário da Lei Maria da Penha, falar sobre a violência contra a mulher, quando muitas de suas produções reforçam o estereótipo de mulher objeto que pertence ao homem.
O modelo de educação brasileira também contribui com essa construção da imagem da mulher e com os altos índices de violência, que são perpetuados pela juventude. Quando os políticos afirmam que não querem tratar sobre gênero nas escolas, perde-se um espaço de debate sobre as relações de homem e mulher e perde-se a oportunidade de romper com os padrões culturais impostos as mulheres e meninas.
A igreja, outro espaço da sociedade machista, também tem responsabilidade sobre os altos índices de violência e morte de nossas mulheres. Não dá mais para aceitar que nesses novos tempos, tentem nos impor interpretações equivocadas de um livro sagrado em que coloca o papel da mulher como submissa ao homem e a ele tudo deve servir.
A Lei foi um importante passo para essa luta contra esse crime cruel presente em nossa sociedade. A Lei Maria da Penha que leva o nome de uma mulher vítima de violência doméstica, tem as digitais de vários e vários movimentos que denunciam esse doloroso crime contra nós mulheres.
Por todas as mulheres que sofrem violência, por todas que sofrem caladas, pelas que não encontram suporte no estado para se livrar dessa condição de vida, por todas que foram mortas, violentadas, mutiladas, agredidas e assediadas por quem deveria ama-la. Nós continuaremos a resistir e lutar pela libertação de todas! Chega de mortes, chega de violência! Por nenhuma a menos, celebramos os 11 anos da Lei Maria da Penha!
*Sueli Adriano é secretária da mulher trabalhadora da CUT-SC.
Fonte: CUT Nacional
E no dia que celebramos 11 anos da Lei Maria da Penha uma matéria estampa os portais de notícia de Santa Catarina: mulher é assassinada pelo seu esposo há golpes de facadas na frente de suas filhas. O motivo? Ciúmes.
A Lei, elogiada no mundo todo, representa um grande avanço no combate à violência contra a mulher, mas casos como esse da mãe assassinada em frente as suas filhas, não são raros e nos mostram o quanto precisamos meter a colher e intervir na violência doméstica que maltrata, mutila e até mata milhares de mulheres no país.
A origem da violência contra a mulher tem raízes no modelo de sociedade machista com uma construção cultural patriarcal que objetifica o corpo da mulher. É no mínimo estranho ver as grandes redes de televisão vir nesse dia 07 de agosto, no aniversário da Lei Maria da Penha, falar sobre a violência contra a mulher, quando muitas de suas produções reforçam o estereótipo de mulher objeto que pertence ao homem.
O modelo de educação brasileira também contribui com essa construção da imagem da mulher e com os altos índices de violência, que são perpetuados pela juventude. Quando os políticos afirmam que não querem tratar sobre gênero nas escolas, perde-se um espaço de debate sobre as relações de homem e mulher e perde-se a oportunidade de romper com os padrões culturais impostos as mulheres e meninas.
A igreja, outro espaço da sociedade machista, também tem responsabilidade sobre os altos índices de violência e morte de nossas mulheres. Não dá mais para aceitar que nesses novos tempos, tentem nos impor interpretações equivocadas de um livro sagrado em que coloca o papel da mulher como submissa ao homem e a ele tudo deve servir.
A Lei foi um importante passo para essa luta contra esse crime cruel presente em nossa sociedade. A Lei Maria da Penha que leva o nome de uma mulher vítima de violência doméstica, tem as digitais de vários e vários movimentos que denunciam esse doloroso crime contra nós mulheres.
Por todas as mulheres que sofrem violência, por todas que sofrem caladas, pelas que não encontram suporte no estado para se livrar dessa condição de vida, por todas que foram mortas, violentadas, mutiladas, agredidas e assediadas por quem deveria ama-la. Nós continuaremos a resistir e lutar pela libertação de todas! Chega de mortes, chega de violência! Por nenhuma a menos, celebramos os 11 anos da Lei Maria da Penha!
*Sueli Adriano é secretária da mulher trabalhadora da CUT-SC.
Fonte: CUT Nacional
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