10/04/2015
Caixa segue um banco 100% público
Por Paulo Moreira Leite
Levy e Miriam Belchior informam que a Caixa segue um banco 100% publico - noticia importante para o Brasil e os brasileiros. A hipótese de que a Caixa Econômica pudesse ser privatizada, que chegou a ser veiculada no conjunto de notícias desencontradas que marcaram os primeiros dias do segundo mandato do governo Dilma Rousseff, foi dissipada nesta quarta-feira (8). O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, e a nova presidente da instituição, Miriam Belchior, anunciaram que a Caixa segue um banco 100% público em suas atividades como crédito imobiliário, financiamento de programas sociais e uma imensa carteira de serviços públicos.
Apenas a área de seguros, que hoje envolve a participação minoritária da Caixa em outras seis instituições financeiras privadas, terá seu capital aberto ao mercado - num processo semelhante ao realizado com o Banco do Brasil em 2013, quando o mais antigo banco do país faturou R$ 11,4 bilhões no lançamento das ações do BB Seguridade.
"Nunca houve um estudo real para privatizar a Caixa," explica Miriam Belchior em entrevista ao 247. Para a Miriam Belchior, a abertura para o mercado da área de seguros destina-se a aproveitar "uma oportunidade de crescimento gigantesca. Após anos de aumento da renda, o potencial é enorme. Um número cada vez maior de brasileiros está fazendo seguros de todo tipo, e não só aquele obrigatório para o automóvel. Seria um erro não aproveitar essa possibilidade."
Do ponto de vista do cidadão, o aspecto importante envolve a preservação da natureza pública da instituição. Essa condição permite a Caixa desempenhar um papel único entre os bancos brasileiros, viabilizando programas sociais como o Bolsa Família, o seguro desemprego e o FIES. Os juros para habitações destinadas a baixa renda não tem comparação. Ficam entre 4,5% a 6% ao ano, nas camadas mais baixas, e 7,16% num andar mais elevado. Na linha de crédito SBPE, que permite a compra de imóveis usados em até 30 anos, o financiamento fica em 8,8% ao ano, contra 9.1 a 9.3 em outras instituições. Se fosse uma instituição voltada para o mercado, essa função social estaria inteiramente comprometida.
Foi a existência de bancos públicos, como a Caixa e o Banco do Brasil, que permitiu ao país atravessar o colapso dos mercados internacionais em 2008/2009. Naquele momento, altos funcionários do governo dos Estados Unidos chegavam a lamentar que seu país não possuísse bancos públicos capazes de entregar os recursos destinados a reanimar a economia nas mãos de quem iria gastar e investir.
Fonte: Brasil 247
Levy e Miriam Belchior informam que a Caixa segue um banco 100% publico - noticia importante para o Brasil e os brasileiros. A hipótese de que a Caixa Econômica pudesse ser privatizada, que chegou a ser veiculada no conjunto de notícias desencontradas que marcaram os primeiros dias do segundo mandato do governo Dilma Rousseff, foi dissipada nesta quarta-feira (8). O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, e a nova presidente da instituição, Miriam Belchior, anunciaram que a Caixa segue um banco 100% público em suas atividades como crédito imobiliário, financiamento de programas sociais e uma imensa carteira de serviços públicos.
Apenas a área de seguros, que hoje envolve a participação minoritária da Caixa em outras seis instituições financeiras privadas, terá seu capital aberto ao mercado - num processo semelhante ao realizado com o Banco do Brasil em 2013, quando o mais antigo banco do país faturou R$ 11,4 bilhões no lançamento das ações do BB Seguridade.
"Nunca houve um estudo real para privatizar a Caixa," explica Miriam Belchior em entrevista ao 247. Para a Miriam Belchior, a abertura para o mercado da área de seguros destina-se a aproveitar "uma oportunidade de crescimento gigantesca. Após anos de aumento da renda, o potencial é enorme. Um número cada vez maior de brasileiros está fazendo seguros de todo tipo, e não só aquele obrigatório para o automóvel. Seria um erro não aproveitar essa possibilidade."
Do ponto de vista do cidadão, o aspecto importante envolve a preservação da natureza pública da instituição. Essa condição permite a Caixa desempenhar um papel único entre os bancos brasileiros, viabilizando programas sociais como o Bolsa Família, o seguro desemprego e o FIES. Os juros para habitações destinadas a baixa renda não tem comparação. Ficam entre 4,5% a 6% ao ano, nas camadas mais baixas, e 7,16% num andar mais elevado. Na linha de crédito SBPE, que permite a compra de imóveis usados em até 30 anos, o financiamento fica em 8,8% ao ano, contra 9.1 a 9.3 em outras instituições. Se fosse uma instituição voltada para o mercado, essa função social estaria inteiramente comprometida.
Foi a existência de bancos públicos, como a Caixa e o Banco do Brasil, que permitiu ao país atravessar o colapso dos mercados internacionais em 2008/2009. Naquele momento, altos funcionários do governo dos Estados Unidos chegavam a lamentar que seu país não possuísse bancos públicos capazes de entregar os recursos destinados a reanimar a economia nas mãos de quem iria gastar e investir.
Fonte: Brasil 247
SINDICALIZE-SE
MAIS ARTIGOS
- Bancários são CLT Premium?
- Primeira mesa com banqueiros vai discutir o emprego bancário
- Algoritmos a serviço do lucro e da propagação do discurso de ódio
- PLR é resultado da luta dos trabalhadores!
- Banesprev: O Plano II e as contribuições extraordinárias
- Impacto da inteligência artificial nos empregos: tecnologia não pode ser vilã
- CABESP: Fraude e Desperdício na área da Saúde
- Reajuste salarial dos bancários representa acréscimo anual de R$ 2,7 bilhões na economia
- Negociação coletiva é o melhor instrumento para tratar das questões do mundo do trabalho
- A Caixa é do Brasil e não moeda de troca política
- Funcef: entrevista exclusiva com presidente Ricardo Pontes
- O que muda com a Reforma Tributária?
- Bancos públicos devem voltar a estimular a economia por meio da oferta de crédito
- Demissão em Massa - Quais são os direitos de quem foi demitido?
- Mulheres à frente de bancos públicos representam avanços em conquistas históricas