16/08/2022
Contribuição que o Banco do Brasil pode dar ao país vem sendo negligenciada
O Comitê de Luta em Defesa do Banco do Brasil está em funcionamento e tem um plano ambicioso: lançar as bases do futuro da instituição no próximo período, que terá início em 2023. Para tanto, o Comitê busca reunir os funcionários e suas ideias sobre qual deve ser o papel do BB no futuro do País.
Segundo Sérgio Rosa, membro do Comitê, formado em jornalismo, ex-presidente da Previ, da Confederação dos Bancários da CUT, do Sindicato dos Bancários de São Paulo e do Conselho de Administração da Vale, a situação é grave.
Em entrevista ao Reconta Aí, o bancário e dirigente falou sobre a criação do Comitê e a contribuição que ele pode dar para o futuro do Banco Público.
Reconta Aí: Por que o Comitê de Luta em Defesa do Banco do Brasil foi criado?
Sérgio Rosa: Sentimos a importância de reafirmar o papel estratégico que uma instituição como o Banco do Brasil pode cumprir como agente de uma política de desenvolvimento nacional, regional e de atendimento a parcelas fundamentais da população - que não são atendidas ou são atendidas precariamente pelo sistema financeiro tradicional. Entendemos que a contribuição que o Banco do Brasil pode dar ao País vem sendo neglicenciada, que o banco vem sendo conduzido para reproduzir as estratégias dos bancos privados e que isso não condiz com sua natureza pública nem com os interesses da sociedade. Há muito mais que o BB pode fazer e queremos mostrar isso para a sociedade.
Reconta Aí: Que tipo de ações vocês estão realizando?
Sérgio Rosa: Estamos planejando debater esse tema com os funcionários do BB, buscando a contribuição que este contingente de pessoas tem para dar. Mas, queremos também, discutir com segmentos da sociedade, pequenos agricultores, pequenos empresários - que são um público com grande importância e com demandas específicas que podem encontrar amparo em política do BB.
Queremos divulgar estas ideias junto à sociedade para mostrar que uma empresa pública tem grande importância tanto para impulsionar estratégias de desenvolvimento nacional e regional como para contrabalancear momentos de crise, como aconteceu em 2008, quando a atuação do BB foi muito importante para evitar uma crise maior no sistema de crédito, amenizando o impacto da crise internacional aqui dentro do país.
Reconta Aí: Qual é a expectativa em relação ao BB para o próximo período que se inicia em 2023?
Sergio Rosa: Acreditamos que o Brasil vai substituir a atual política excludente e concentradora de renda e vai optar por uma política de desenvolvimento mais justa e inclusiva. Acreditamos que o BB pode contribuir em muitas frentes, pois tem uma rede de agências, tem um funcionalismo competente e tem base de clientes e de negócios que permite, com a orientação correta, abranger muito mais pessoas e situações que necessitam da assistência financeira de um grande banco.
Queremos mostrar que o Banco pode ser uma empresa sustentável e responsável e também parceira da sociedade, adotando diretrizes de responsabilidade social e ambiental para valer, e equilibrando melhor suas metas financeiras com custos e linhas de crédito mais condizentes com cada tipo e cada segmento da clientela e dos municípios que atende.
Fonte: Reconta Aí
Segundo Sérgio Rosa, membro do Comitê, formado em jornalismo, ex-presidente da Previ, da Confederação dos Bancários da CUT, do Sindicato dos Bancários de São Paulo e do Conselho de Administração da Vale, a situação é grave.
Em entrevista ao Reconta Aí, o bancário e dirigente falou sobre a criação do Comitê e a contribuição que ele pode dar para o futuro do Banco Público.
Reconta Aí: Por que o Comitê de Luta em Defesa do Banco do Brasil foi criado?
Sérgio Rosa: Sentimos a importância de reafirmar o papel estratégico que uma instituição como o Banco do Brasil pode cumprir como agente de uma política de desenvolvimento nacional, regional e de atendimento a parcelas fundamentais da população - que não são atendidas ou são atendidas precariamente pelo sistema financeiro tradicional. Entendemos que a contribuição que o Banco do Brasil pode dar ao País vem sendo neglicenciada, que o banco vem sendo conduzido para reproduzir as estratégias dos bancos privados e que isso não condiz com sua natureza pública nem com os interesses da sociedade. Há muito mais que o BB pode fazer e queremos mostrar isso para a sociedade.
Reconta Aí: Que tipo de ações vocês estão realizando?
Sérgio Rosa: Estamos planejando debater esse tema com os funcionários do BB, buscando a contribuição que este contingente de pessoas tem para dar. Mas, queremos também, discutir com segmentos da sociedade, pequenos agricultores, pequenos empresários - que são um público com grande importância e com demandas específicas que podem encontrar amparo em política do BB.
Queremos divulgar estas ideias junto à sociedade para mostrar que uma empresa pública tem grande importância tanto para impulsionar estratégias de desenvolvimento nacional e regional como para contrabalancear momentos de crise, como aconteceu em 2008, quando a atuação do BB foi muito importante para evitar uma crise maior no sistema de crédito, amenizando o impacto da crise internacional aqui dentro do país.
Reconta Aí: Qual é a expectativa em relação ao BB para o próximo período que se inicia em 2023?
Sergio Rosa: Acreditamos que o Brasil vai substituir a atual política excludente e concentradora de renda e vai optar por uma política de desenvolvimento mais justa e inclusiva. Acreditamos que o BB pode contribuir em muitas frentes, pois tem uma rede de agências, tem um funcionalismo competente e tem base de clientes e de negócios que permite, com a orientação correta, abranger muito mais pessoas e situações que necessitam da assistência financeira de um grande banco.
Queremos mostrar que o Banco pode ser uma empresa sustentável e responsável e também parceira da sociedade, adotando diretrizes de responsabilidade social e ambiental para valer, e equilibrando melhor suas metas financeiras com custos e linhas de crédito mais condizentes com cada tipo e cada segmento da clientela e dos municípios que atende.
Fonte: Reconta Aí
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