24/01/2011

Bancários querem suspensão das eleições antidemocráticas do SantanderPrevi

A Contraf-CUT, entidades sindicais e Afubesp encaminharam nesta sexta-feira, dia 21, um documento para a direção do Santander, cobrando a suspensão das eleições antidemocráticas do SantanderPrevi, sucessor do HolandaPrevi. O fundo de pensão não divulgou edital de convocação do pleito para inscrições de candidatos para representantes dos participantes nos Conselhos Deliberativo e Fiscal. Os funcionários só ficaram sabendo nesta semana do processo eleitoral, através de mensagem interna, informando que a votação vai até 4 de fevereiro pelo site do SantanderPrevi entre seis candidatos.

"Cobramos também o agendamento de uma reunião de negociação com as entidades sindicais para discutir a realização de um processo democrático e transparente para eleger os representantes dos participantes no SantanderPrevi", afirma o funcionário do Santander e secretário de imprensa da Contraf-CUT, Ademir Wiederkehr.

Clique aqui para ler a íntegra da carta.

"Trata-se de uma eleição sem democracia, sem transparência, que desrespeita os milhares de participantes do SantanderPrevi que não tiveram o direito de se candidatar e desconhecem os candidatos e suas propostas para proteger o patrimônio do fundo de previdência complementar", denuncia o dirigente sindical.

Na correspondência, as entidades lembram que discutiram o assunto em várias reuniões do Comitê de Relações Trabalhistas, sendo que em 18 de maio de 2010 o banco registrou em ata que "não há previsão de qualquer processo eleitoral para o ano de 2010 e que o movimento sindical será previamente avisado dos próximos processos eleitorais".

"O ano é novo, mas as práticas de gestão do Santander são as velhas", aponta a diretora do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Rita Berlofa. Ela destaca que os altos executivos do banco, incluindo o presidente Fábio Barbosa, o futuro presidente Marcial Portela e o presidente mundial Emilio Botín, sempre reafirmaram nas reuniões com os trabalhadores os compromissos de manter diálogo, transparência e de prevalência das melhores práticas sociais.

"Isso mostra que eles não respeitam os acordos que fazem e que não praticam o que eles mesmos defendem. Demonstra que se trata de um discurso vazio. Como é possível abrir o processo eleitoral sem comunicar as entidades sindicais e sem divulgação de um edital de convocação para que os participantes interessados pudessem se candidatar? Isso é antidemocrático e desrespeitoso com os trabalhadores e repete o que aconteceu em 2009, quando alteraram de forma unilateral o estatuto do HolandaPrevi, o que prejudicou milhares de participantes", protesta.

A eleição do SantanderPrevi acontece no mesmo período do pleito do Banesprev, cuja votação será feita de 1º de 15 de fevereiro, tendo sido publicado edital de convocação em 29 de outubro, com prazo de inscrição de candidatos e cronograma da eleição. "O banco devia levar a experiência democrática e transparente do Banesprev e do Bandeprev aos processos eleitorais do SantanderPrevi e do Sanprev. Afinal, todos são patrocinados pelo Santander", observa Ademir.

Reunião da COE Santander

Para organizar a luta contra as eleições antidemocráticas do SantanderPrevi, a Contraf-CUT promove uma reunião da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Santander, na próxima quarta-feira, dia 26, às 10h, na sede da entidade (Rua Líbero Badaró, 158 - 1º andar), em São Paulo.

"A única atitude do banco que pode corrigir o erro é a suspensão imediata do processo eleitoral e o agendamento de uma reunião com as entidades sindicais para discutir a realização de um processo democrático que eleja representantes dos participantes", conclui Rita.

Fonte: Contraf-CUT com Seeb São Paulo


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