17/03/2025
Trabalhadores vão às redes e às ruas de todo país nesta terça-feira (18) por menos juros e mais empregos

Por que o financiamento no Brasil é tão caro? Por que quando um trabalhador financia um carro zero, ele terminará pagando dois, até três carros, mesmo tendo levado apenas um para casa? E por que o nível de inadimplência é tão significativo entre as famílias no país? A principal resposta para essas perguntas está no elevado nível de juros praticados pelo sistema financeiro brasileiro.
"Por isso que o movimento sindical bancário se une com outros movimentos sindicais em todo o país por menores juros e mais empregos", explica Juvandia Moreira, presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT).
Os atos serão nesta terça-feira (18), quando o Comitê de Políticas Monetárias (Copom) do Banco Central (BC) voltará a se reunir para decidir a nova taxa básica de juros da economia brasileira (Selic). "Nosso protesto é contra a política monetária definida pela entidade e que impacta nos juros cobrados em todo o sistema financeiro", explica Juvandia, que também é vice-presidenta da Central Única dos Trabalhadores (CUT).
Atualmente, a Selic está em 13,25% ao ano e o Copom já deu indicação de aumentar a taxa para 14,25%. Com o nível atual, o Brasil já figura entre os países com as maiores taxas reais de juros (que é o resultado da Selic menos a inflação).
"Além de pressionar o Banco Central para baixar os juros, queremos chamar a atenção da população para que entenda o quanto a Selic alta afeta sua vida. Trabalhador bancário, você quer trocar seu carro? Saiba que por causa disso você vai pagar por dois carros, ao invés de pagar só por um. E você, taxista? Mesmo beneficiado pela isenção, por causa de decisões do Copom o seu financiamento também acaba saindo muito mais caro pra trocar seu veículo, instrumento de trabalho", explica o vice-presidente da Contraf-CUT, Vinícius Assumpção.
O secretário geral do Sindicato dos Bancários de Catanduva e região, Júlio César Trigo, completa que a Selic elevada impacta no desenvolvimento do país, porque afeta negativamente a geração de emprego e renda.
"Nossa luta pelo Brasil é também uma luta pelos bancários e por todos os trabalhadores, porque se não tiver renda, se não combater a desigualdade, também não vamos manter os empregos. Com a Selic permanecendo alta, o custo do crédito continua a pressionar negativamente o setor produtivo, desestimulando investimentos essenciais para o desenvolvimento sustentável do país. São os bancos, as operadoras de crédito, as agências de investimentos que se esbaldam. Se há autonomia do Banco Central é em relação ao povo, ao trabalhador e trabalhadora, aos que exercem trabalho precarizado, aos brasileiros desempregados. O Brasil precisa crescer e reduzir as desigualdades e isso está diretamente ligado com a redução dos juros. Esse é o recado que vamos levar às redes e às ruas neste Dia Nacional de Mobilização!", ressalta Trigo.
Selic elevada em benefício de poucos e prejuízo de muitos
As centrais sindicais também apontam que a manutenção da Selic elevada colabora somente para o rentismo, termo para um sistema econômico em que poucos se apropriam dos recursos de muitos. Como os títulos da dívida pública no Brasil são, em sua maioria, remunerados pela Selic, os recursos financeiros que poderiam ser direcionados para produção de empregos acabam sendo desviados para o ganho fácil das aplicações financeiras.
"É por isso que, enquanto toda a população perde, o mercado continua defendendo o aumento da taxa básica de juros no Brasil, e isso vemos diariamente nos noticiários, afinal de contas o mercado é o único beneficiado", arremata Vinícius Assumpção. “A desculpa dada é a suposta preocupação com a inflação, mas isso não se justifica. Só lembrar que, entre 2003 e 2010, nos dois primeiros governos Lula, o Brasil estava com a economia aquecida, nível alto de emprego e Selic baixa, e a inflação seguiu sob controle”, pontua.
Levantamento realizado pelo Dieese mostra que, em 2023, União pagou mais de R$ 732 bilhões com juros dos títulos, que tem a Selic como principal índice em suas negociações. O valor equivale a 4,3 vezes os investimentos com o Bolsa Família, 8 vezes o montante direcionado para o novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), voltado à recomposição e expansão da infraestrutura do país, além de 3,3 vezes o orçamento para a Saúde e 5 vezes o orçamento para a Educação.
Orientações para os protestos:
18 de março: Dia Nacional de Mobilização "Menos Juros, Mais Empregos!"
• Ato na Sede do Banco Central - Avenida Paulista, 1804, 10h São Paulo/SP;
• Ato estadual em estados com sede do Banco Central: realizar ato em frente à sede do Banco Central nos estados Bahia, Ceará, Minas Gerais, Pará, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul;
• Ato estadual em estados que não têm sede do Banco Central: realizar ato em locais de grande circulação de pessoas e/ou no local de trabalho;
• Ação nas redes sociais: ocupar as redes com materiais, fotos e vídeos usando as tags #MenosJurosMaisEmpregos #JurosBaixosJá
"Por isso que o movimento sindical bancário se une com outros movimentos sindicais em todo o país por menores juros e mais empregos", explica Juvandia Moreira, presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT).
Os atos serão nesta terça-feira (18), quando o Comitê de Políticas Monetárias (Copom) do Banco Central (BC) voltará a se reunir para decidir a nova taxa básica de juros da economia brasileira (Selic). "Nosso protesto é contra a política monetária definida pela entidade e que impacta nos juros cobrados em todo o sistema financeiro", explica Juvandia, que também é vice-presidenta da Central Única dos Trabalhadores (CUT).
Atualmente, a Selic está em 13,25% ao ano e o Copom já deu indicação de aumentar a taxa para 14,25%. Com o nível atual, o Brasil já figura entre os países com as maiores taxas reais de juros (que é o resultado da Selic menos a inflação).
"Além de pressionar o Banco Central para baixar os juros, queremos chamar a atenção da população para que entenda o quanto a Selic alta afeta sua vida. Trabalhador bancário, você quer trocar seu carro? Saiba que por causa disso você vai pagar por dois carros, ao invés de pagar só por um. E você, taxista? Mesmo beneficiado pela isenção, por causa de decisões do Copom o seu financiamento também acaba saindo muito mais caro pra trocar seu veículo, instrumento de trabalho", explica o vice-presidente da Contraf-CUT, Vinícius Assumpção.
O secretário geral do Sindicato dos Bancários de Catanduva e região, Júlio César Trigo, completa que a Selic elevada impacta no desenvolvimento do país, porque afeta negativamente a geração de emprego e renda.
"Nossa luta pelo Brasil é também uma luta pelos bancários e por todos os trabalhadores, porque se não tiver renda, se não combater a desigualdade, também não vamos manter os empregos. Com a Selic permanecendo alta, o custo do crédito continua a pressionar negativamente o setor produtivo, desestimulando investimentos essenciais para o desenvolvimento sustentável do país. São os bancos, as operadoras de crédito, as agências de investimentos que se esbaldam. Se há autonomia do Banco Central é em relação ao povo, ao trabalhador e trabalhadora, aos que exercem trabalho precarizado, aos brasileiros desempregados. O Brasil precisa crescer e reduzir as desigualdades e isso está diretamente ligado com a redução dos juros. Esse é o recado que vamos levar às redes e às ruas neste Dia Nacional de Mobilização!", ressalta Trigo.
Selic elevada em benefício de poucos e prejuízo de muitos
As centrais sindicais também apontam que a manutenção da Selic elevada colabora somente para o rentismo, termo para um sistema econômico em que poucos se apropriam dos recursos de muitos. Como os títulos da dívida pública no Brasil são, em sua maioria, remunerados pela Selic, os recursos financeiros que poderiam ser direcionados para produção de empregos acabam sendo desviados para o ganho fácil das aplicações financeiras.
"É por isso que, enquanto toda a população perde, o mercado continua defendendo o aumento da taxa básica de juros no Brasil, e isso vemos diariamente nos noticiários, afinal de contas o mercado é o único beneficiado", arremata Vinícius Assumpção. “A desculpa dada é a suposta preocupação com a inflação, mas isso não se justifica. Só lembrar que, entre 2003 e 2010, nos dois primeiros governos Lula, o Brasil estava com a economia aquecida, nível alto de emprego e Selic baixa, e a inflação seguiu sob controle”, pontua.
Levantamento realizado pelo Dieese mostra que, em 2023, União pagou mais de R$ 732 bilhões com juros dos títulos, que tem a Selic como principal índice em suas negociações. O valor equivale a 4,3 vezes os investimentos com o Bolsa Família, 8 vezes o montante direcionado para o novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), voltado à recomposição e expansão da infraestrutura do país, além de 3,3 vezes o orçamento para a Saúde e 5 vezes o orçamento para a Educação.
Orientações para os protestos:
18 de março: Dia Nacional de Mobilização "Menos Juros, Mais Empregos!"
• Ato na Sede do Banco Central - Avenida Paulista, 1804, 10h São Paulo/SP;
• Ato estadual em estados com sede do Banco Central: realizar ato em frente à sede do Banco Central nos estados Bahia, Ceará, Minas Gerais, Pará, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul;
• Ato estadual em estados que não têm sede do Banco Central: realizar ato em locais de grande circulação de pessoas e/ou no local de trabalho;
• Ação nas redes sociais: ocupar as redes com materiais, fotos e vídeos usando as tags #MenosJurosMaisEmpregos #JurosBaixosJá
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