24/07/2024
Sindicato vai às ruas e às redes em defesa da saúde da categoria!

Diretores do Sindicato dos Bancários de Catanduva e região percorreram as agências da base da entidade nesta quarta-feira (24), Dia Nacional de Luta da categoria, para denunciar as políticas perversas dos bancos para elevar sua lucratividade através da cobrança de metas abusivas e assédios, que culminam no adoecimento dos trabalhadores.

A atividade reforçou, ainda, a necessidade de se fortalecer o enfrentamento destas políticas e cobra das instituições financeiras um ambiente de trabalho mais saudável.
Entre as ações, os diretores da entidade promoveram a distribuição de materiais de conscientização sobre o tema e dialogaram com a categoria sobre o andamento da Campanha Nacional, além da importância da mesa de negociação com a Fenaban, com o tema saúde, que acontecerá na quinta-feira (25).

“Nossa luta é por um ambiente de trabalho saudável para todos os trabalhadores. E alcançá-lo passa por discutirmos a importância da saúde ocupacional e os transtornos causados pelas metas abusivas e pelo assédio moral organizacional. Não adianta emprego e salário, sem que o bancário tenha saúde e qualidade de vida para trabalhar”, destacou Roberto Vicentim.

A Pesquisa “Avaliação dos Modelos de Gestão e das Patologias do Trabalho Bancário”, realizada pela Secretaria de Saúde da Contraf-CUT, em colaboração com pesquisadores do Instituto de Psicologia da Universidade de Brasília (UNB), e divulgada no final de 2023, revela que 80% dos trabalhadores bancários tiveram ao menos um problema de saúde relacionado ao trabalho no último ano. Destes, quase metade estavam em acompanhamento psiquiátrico.
“É um cenário grave, que o movimento sindical denuncia há tempos, e que se torna ainda pior frente aos empecilhos para acesso aos direitos junto ao INSS. Na categoria bancária, os casos relacionados a doenças mentais já superam, há alguns anos, os de LER-DORT”, acrescentou o diretor do Sindicato, Antônio Júlio Gonçalves Neto.

Além da política de metas praticadas pelas empresas, os métodos de avaliação privilegiam a produtividade em detrimento das demais qualidades e habilidades dos trabalhadores. A competitividade é estimulada de forma nociva, muitas vezes com exposição do desempenho individual ou coletivo, prática proibida.
“Por outro lado, a produtividade alcançada pelo empregado nunca é suficiente e ele sempre é pressionado a superá-la ou, no mínimo, a manter-se em um padrão de desempenho muito alto. Se não alcança as metas estabelecidas com a frequência que lhe é exigida, ou se adoece, deixa de interessar à empresa e é colocado, ainda, no olho da rua”, denunciou Júlio César Trigo, secretário geral do Sindicato. “Como consequência para quem fica, cresce a cada dia o número de trabalhadores diagnosticados com depressão, ansiedade ou Síndrome de Burnout (esgotamento profissional). Desassistidos pelo banco, resta aos bancários transformar a dor e sofrimento em luta”, destacou.

Para o diretor Ricardo Jorge Nassar Junior, os bancos precisam cumprir a lei e mostrar que têm responsabilidade social, garantindo condições dignas e respeito a seus trabalhadores e também a clientes e usuários. “Isso porque, quanto mais adoecimentos e afastamentos, maior é a dificuldade de manter um bom atendimento nas agências, prejudicando a todos”, explicou o dirigente.

O bancário pode e deve contar com o Sindicato caso esteja sendo vítima de cobranças abusivas por METAS, assédio, sobrecarga de trabalho, falta de condições de trabalho ou qualquer outro fator que possa levar ao seu adoecimento.
“Em nosso canal de denúncias, você terá assegurados o sigilo, apuração efetiva e prazo para retorno do seu caso. Bancário, você não está só! Estamos na luta e na vida com você, porque o futuro se faz juntos!”, concluiu Vicentim.
Os trabalhadores podem denunciar pelo Canal Oficial de Denúncias do Sindicato, entrar em contato pelo telefone (17) 3522-2409 ou via WhatsApp (17 99259-1987), através das redes sociais (Facebook, Instagram ou X) ou ainda contatando diretamente um dirigente em visita às agências.



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