18/10/2023
Itaú demite 36 bancários e não oferece chance de realocação
.jpeg)
O Itaú promoveu, na última segunda-feira, 16 de outubro, a demissão de 36 bancários da Superintendência de Atendimento aos Órgãos Legais, área que responde reclamações de órgãos externos como, por exemplo, o Procon e o Banco Central. A informação foi divulgada pelo Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e região.
A onda de demissões no banco ocorre na esteira da terceirização de várias centrais de atendimento como a Central Gerentes, GAC, Chat PF, 30 Horas, entre outras. Porém, ao contrário destas últimas, no caso das demissões na Superintendência de Atendimento aos Órgãos Legais, não foi oferecida aos trabalhadores qualquer oportunidade de realocação.
Horas extras
Um ponto que torna ainda mais injustificáveis as dezenas de demissões na Superintendência de Atendimento aos Órgãos Legais é a quantidade de horas extras exigidas dos trabalhadores que atuam na área.
O movimento sindical já recebeu diversas reclamações sobre pedidos para extensão de jornada na semana e também aos finais de semana, sendo que muitas vezes o “convite” é feito pelos gestores em fóruns abertos como o chat da equipe no Teams e no grupo de funcionários no WhatsApp, o que expõe os bancários que não desejam trabalhar além da sua jornada.
Para os representantes dos trabalhadores, a quantidade de horas extras exigidas evidencia um problema de dimensionamento da demanda de trabalho. Se em todos os dias da semana e aos finais de semana existe a necessidade de turnos extras, a equipe evidentemente está subdimensionada. O movimento sindical questiona por qual razão o Itaú - um banco que nos primeiros seis meses do ano lucrou R$ 17,2 bilhões; alta de 14,2% em relação ao mesmo período de 2022 – ao invés de demitir dezenas de bancários da área, não os realoca nas funções que demandam horas extras?
Representantes da categoria cobram do Itaú a negociação e efetivação da cláusula 62 da Convenção Coletiva de Trabalho, que prevê a criação de um centro de realocação para que os trabalhadores tenham reais oportunidades de seguirem no banco. Somente com o que arrecada com prestação de serviços e tarifas bancárias, uma receita secundária, o Itaú cobre em 170% toda a sua despesa com pessoal, incluindo a PLR.
"O banco, que nas paredes dos prédios administrativos tem frases como ‘vamos de turma’ não se preocupa com a extinção de postos de trabalho em massa e as consequências da terceirização. Diferentemente do discurso do banco, na verdade o que o Itaú está fazendo é demitir em vez de realocar para substituir esses trabalhadores por mão de obra precarizada, com salários que podem chegar a ser 70% menores que os dos bancários, visando exclusivamente sua lucratividade. Estamos falando do setor mais lucrativo do país, que opera por meio de concessão pública, e, por isso, tem o dever de exercer a responsabilidade social. Nada justifica continuar eliminando postos de trabalho, implementar uma rotatividade tão alta e desrespeitar tanto seus funcionários", ressalta o diretor do Sindicato dos Bancários de Catanduva e região, Ricardo Jorge Nassar Jr.
"Defendemos a manutenção dos empregos e realocação desses trabalhadores. Os que permanecem ficarão ainda mais sobrecarregados e com risco de adoecimento, pois os processos de terceirização potencializam a pressão e o medo da dispensa, que infelizmente já fazem parte do cotidiano dos bancários e bancárias do Itaú em todas as áreas", conclui o diretor.
A onda de demissões no banco ocorre na esteira da terceirização de várias centrais de atendimento como a Central Gerentes, GAC, Chat PF, 30 Horas, entre outras. Porém, ao contrário destas últimas, no caso das demissões na Superintendência de Atendimento aos Órgãos Legais, não foi oferecida aos trabalhadores qualquer oportunidade de realocação.
Horas extras
Um ponto que torna ainda mais injustificáveis as dezenas de demissões na Superintendência de Atendimento aos Órgãos Legais é a quantidade de horas extras exigidas dos trabalhadores que atuam na área.
O movimento sindical já recebeu diversas reclamações sobre pedidos para extensão de jornada na semana e também aos finais de semana, sendo que muitas vezes o “convite” é feito pelos gestores em fóruns abertos como o chat da equipe no Teams e no grupo de funcionários no WhatsApp, o que expõe os bancários que não desejam trabalhar além da sua jornada.
Para os representantes dos trabalhadores, a quantidade de horas extras exigidas evidencia um problema de dimensionamento da demanda de trabalho. Se em todos os dias da semana e aos finais de semana existe a necessidade de turnos extras, a equipe evidentemente está subdimensionada. O movimento sindical questiona por qual razão o Itaú - um banco que nos primeiros seis meses do ano lucrou R$ 17,2 bilhões; alta de 14,2% em relação ao mesmo período de 2022 – ao invés de demitir dezenas de bancários da área, não os realoca nas funções que demandam horas extras?
Representantes da categoria cobram do Itaú a negociação e efetivação da cláusula 62 da Convenção Coletiva de Trabalho, que prevê a criação de um centro de realocação para que os trabalhadores tenham reais oportunidades de seguirem no banco. Somente com o que arrecada com prestação de serviços e tarifas bancárias, uma receita secundária, o Itaú cobre em 170% toda a sua despesa com pessoal, incluindo a PLR.
"O banco, que nas paredes dos prédios administrativos tem frases como ‘vamos de turma’ não se preocupa com a extinção de postos de trabalho em massa e as consequências da terceirização. Diferentemente do discurso do banco, na verdade o que o Itaú está fazendo é demitir em vez de realocar para substituir esses trabalhadores por mão de obra precarizada, com salários que podem chegar a ser 70% menores que os dos bancários, visando exclusivamente sua lucratividade. Estamos falando do setor mais lucrativo do país, que opera por meio de concessão pública, e, por isso, tem o dever de exercer a responsabilidade social. Nada justifica continuar eliminando postos de trabalho, implementar uma rotatividade tão alta e desrespeitar tanto seus funcionários", ressalta o diretor do Sindicato dos Bancários de Catanduva e região, Ricardo Jorge Nassar Jr.
"Defendemos a manutenção dos empregos e realocação desses trabalhadores. Os que permanecem ficarão ainda mais sobrecarregados e com risco de adoecimento, pois os processos de terceirização potencializam a pressão e o medo da dispensa, que infelizmente já fazem parte do cotidiano dos bancários e bancárias do Itaú em todas as áreas", conclui o diretor.
SINDICALIZE-SE
MAIS NOTÍCIAS
- Conquista: inscrições até 18 de maio para as novas turmas de capacitação de mulheres em TI
- Banco Central eleva Selic para 14,75% e reforça aperto econômico à população
- Estudo da Unicamp mostra que quase 21 milhões de trabalhadores estão em sobrejornada
- Prejuízo ao país: Copom deve elevar Selic em 0,5 ponto na reunião desta quarta-feira (7)
- “Campos Neto na gestão do Nubank é conflito de interesses”, alerta movimento sindical bancário
- COE Bradesco critica fechamento de unidades em reunião com o banco
- Novo Estatuto mantém teto de 6,5% e escancara descuido da Caixa com a saúde dos empregados
- 5ª Conferência Nacional do Meio Ambiente é aberta em Brasília
- “Banco Central precisa rever regulação se quiser evitar risco para o sistema”, alertam trabalhadores
- Plano Juventude Negra Viva avança em reunião no Palácio do Planalto, com apoio do movimento sindical bancário
- 62 anos de luta, conquistas e resistência: a história viva do Sindicato dos Bancários de Catanduva e Região
- Itaú muda regras e aumenta a taxa do crédito imobiliário para funcionários
- 5ª CNMA começa hoje (6) com base em caderno de propostas construído pela sociedade civil
- Lucro do Santander cresce 27,8% no 1º trimestre de 2025
- Nova NR-1 passa a valer em maio de 2025 com foco em saúde mental e riscos psicossociais