15/09/2023
Saúde Caixa: empregados cobram descentralização do atendimento

As dificuldades para receber os dados financeiros do Saúde Caixa continuam. Na reunião do Grupo de Trabalho para negociações do plano de saúde, que aconteceu na última quarta-feira (13), os representantes dos empregados cobraram novamente alguns dos dados do plano.
“A Caixa precisa ser mais célere no retorno aos nossos questionamentos mais específicos. Nas últimas reuniões pedimos explicações sobre divergências no valor do fundo de reserva do plano em que a Caixa aponta uma diferença de R$ 221 milhões a menos. Precisamos saber onde está este valor, por exemplo. Ainda existem números apresentados pela Caixa que não estão claros para nós”, pontuou Fabiana Proscholdt, coordenadora da Comissão Executiva dos Empregados e integrante do GT.
O orçamento e o custo do banco com programas de saúde e segurança dos trabalhadores também foram questionados. Para os representantes dos empregados, os custos administrativos do Saúde Caixa devem ser exclusivamente da Caixa, já que todas as decisões de gestão são tomadas pelo banco sem a participação dos empregados. Eles também criticaram a ausência de uma política que promova a saúde dos trabalhadores, bem como o acompanhamento de doentes crônicos – condições que prejudicam os usuários e oneram o plano de autogestão.
Outra cobrança da representação dos trabalhadores foi sobre o credenciamento de estabelecimentos e profissionais, que continua um problema para os usuários. A Caixa fez uma apresentação do processo atual e do formato do credenciamento estratégico, modelo que adota desde 2020.
“O problema é que a Caixa, sequer, trouxe ao grupo a possibilidade de discussão do modelo. E constatamos que, na prática, recebemos cada vez mais reclamações dos usuários sobre a falta de credenciados em todos os municípios, independentemente de seu porte”, afirmou Leonardo Quadros, integrante do grupo e diretor de Saúde e Previdência da Fenae (Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa).
Como exemplo, Fabiana Proscholdt relatou algumas queixas que recebeu de usuários do município de Porto Seguro, na Bahia. Com a falta de profissionais ou equipamentos, a orientação do Saúde Caixa é o deslocamento para outro município distante. “O nosso plano de saúde, que é para dar atendimento de qualidade aos empregados, não tem equanimidade nenhuma”, destacou Fabiana. “A descentralização do atendimento é urgente e os comitês regionais para acompanhamento dos credenciamentos e descredenciamentos são fundamentais para os usuários acompanharem esta movimentação. Infelizmente a Caixa tem tratado o nosso plano de saúde como se fosse mais um negócio do banco, faltando bom senso e empatia com os usuários”, frisou.
Para Leonardo Quadros, todos os problemas convergem para uma reivindicação antiga dos representantes dos empregados – o retorno das representações regionais de gestão de pessoas com uma área responsável pelo Saúde Caixa. “Temos realidades regionais que são ignoradas pela Caixa, porque ela entende que vai conseguir resolver todos os problemas apenas com a estrutura da Matriz, ou que vai conhecê-los apenas por meio do BI” (business intelligence -ferramenta de armazenamento e análise de dados e desempenho), avaliou.
A representação dos empregados apresentou ao banco dados da pesquisa realizada pela Fenae e Apcef/SP que mostram as deficiências regionais da rede credenciada do plano. Pelo aditivo ao Acordo Coletivo específico sobre Saúde Caixa, o banco deve realizar, a cada ano, uma pesquisa sobre a qualidade de atendimento e satisfação dos usuários. A Fenae e Apcef/SP reaplicaram essa pesquisa, com o acréscimo de outras perguntas, e encontraram dados diferentes, que mostram que a satisfação está abaixo do que foi apresentado pelo banco.
“Queremos resolver a questão do Saúde Caixa o quanto antes, mas, mais importante do que o prazo, é que o banco nos apresente uma proposta que além de manter o plano sustentável e viável e todos os usuários, contemple todas as necessidades atuais das empregadas e empregados da ativa e aposentados, que estão sofrendo por problemas na qualidade do atendimento criados pela própria Caixa. A direção do banco e o governo precisam entender que o plano não é despesa, é investimento em saúde e bem-estar", acrescenta o diretor do Sindicato dos Bancários de Catanduva e região, Antônio Júlio Gonçalves Neto, que é também diretor da Apcef/SP.
"A atuação dos representantes dos empregados tem sido fundamental para defender o Saúde Caixa, mas é importante destacar que essa luta é de todos nós. É fundamental que os empregados também acompanhem esse debate e se mobilizem", reforçou o diretor.
Reembolso integral
Quando o usuário não encontra um estabelecimento ou profissional credenciado ao plano em seu município, ele pode recorrer ao reembolso integral. Nesta modalidade, o Saúde Caixa ressarce todo o valor pago ao usuário, descontado o percentual de 30%, referente à coparticipação. Porém, para o pedido de reembolso ser aceito, é necessário solicitar ao plano uma autorização prévia e o atendimento só pode ocorrer após o recebimento desta autorização. Nos casos de atendimentos de urgência ou emergência, a autorização prévia não é exigida.
“Muitos usuários não sabem que possuem este direito, e outros tantos não têm conhecimento de como solicitá-lo corretamente. Com efeito, há pedido de reembolso integral que acabam sendo negados pelo não cumprimento das exigências previstas”, relata Fabiana Uehara. Para conhecer as normas e regras da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) clique aqui e para saber mais sobre a necessidade de autorização prévia do Saúde Caixa clique aqui.
“A Caixa precisa ser mais célere no retorno aos nossos questionamentos mais específicos. Nas últimas reuniões pedimos explicações sobre divergências no valor do fundo de reserva do plano em que a Caixa aponta uma diferença de R$ 221 milhões a menos. Precisamos saber onde está este valor, por exemplo. Ainda existem números apresentados pela Caixa que não estão claros para nós”, pontuou Fabiana Proscholdt, coordenadora da Comissão Executiva dos Empregados e integrante do GT.
O orçamento e o custo do banco com programas de saúde e segurança dos trabalhadores também foram questionados. Para os representantes dos empregados, os custos administrativos do Saúde Caixa devem ser exclusivamente da Caixa, já que todas as decisões de gestão são tomadas pelo banco sem a participação dos empregados. Eles também criticaram a ausência de uma política que promova a saúde dos trabalhadores, bem como o acompanhamento de doentes crônicos – condições que prejudicam os usuários e oneram o plano de autogestão.
Outra cobrança da representação dos trabalhadores foi sobre o credenciamento de estabelecimentos e profissionais, que continua um problema para os usuários. A Caixa fez uma apresentação do processo atual e do formato do credenciamento estratégico, modelo que adota desde 2020.
“O problema é que a Caixa, sequer, trouxe ao grupo a possibilidade de discussão do modelo. E constatamos que, na prática, recebemos cada vez mais reclamações dos usuários sobre a falta de credenciados em todos os municípios, independentemente de seu porte”, afirmou Leonardo Quadros, integrante do grupo e diretor de Saúde e Previdência da Fenae (Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa).
Como exemplo, Fabiana Proscholdt relatou algumas queixas que recebeu de usuários do município de Porto Seguro, na Bahia. Com a falta de profissionais ou equipamentos, a orientação do Saúde Caixa é o deslocamento para outro município distante. “O nosso plano de saúde, que é para dar atendimento de qualidade aos empregados, não tem equanimidade nenhuma”, destacou Fabiana. “A descentralização do atendimento é urgente e os comitês regionais para acompanhamento dos credenciamentos e descredenciamentos são fundamentais para os usuários acompanharem esta movimentação. Infelizmente a Caixa tem tratado o nosso plano de saúde como se fosse mais um negócio do banco, faltando bom senso e empatia com os usuários”, frisou.
Para Leonardo Quadros, todos os problemas convergem para uma reivindicação antiga dos representantes dos empregados – o retorno das representações regionais de gestão de pessoas com uma área responsável pelo Saúde Caixa. “Temos realidades regionais que são ignoradas pela Caixa, porque ela entende que vai conseguir resolver todos os problemas apenas com a estrutura da Matriz, ou que vai conhecê-los apenas por meio do BI” (business intelligence -ferramenta de armazenamento e análise de dados e desempenho), avaliou.
A representação dos empregados apresentou ao banco dados da pesquisa realizada pela Fenae e Apcef/SP que mostram as deficiências regionais da rede credenciada do plano. Pelo aditivo ao Acordo Coletivo específico sobre Saúde Caixa, o banco deve realizar, a cada ano, uma pesquisa sobre a qualidade de atendimento e satisfação dos usuários. A Fenae e Apcef/SP reaplicaram essa pesquisa, com o acréscimo de outras perguntas, e encontraram dados diferentes, que mostram que a satisfação está abaixo do que foi apresentado pelo banco.
“Queremos resolver a questão do Saúde Caixa o quanto antes, mas, mais importante do que o prazo, é que o banco nos apresente uma proposta que além de manter o plano sustentável e viável e todos os usuários, contemple todas as necessidades atuais das empregadas e empregados da ativa e aposentados, que estão sofrendo por problemas na qualidade do atendimento criados pela própria Caixa. A direção do banco e o governo precisam entender que o plano não é despesa, é investimento em saúde e bem-estar", acrescenta o diretor do Sindicato dos Bancários de Catanduva e região, Antônio Júlio Gonçalves Neto, que é também diretor da Apcef/SP.
"A atuação dos representantes dos empregados tem sido fundamental para defender o Saúde Caixa, mas é importante destacar que essa luta é de todos nós. É fundamental que os empregados também acompanhem esse debate e se mobilizem", reforçou o diretor.
Reembolso integral
Quando o usuário não encontra um estabelecimento ou profissional credenciado ao plano em seu município, ele pode recorrer ao reembolso integral. Nesta modalidade, o Saúde Caixa ressarce todo o valor pago ao usuário, descontado o percentual de 30%, referente à coparticipação. Porém, para o pedido de reembolso ser aceito, é necessário solicitar ao plano uma autorização prévia e o atendimento só pode ocorrer após o recebimento desta autorização. Nos casos de atendimentos de urgência ou emergência, a autorização prévia não é exigida.
“Muitos usuários não sabem que possuem este direito, e outros tantos não têm conhecimento de como solicitá-lo corretamente. Com efeito, há pedido de reembolso integral que acabam sendo negados pelo não cumprimento das exigências previstas”, relata Fabiana Uehara. Para conhecer as normas e regras da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) clique aqui e para saber mais sobre a necessidade de autorização prévia do Saúde Caixa clique aqui.
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