10/10/2022
Bancários de todo o país protestam contra terceirizações no Santander
Agências bancárias e unidades administrativas do Santander, nos principais centros urbanos do país, amanheceram, na sexta-feira (7), sob protesto contra as terceirizações realizadas pelo banco, que, desde o fim do ano passado, vem transferindo trabalhadores para outras empresas criadas pelo próprio Santander, como STI, SX, Santander Corretora, F1RST, Prospera.
“Realizamos estas atividades e sempre vamos atuar em defesa dos trabalhadores do Santander, que estão sendo terceirizados de uma forma extremamente agressiva pelo banco”, disse a Secretaria de Relações Internacionais da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Rita Berlofa, que é funcionária do Santander, ao ressaltar que as terceirizações levam à redução da renda e à perda de direitos dos trabalhadores.
“Com o discurso de modernização e foco no cliente, o Santander está destruindo direitos e a organização dos trabalhadores”, acrescentou a coordenadora da Comissão de Organização dos Empregados (COE), Lucimara Malaquias.
O Sindicato dos Bancários de Catanduva e região se somou à mobilização de maneira virtual, indo às redes denunciar nacionalmente à população, clientes e usuários dos serviços bancários, o pacote de maldades que o banco vem implementando contra seus funcionários brasileiros. “A relação do Santander com seus funcionários sempre veio da precarização das condições de trabalho. E, mais uma vez, o banco pioneiro em atacar direitos trabalhistas demonstra seu desrespeito total com quem é responsável, de fato, pela sua lucratividade bilionária no país ao implementar medidas inconstitucionais e se negar a qualquer tipo de negociação”, denunciou o diretor do Sindicato dos Bancários de Catanduva e região, Luiz Eduardo Campolungo.
"O país enfrenta uma crise socioeconômica, com 12 milhões de desempregados, e o Santander se vale dessa situação e dos ataques sofridos pela classe trabalhadora para impor prejuízos a seus funcionários: eles continuarão fazendo as mesmas tarefas de antes, mas com remuneração menor e menos direitos. O que o Santander chama de 'sociedade', o movimento sindical chama de intermediação fraudulenta de mão de obra. Não passa de um artifício que busca encobrir o trabalho bancário, reduzir custos e cortar direitos de mais centenas de bancários, além de ser uma inaceitável interferência da direção do banco na organização sindical da categoria”, alertou o diretor do Sindicato.
Ataque à organização dos trabalhadores
A coordenadora da COE do Santander lembrou que cada uma das empresas criadas pelo banco para promover as terceirizações é vinculada a um sindicato diferente. “Além de reduzir seus custos e aumentar seus lucros, o banco fragmenta os trabalhadores e enfraquece a organização sindical”, explicou Lucimara. “É importante que os trabalhadores entendam o que está ocorrendo no banco. Nos últimos dois anos, ao menos 9 mil trabalhadores já foram terceirizados. Este processo está se intensificando e quem perde com ele são os trabalhadores, que deixam de ter direitos às conquistas obtidas e definidas na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) da categoria bancária”, completou.
“O único objetivo do banco é aumentar seu lucro, aumentar o lucro dos acionistas e obviamente aumentar o bônus, já milionário, que é pago aos seus executivos. Nós exigimos respeito a todos os funcionários do Santander e queremos que o banco converse com o movimento sindical. Queremos que o banco pare as terceirizações e inicie uma negociação efetiva, séria e responsável com os trabalhadores e sua representação sindical”, concluiu Lucimara.
Direitos em risco
Com a alteração de empregador do banco Santander para a “SX Tools”, os empregados perderão os direitos e conquistas da categoria bancária, uma das mais fortes e organizadas do país, como a jornada de seis horas.
Outra perda é a Participação nos Lucros e Resultados (PLR) estabelecida com as regras claras da CCT da categoria. Cada empresa terceirizada do Santander distribuirá a PLR aos seus empregados com regras ainda desconhecidas e sem nenhuma negociação prévia com o movimento sindical bancário.
“O Santander não quer uma PLR negociada com os trabalhadores, igualitária, justa e com regras claras. A intenção do banco é pagar aos empregados o valor que quiser e, com o discurso da meritocracia, privilegiar alguns em detrimento do conjunto dos trabalhadores”, disse a coordenadora da COE, ao lembrar que, nas negociações da Companha Nacional dos Bancários deste ano, o banco queria reduzir os valores pagos em programas próprios do montante que deve ser pago na parcela adicional da PLR da regra da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) e somente não o fez porque o Comando Nacional dos Bancários interrompeu a negociação com todos os bancos enquanto houvesse esta tentativa de redução dos valores pagos aos funcionários.
Outra perda será no auxílio-creche/babá. O valor do auxílio na “SX Tools” será de R$ 411 por filho, por até 12 meses. A CCT bancária garante R$ 602,81 por filho, até completar 71 meses.
Assembleias
O Sindicato convoca as funcionárias e os funcionários do Santander lotados em sua base para participar de assembleia virtual, nesta terça-feira (11), pra dizer se aprovam ou reprovam as terceirizações realizadas pelo banco. Na assembleia, os trabalhadores também vão dizer se preferem que sua representação sindical continue sendo por meio de sindicatos dos bancários.
O período de votação será das 8h às 20h e os trabalhadores devem votar por meio do link https://bancarios.votabem.com.br/, onde estarão disponíveis todas as informações necessárias para a deliberação da pauta.
A orientação do movimento sindical é para que os funcionários rejeitem todas as mudanças impostas pelo banco que implicam em sérios prejuízos para a categoria, como redução de direitos e perdas salariais. E votem ‘sim’ para a pergunta se querem continuar sendo abrangidos pela representação dos Sindicatos dos Bancários.
> Confira a íntegra do edital
“Realizamos estas atividades e sempre vamos atuar em defesa dos trabalhadores do Santander, que estão sendo terceirizados de uma forma extremamente agressiva pelo banco”, disse a Secretaria de Relações Internacionais da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Rita Berlofa, que é funcionária do Santander, ao ressaltar que as terceirizações levam à redução da renda e à perda de direitos dos trabalhadores.
“Com o discurso de modernização e foco no cliente, o Santander está destruindo direitos e a organização dos trabalhadores”, acrescentou a coordenadora da Comissão de Organização dos Empregados (COE), Lucimara Malaquias.
O Sindicato dos Bancários de Catanduva e região se somou à mobilização de maneira virtual, indo às redes denunciar nacionalmente à população, clientes e usuários dos serviços bancários, o pacote de maldades que o banco vem implementando contra seus funcionários brasileiros. “A relação do Santander com seus funcionários sempre veio da precarização das condições de trabalho. E, mais uma vez, o banco pioneiro em atacar direitos trabalhistas demonstra seu desrespeito total com quem é responsável, de fato, pela sua lucratividade bilionária no país ao implementar medidas inconstitucionais e se negar a qualquer tipo de negociação”, denunciou o diretor do Sindicato dos Bancários de Catanduva e região, Luiz Eduardo Campolungo.
"O país enfrenta uma crise socioeconômica, com 12 milhões de desempregados, e o Santander se vale dessa situação e dos ataques sofridos pela classe trabalhadora para impor prejuízos a seus funcionários: eles continuarão fazendo as mesmas tarefas de antes, mas com remuneração menor e menos direitos. O que o Santander chama de 'sociedade', o movimento sindical chama de intermediação fraudulenta de mão de obra. Não passa de um artifício que busca encobrir o trabalho bancário, reduzir custos e cortar direitos de mais centenas de bancários, além de ser uma inaceitável interferência da direção do banco na organização sindical da categoria”, alertou o diretor do Sindicato.
Ataque à organização dos trabalhadores
A coordenadora da COE do Santander lembrou que cada uma das empresas criadas pelo banco para promover as terceirizações é vinculada a um sindicato diferente. “Além de reduzir seus custos e aumentar seus lucros, o banco fragmenta os trabalhadores e enfraquece a organização sindical”, explicou Lucimara. “É importante que os trabalhadores entendam o que está ocorrendo no banco. Nos últimos dois anos, ao menos 9 mil trabalhadores já foram terceirizados. Este processo está se intensificando e quem perde com ele são os trabalhadores, que deixam de ter direitos às conquistas obtidas e definidas na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) da categoria bancária”, completou.
“O único objetivo do banco é aumentar seu lucro, aumentar o lucro dos acionistas e obviamente aumentar o bônus, já milionário, que é pago aos seus executivos. Nós exigimos respeito a todos os funcionários do Santander e queremos que o banco converse com o movimento sindical. Queremos que o banco pare as terceirizações e inicie uma negociação efetiva, séria e responsável com os trabalhadores e sua representação sindical”, concluiu Lucimara.
Direitos em risco
Com a alteração de empregador do banco Santander para a “SX Tools”, os empregados perderão os direitos e conquistas da categoria bancária, uma das mais fortes e organizadas do país, como a jornada de seis horas.
Outra perda é a Participação nos Lucros e Resultados (PLR) estabelecida com as regras claras da CCT da categoria. Cada empresa terceirizada do Santander distribuirá a PLR aos seus empregados com regras ainda desconhecidas e sem nenhuma negociação prévia com o movimento sindical bancário.
“O Santander não quer uma PLR negociada com os trabalhadores, igualitária, justa e com regras claras. A intenção do banco é pagar aos empregados o valor que quiser e, com o discurso da meritocracia, privilegiar alguns em detrimento do conjunto dos trabalhadores”, disse a coordenadora da COE, ao lembrar que, nas negociações da Companha Nacional dos Bancários deste ano, o banco queria reduzir os valores pagos em programas próprios do montante que deve ser pago na parcela adicional da PLR da regra da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) e somente não o fez porque o Comando Nacional dos Bancários interrompeu a negociação com todos os bancos enquanto houvesse esta tentativa de redução dos valores pagos aos funcionários.
Outra perda será no auxílio-creche/babá. O valor do auxílio na “SX Tools” será de R$ 411 por filho, por até 12 meses. A CCT bancária garante R$ 602,81 por filho, até completar 71 meses.
Assembleias
O Sindicato convoca as funcionárias e os funcionários do Santander lotados em sua base para participar de assembleia virtual, nesta terça-feira (11), pra dizer se aprovam ou reprovam as terceirizações realizadas pelo banco. Na assembleia, os trabalhadores também vão dizer se preferem que sua representação sindical continue sendo por meio de sindicatos dos bancários.
O período de votação será das 8h às 20h e os trabalhadores devem votar por meio do link https://bancarios.votabem.com.br/, onde estarão disponíveis todas as informações necessárias para a deliberação da pauta.
A orientação do movimento sindical é para que os funcionários rejeitem todas as mudanças impostas pelo banco que implicam em sérios prejuízos para a categoria, como redução de direitos e perdas salariais. E votem ‘sim’ para a pergunta se querem continuar sendo abrangidos pela representação dos Sindicatos dos Bancários.
> Confira a íntegra do edital
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