09/05/2022
GT de Saúde do Itaú debate programa Recomece
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O Grupo de Trabalho (GT) de Saúde do Itaú debateu, na última quinta-feira (5), o programa Recomece, voltado para todos os funcionários que estão aptos a voltar ao trabalho, após afastamento por problemas de saúde, mas necessitam de um retorno gradual. A apresentação foi feita pela área de medicina ocupacional do banco.
Os trabalhadores que ficaram mais de 180 dias afastados entram no programa automaticamente e os que ficaram menos de 180 dias, só entram no programa após indicação médica. A validade do programa é de 15 dias e pode ser ampliada para 30 dias. O acompanhamento é feito pelo banco, orientado por uma assistente social e também um tutor, que pode ser o próprio gestor do trabalhador.
Luciana Duarte, coordenadora do GT de Saúde do banco, criticou a apresentação do programa, mesmo com as negociações em curso sobre o programa de retorno ao trabalho previsto na cláusula 43 da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) da categoria. “O prazo foi reduzido de seis meses a um ano, como previsto CCT, para 15 a 30 dias no programa do banco. Nossa, avaliação é que essa redução tem de ser sempre avaliada por um médico assistente”, apontou.
A coordenadora apontou ainda que os bancários, já sobrecarregados, além de se preocupar com as metas absurdas, ainda terão uma responsabilidade a mais. “Antes era a medicina ocupacional do banco que fazia este acompanhamento. Somos favoráveis a uma gestão humanizada, mas isto passa também por metas humanizadas”.
O GT entende que o programa poderá cumprir uma importante função em alguns casos. Porém, quando o afastamento for por doença relacionada ao trabalho, principalmente, quando causado por problemas de gestão, ter a figura do gestor como responsável pela readaptação ou como tutor não é a melhor escolha.
Para a coordenadora do GT, o afastamento do trabalho é um momento traumático para o trabalhador que tem que lidar com a doença e a insegurança. “O momento do retorno deverá ser feito com o objetivo de reinserir este trabalhador de forma gradativa, respeitando suas limitações e, principalmente, em ambiente livre dos problemas que ocasionaram seu adoecimento”.
Ao ser questionado por não ter procurado o movimento sindical para construção do Recomece, o banco informou que o programa encontra-se em construção e propôs um calendário para discussões.
PDV
O GT também denunciou ao banco o assédio informado pelos trabalhadores elegíveis ao Programa de Desligamento Voluntário (PDV). “Como o nome diz, a adesão deveria ser voluntária. No entanto, há denúncias de constrangimento para a adesão”, afirmou Carlos Damarindo, membro do GT de Saúde. O banco informou que não concorda com tais práticas.
O diretor do Sindicato dos Bancários de Catanduva e região, Ricardo Jorge Nassar Júnior, destaca que a entidade está acompanhando esse processo e segue atenta para que nenhum bancário seja prejudicado.
"O PDVE não pode de forma alguma ser imposto ao trabalhador. Aderir ao plano tem de ser uma decisão que cabe única e exclusivamente ao funcionário. O que é bom para um pode não ser para outro, por isso é fundamental que cada bancário avalie bem se o que está sendo proposto pelo banco é vantajoso para ele", diz. "É preciso que os bancários leiam atentamente todas as regras e condições do plano antes de aceitar a proposta”, reforça.
O dirigente destaca ainda que o Sindicato continuará mobilizado para impedir que os bancários fiquem sobrecarregados com a saída dos colegas, e que o atendimento à população também não seja prejudicado. E orienta os bancários a denunciar ao Sindicato caso se sintam coagidos por parte de algum gestor a aderir ao plano.
"Se houver qualquer pressão, os trabalhadores devem entrar em contato com o Sindicato por meio do canal Denuncie, através do Whatsapp (17) 99259-1987 ou pelo telefone (17) 3522-2409. O sigilo do denunciante é absoluto.
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