06/05/2022
Bradesco já lucrou mais de R$7 bilhões em 2022
O Bradesco obteve lucro líquido contábil de R$ 7,009 bilhões, no primeiro trimestre de 2022, uma alta de 13,9% em relação ao mesmo período de 2021 e de 121,1% comparando-se com o resultado do quarto trimestre de 2021 (R$ 3,170 bilhões). O Retorno sobre o Patrimônio Líquido Médio Anualizado (ROAE) do banco ficou em 18,5%, com alta de 0,9 pontos percentuais (p.p.) em doze meses.
Mesmo com esses excelentes resultados, a holding encerrou março de 2022 com 87.488 empregados, o que revela o fechamento de 1.199 postos de trabalho em doze meses, ainda que, no trimestre, tenham sido abertos 214 postos de trabalho. No mesmo período, foram encerradas 364 agências, enquanto foram abertas e 200 unidades de negócio.
De acordo com o relatório do banco, esse resultado se deve ao bom desempenho da margem financeira, das receitas de prestação de serviços e das despesas operacionais do banco.
“Na verdade, esses ótimos números são às custas dos trabalhadores, que cada vez mais são sobrecarregados pela demissão dos colegas, e têm suas vidas drasticamente alteradas, com o fechamento de agência e a consequente mudança de logística para chegar ao seu local de trabalho”, afirmou Magaly Fagundes, coordenadora da Comissão de Organização de Empresa (COE) do Bradesco.
"É preciso denunciar essa situação que representa uma afronta aos bancários – que convivem com adoecimento, sobrecarga de trabalho e assédio moral para o cumprimento de metas abusivas; aos clientes – que pagam tarifas e juros exorbitantes, mas não recebem um serviço condizente por causa do número insuficiente de empregados e de agências; e à população brasileira – que enfrenta um período de carestia por causa do desemprego, enquanto o Bradesco e demais bancos privados lucram dezenas de bilhões sem oferecer nenhuma contrapartida social, incluindo geração de postos de trabalho", ressaltou o diretor do Sindicato dos Bancários de Catanduva e região, Júlio César Trigo.
O Sindicato tem realizado várias atividades de protesto nas agências e redes sociais contra o descaso do banco com seus funcionários e a falta de responsabilidade social, e segue cobrando o fim das demissões. "O lucro é resultado do esforço dos trabalhadores, valorizá-los com emprego e condições de trabalho decentes é obrigação para quem lucra bilhões", reforçou o diretor.
> Veja aqui os destaques completos do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).
SINDICALIZE-SE
MAIS NOTÍCIAS
- 24 anos de privatização do Banespa: luta segue para preservar direitos e conquistas dos banespianos
- Campanha 21 Dias de Ativismo reforça luta pelo fim da violência contra a mulher
- Conselho Deliberativo da Funcef vai votar adequação da meta atuarial nesta quinta-feira (21)
- Em defesa do Saúde Caixa viável e sustentável, empregados cobram fim do teto de 6,5% e medidas de prevenção
- Sindicato e Fetec-CUT/SP debatem conjuntura e perspectivas para a categoria bancária
- Fim da escala 6x1 é tema de debate do Coletivo Nacional de Relações do Trabalho da Contraf-CUT
- Alô, associado! Venha curtir o feriado de quarta-feira (20) no Clube dos Bancários
- Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra é conquista dos movimentos sociais
- Agências não terão expediente bancário nesta quarta-feira (20), Dia da Consciência Negra e Zumbi de Palmares
- Organização do trabalho nos bancos leva a adoecimento mental da categoria
- Caixa: Representação dos empregados entrega contraproposta para caixas e tesoureiros
- Movimento sindical prepara documento que será entregue aos líderes do G20
- Lucro do Banco do Brasil cresce 8,4% em um ano; resultado deveria reforçar função pública do banco
- O sangue dos ancestrais negros continua a ser derramado, agora pelas ações policiais
- Bancários do Itaú realizam ações contra assédio moral e por melhores condições de trabalho