28/03/2022

Caixa atende reivindicação e prorroga home office até 30 de abril


 

A Caixa Econômica Federal informou ao movimento sindical, na última sexta-feira (25), que atenderia a reivindicação dos empregados e prorrogaria o “Projeto Remoto Excepcional” até o dia 30 de abril.

O banco enviou comunicado para todas suas unidades informando aos gestores que eles podem manter em home office quem já está exercendo suas atividades remotamente, e/ou incluir outros empregados. O banco informou ainda que cada gestor deverá combinar previamente com cada empregado as atividades que o mesmo deverá exercer remotamente, registrá-las no sistema de recursos humanos (SISRH) e acompanhar o cumprimento das tarefas.

“Por mais que os casos de contaminação e mortes por Covid-19 estejam reduzindo, precisamos estar alertas com os novos surtos e para evitar novas ondas da doença em nosso país”, disse a coordenadora da Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa, Fabiana Uehara Proscholdt. “Melhor fazermos nossa ‘lição de casa’, segurarmos mais um pouquinho. Se tivéssemos feito um lockdown de verdade no início da pandemia, poderíamos ter reduzido o número de contaminações em nosso país”, completou.

Sobrecarga

O movimento sindical alerta também para o fato de que os empregados que estão atendendo presencialmente a população estão sobrecarregados. A solução, entretanto, não passa pelo retorno de todos os trabalhadores que estão em home office. Muitos têm outras doenças que podem ser agravadas caso contraiam o vírus e, o que seria uma solução rápida, pode levar à piora do quadro de sobrecarga.

Na avaliação do diretor do Sindicato dos Bancários de Catanduva e região, a redução da sobrecarga passa pela contratação de mais empregados.

"Nossa preocupação com o déficit funcional da Caixa não é de hoje. A contratação de mais empregados sempre foi uma reivindicação do movimento sindical. Além das condições precárias de trabalho, as metas desumanas vêm esgotando e adoecendo os bancários e bancárias. Apesar do esforço dos trabalhadores para fazer o seu melhor, as péssimas condições também sabotam o atendimento aos clientes e usuários do banco público. É um desrespeito com a população e com quem tanto contribui para os resultados positivos da Caixa. Não existe mágica a ser feita: para melhorar as condições de trabalho na empresa e a rede atender melhor a população, a solução é termos mais empregados”, ressaltou o diretor.

A Sest (Secretaria de Coordenação e Governança das Empresas Estatais) já autorizou o aumento do quadro de pessoal com a contratação de concursados, mas, apesar de seu presidente, Pedro Guimarães, ter propagandeado que contrataria quatro mil novos empregados, o banco não contratou nem o que foi autorizado. O problema também está acontecendo com as pessoas com deficiência aprovadas em concurso específico realizado no ano passado. A Caixa faz propaganda, mas é muito marketing e pouca efetividade.

“Precisamos lutar para acabar com a sobrecarga de trabalho, que passa pela saúde e pela vida dos trabalhadores”, acrescentou a coordenadora da CEE/Caixa.
Fonte: Contraf-CUT, com edição de Seeb Catanduva

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