21/03/2022
Contratação de PCDs: Contraf-CUT e Fenae pedem mediação do MPT
A Caixa Econômica Federal negou a posse para aproximadamente 58 candidatos aprovados no concurso específico para pessoas com deficiência (PCDs) realizado em 2021 sob a justificativa de inaptidão para o exercício bancário ou descaracterização da deficiência. Candidatos aprovados que tiveram sua posse negada estão realizando diversas denúncias.
Para resolver o impasse, a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e a Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa (Fenae) solicitaram, na última sexta-feira (18), a mediação do Ministério Público do Trabalho, com a posse dos candidatos que preencherem os requisitos legais, e, caso não se chegue a uma solução, a investigação pelo MPT a respeito das denúncias e, sendo o caso, o ajuizamento de ação judicial.
Conforme previsto no edital do concurso (edital nº 4/2021/NM), antes do certame, os candidatos inscritos já tinham sido submetidos a junta médica. No entanto, após a prova, a Caixa submeteu os aprovados a nova junta médica e passou a eliminar inúmeros deles.
“Há denúncias de arbitrariedades no entendimento da Caixa do que se configura como deficiência, por vezes dando posse a candidatos com a mesma deficiência que candidato eliminado”, informou a coordenadora da Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa, Fabiana Uehara Proscholdt, ressaltando que as exigências pós-certame não constam no edital e a Caixa não demonstra as razões da falta de o tratamento não isonômico com o(s) candidato(s) sabatinado(s).
“Fazer exigências não previstas no edital, mais do que irregular, é uma atitude extremamente arbitrária e desrespeitosa. Esperamos uma solução”, pontuou o presidente da Fenae, Sergio Takemoto.
Mais contratações
O diretor do Sindicato dos Bancários de Catanduva e região, Antônio Júlio Gonçalves Neto, acescentar, ainda, a sobrecarga à qual estão submetidos os empregados da Caixa. As entidades representativas estão acompanhando os casos, atentos aos absurdos cometidos para que se evite contratação destes colegas. Alguns foram contratados em concursos de outras empresas como PCDs e a Caixa alega que eles não estão caracterizados como tal.
"Com a diminuição de postos de trabalho e do quadro de empregados, que configura uma estratégia de desmonte, tem-se cada vez mais trabalhadores sobrecarregados nas agências, além do aumento do índice de adoecimento da categoria e a precarização do atendimento à população. O Sindicato tem como uma de suas principais bandeiras a luta por mais contratações e a defesa da Caixa 100% pública, fundamental para o desenvolvimento do país. Dentre nossas reivindicações, reforçamos também a contratação de PCDs. É obrigação do banco contratar e, sobretudo, oferecer condições dignas de trabalho a estes e a todos os trabalhadores", defende o diretor.
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