17/12/2021
Procuradoria notifica presidente da Caixa para que deixe de constranger funcionários
O MPT (Ministério Público do Trabalho) enviou nesta quinta-feira (16) uma notificação ao presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, na qual recomenda que ele não submeta os empregados do banco público a flexões de braço e "a outras situações de constrangimento no trabalho".
Na terça (14), durante evento anual chamado Nação Caixa, Guimarães obrigou executivos do banco público a fazerem flexões e dar estrelas, como ginastas olímpicos. O encontro foi realizado no Hotel Bourbon, em Atibaia, interior de São Paulo.
O procurador do trabalho no Distrito Federal, Paulo Neto, que assina o documento, afirma que esse tipo de conduta coloca Guimarães "sob pena de instauração de procedimento investigatório no Ministério Público do Trabalho e adoção e medidas administrativas e/ou judiciais cabíveis para correção da conduta."
Na terça (14), durante evento anual chamado Nação Caixa, Guimarães obrigou executivos do banco público a fazerem flexões e dar estrelas, como ginastas olímpicos. O encontro foi realizado no Hotel Bourbon, em Atibaia, interior de São Paulo.
O procurador do trabalho no Distrito Federal, Paulo Neto, que assina o documento, afirma que esse tipo de conduta coloca Guimarães "sob pena de instauração de procedimento investigatório no Ministério Público do Trabalho e adoção e medidas administrativas e/ou judiciais cabíveis para correção da conduta."
A notificação recomendatória, nome formal do documento, diz que, caso Guimarães não cumpra a notificação, ele poderá ser responsabilizado nos âmbitos civil, criminal e administrativo.
O procurador do trabalho cita, na recomendação, precedente do TST (Tribunal Superior do Trabalho) que considerou abusiva e reprovável a conduta de empregador que determinou que o empregado fizesse flexões de braço. Ele diz também que o "assédio moral é uma violência psicológica, tendo o condão de produzir graves consequências à saúde mental dos trabalhadores."
Um vídeo gravado no encontro da Caixa viralizou nas redes sociais depois de divulgação dos Sindicatos. Pedro Guimarães, presidente da Caixa, aparece comandando alguns dos seus principais executivos com tom motivacional.
A gravação começa com uma funcionária sendo estimulada a dar uma estrela sob comando de uma criança que, aparentemente, é ginasta. Ela não consegue e é substituída por um segundo funcionário que também desiste. Por fim, um terceiro executa o movimento de forma atabalhoada.
Nesta quinta (16), as entidades sindicais representativas dos empregados decidiram encaminhar ao MPT denúncia de assédio moral institucional praticado pela direção do banco. Em nota conjunta, sindicatos, a Contraf-CUT (Confederação dos Bancários) e a Fenae (Federação Nacional de Trabalhadores da Caixa) classificaram a conduta do presidente do banco como "extremamente constrangedora".
As flexões de braço convocadas por Guimarães são um aceno ao presidente Jair Bolsonaro (PL) que, em mais uma ocasião, estimulou a mesma prática.
O procurador do trabalho cita, na recomendação, precedente do TST (Tribunal Superior do Trabalho) que considerou abusiva e reprovável a conduta de empregador que determinou que o empregado fizesse flexões de braço. Ele diz também que o "assédio moral é uma violência psicológica, tendo o condão de produzir graves consequências à saúde mental dos trabalhadores."
Um vídeo gravado no encontro da Caixa viralizou nas redes sociais depois de divulgação dos Sindicatos. Pedro Guimarães, presidente da Caixa, aparece comandando alguns dos seus principais executivos com tom motivacional.
A gravação começa com uma funcionária sendo estimulada a dar uma estrela sob comando de uma criança que, aparentemente, é ginasta. Ela não consegue e é substituída por um segundo funcionário que também desiste. Por fim, um terceiro executa o movimento de forma atabalhoada.
Nesta quinta (16), as entidades sindicais representativas dos empregados decidiram encaminhar ao MPT denúncia de assédio moral institucional praticado pela direção do banco. Em nota conjunta, sindicatos, a Contraf-CUT (Confederação dos Bancários) e a Fenae (Federação Nacional de Trabalhadores da Caixa) classificaram a conduta do presidente do banco como "extremamente constrangedora".
As flexões de braço convocadas por Guimarães são um aceno ao presidente Jair Bolsonaro (PL) que, em mais uma ocasião, estimulou a mesma prática.
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