13/12/2021
Nova denúncia de uso pessoal e político da Caixa atinge presidente do banco
O uso pessoal e político-eleitoral da Caixa Econômica Federal pelo presidente do banco, Pedro Guimarães, foi, mais uma vez, denunciado pela imprensa. Uma reportagem da Agência O Globo, publicada no site da revista Exame, chama a atenção para a proposta de uso de recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) para criar um programa de microcrédito para pequenos empreendedores, micro e pequenas empresas, mesmo que tenham nome negativado.
Segundo a reportagem, o objetivo é “ampliar a popularidade do presidente Jair Bolsonaro no caminho à reeleição em 2022” e o uso de recursos do FGTS está sendo estudado devido a pouca margem no Orçamento da União.
“Realmente é preciso criar linhas de crédito para os pequenos empreendedores, pequenas e microempresas. Ainda mais neste momento de crise. Estas empresas são as que mais criam empregos e isso é uma forma de girar a economia”, disse a coordenadora da Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa, Fabiana Uehara Proscholdt.
Tributar os super-ricos
Mas, para o movimento sindical, existem problemas na proposta que, segundo a reportagem, está em estudo. “Eles querem cobrir um santo, mas vão descobrir o outro. Ou seja, para criar a linha de crédito aos pequenos empresários, eles querem tirar recursos que, por lei, são destinados para a construção da casa própria, saneamento e infraestrutura urbana, que também geram muitos empregos. Ao invés de jogar recurso de um segmento para outro, deviam taxar os super-ricos, mudando a lógica de tributação sobre o consumo e passando a taxar sobre a renda, sobre a riqueza. Assim seria possível aumentar a arrecadação sem onerar os mais pobres e haveria dinheiro para financiar as pequenas empresas”, explicou a coordenadora da CEE.
O Sindicato dos Bancários de Catanduva e região, à exemplo da Contraf-CUT, é uma das entidades que apoiam a campanha “Tributar os Super-Ricos”, que apresentou ao Congresso Nacional oito propostas para se aumentar a arrecadação tributária isentando a população de menor renda e cobrando mais impostos de apenas 0,3% da população mais rica, os super-ricos.
Campanha política
Para os representantes dos empregados, no entanto, o mais grave é o uso dos recursos do FGTS, que pertencem aos trabalhadores, para uso pessoal e político-eleitoral. “O Pedro Guimarães precisa parar com isso. Não é a primeira, nem a segunda vez que ele usa a Caixa e os recursos que ela administra para se autopromover e para buscar tirar Bolsonaro do buraco eleitoral no qual ele se enfiou. Se ele não para, é preciso que alguém o pare!”, disse indignada a coordenadora da CEE.
Segundo a Agência O Globo, os estudos do governo preveem a utilização de R$ 13 bilhões do FGTS como garantia para empréstimos a 20 milhões de pequenos empreendedores, micro e pequenas empresas, mesmo que tenham nome sujo no SPC e Serasa. Cada pessoa, segundo o estudo, poderá tomar empréstimos de apenas R$ 500 a R$ 15 mil.
Para o diretor do Sindicato dos Bancários de Catanduva e região, Antônio Júlio Gonçalves, mais uma vez, se faz necessário reforçar a importância da Caixa para o Brasil e para os brasileiros. É lamentável constatar o uso eleitoreiro de um banco público que é imprescindível para o país e chega aonde os bancos privados não chegam.
“As evidências de que a Caixa está sendo utilizada para fins meramente eleitorais são muitas, ao mesmo tempo em que o banco sofre um processo de desmonte que o está enfraquecendo perante a concorrência privada. Ou seja, de indutor do desenvolvimento econômico e social, a Caixa agora serve de trampolim eleitoral para uma plataforma de governo privatista, antitrabalhador e antipovo. E reforça a urgência de os empregados do banco, juntamente com a população, se levantarem contra um governo que usa a máquina pública em benefício próprio”, acrescentou o diretor.
Segundo a reportagem, o objetivo é “ampliar a popularidade do presidente Jair Bolsonaro no caminho à reeleição em 2022” e o uso de recursos do FGTS está sendo estudado devido a pouca margem no Orçamento da União.
“Realmente é preciso criar linhas de crédito para os pequenos empreendedores, pequenas e microempresas. Ainda mais neste momento de crise. Estas empresas são as que mais criam empregos e isso é uma forma de girar a economia”, disse a coordenadora da Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa, Fabiana Uehara Proscholdt.
Tributar os super-ricos
Mas, para o movimento sindical, existem problemas na proposta que, segundo a reportagem, está em estudo. “Eles querem cobrir um santo, mas vão descobrir o outro. Ou seja, para criar a linha de crédito aos pequenos empresários, eles querem tirar recursos que, por lei, são destinados para a construção da casa própria, saneamento e infraestrutura urbana, que também geram muitos empregos. Ao invés de jogar recurso de um segmento para outro, deviam taxar os super-ricos, mudando a lógica de tributação sobre o consumo e passando a taxar sobre a renda, sobre a riqueza. Assim seria possível aumentar a arrecadação sem onerar os mais pobres e haveria dinheiro para financiar as pequenas empresas”, explicou a coordenadora da CEE.
O Sindicato dos Bancários de Catanduva e região, à exemplo da Contraf-CUT, é uma das entidades que apoiam a campanha “Tributar os Super-Ricos”, que apresentou ao Congresso Nacional oito propostas para se aumentar a arrecadação tributária isentando a população de menor renda e cobrando mais impostos de apenas 0,3% da população mais rica, os super-ricos.
Campanha política
Para os representantes dos empregados, no entanto, o mais grave é o uso dos recursos do FGTS, que pertencem aos trabalhadores, para uso pessoal e político-eleitoral. “O Pedro Guimarães precisa parar com isso. Não é a primeira, nem a segunda vez que ele usa a Caixa e os recursos que ela administra para se autopromover e para buscar tirar Bolsonaro do buraco eleitoral no qual ele se enfiou. Se ele não para, é preciso que alguém o pare!”, disse indignada a coordenadora da CEE.
Segundo a Agência O Globo, os estudos do governo preveem a utilização de R$ 13 bilhões do FGTS como garantia para empréstimos a 20 milhões de pequenos empreendedores, micro e pequenas empresas, mesmo que tenham nome sujo no SPC e Serasa. Cada pessoa, segundo o estudo, poderá tomar empréstimos de apenas R$ 500 a R$ 15 mil.
Para o diretor do Sindicato dos Bancários de Catanduva e região, Antônio Júlio Gonçalves, mais uma vez, se faz necessário reforçar a importância da Caixa para o Brasil e para os brasileiros. É lamentável constatar o uso eleitoreiro de um banco público que é imprescindível para o país e chega aonde os bancos privados não chegam.
“As evidências de que a Caixa está sendo utilizada para fins meramente eleitorais são muitas, ao mesmo tempo em que o banco sofre um processo de desmonte que o está enfraquecendo perante a concorrência privada. Ou seja, de indutor do desenvolvimento econômico e social, a Caixa agora serve de trampolim eleitoral para uma plataforma de governo privatista, antitrabalhador e antipovo. E reforça a urgência de os empregados do banco, juntamente com a população, se levantarem contra um governo que usa a máquina pública em benefício próprio”, acrescentou o diretor.
SINDICALIZE-SE
MAIS NOTÍCIAS
- Diretoria plena do Sindicato se reúne para análise de conjuntura e definição de estratégias de luta
- Dia Nacional de Luta em defesa da Previ: trabalhadores do BB realizaram protestos por todo o país
- Governo propõe salário mínimo de R$ 1.630 em 2026
- Sindicato visita agências do Santander para alertar sobre os impactos da terceirização e reforçar mobilização contra a prática
- Novos exames do PCMSO devem ser oferecidos pela Caixa a partir de maio
- Trabalhadores do BB protestam nesta quarta-feira (16) em defesa da Previ e contra ataques do TCU e CNN
- PL do golpe é tentativa de anistiar Bolsonaro e legalizar ataques à democracia, alerta Contraf-CUT
- Entidades sindicais se mobilizam para Marcha a Brasília e 1º de Maio
- A quem interessa destruir a Cabesp?
- Isenção do IR até R$ 5 mil: 76% dos brasileiros concordam com criação de alíquota mínima para os mais ricos
- Previ: Entenda os interesses em torno do fundo de pensão. E a importância de defendê-lo
- Talentos Fenae/Apcef chega ao fim em clima de festa e confraternização dos empregados e aposentados da Caixa
- STF: aposentado não precisa devolver dinheiro da revisão da vida toda
- Santander ignora diversidade e dá passo atrás ao nomear homem para chefia de marketing
- Contraf-CUT: Ministro do TCU ignora relatório solicitado por ele mesmo em auditoria na Previ