09/11/2021

Caixa não contratou metade dos empregados prometidos pela direção do banco



Passados quatro meses da promessa do presidente da Caixa, Pedro Guimaraes de contratar mais 4 mil empregados, o ritmo das contratações segue lento, enquanto nas agências os trabalhadores enfrentam sobrecarga de trabalho e adoecimento. Números levantados pela Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa (Fenae) indicam que a direção da empresa não admitiu nem metade do que foi anunciado.

Em agosto, a Secretaria de Coordenação e Governança das Empresas Estatais (Sest) autorizou o banco público a contratar mais 3 mil funcionários, ampliando seu quadro de pessoal para 87.544. Conforme dados de outubro, a Caixa contava com 85.772 mil funcionários.  Isso representa 1.772 a menos do total autorizado.

Pedro Guimarães alardeou na imprensa, em julho, que o banco abriria 10 mil novas vagas de trabalho, entre concursados, recepcionistas, vigilantes, estagiários e adolescentes aprendizes. Desse total, 3 mil seriam destinados aos aprovados no concurso público de 2014 e outros mil para PcDs. Ainda em 2019, em entrevista ao Correio da Paraíba, Guimarães afirmou que contrataria todos os concursados. Até o momento, nenhuma as promessas foram cumpridas. 

No dia 31 de outubro, a Caixa realizou concurso público para preenchimento de 1.100 vagas para Pessoas com Deficiência (PcDs), sendo mil imediatas e 100 para o cadastro de reserva. O resultado está previsto para sair em dezembro.

"O quadro de pessoal da Caixa vem sofrendo uma grande redução ao longo dos anos, com um déficit de, aproximadamente, 20 mil bancários, ao mesmo tempo em que há aumento do número de clientes. O concurso para PCDs é uma medida positiva e exigida por lei, mas insuficiente. É preciso que as contratações de concursados também sejam efetivamente realizadas e de forma célere, sob o risco de se comprometer a assistência à população", destaca o presidente da Fenae, Sergio Takemoto. 

"A preocupação do Sindicato com o déficit funcional da Caixa não é de hoje. A contratação de mais empregados sempre foi uma reivindicação do movimento sindical. Além das condições precárias de trabalho, as metas desumanas vêm esgotando e adoecendo os bancários e bancárias. Apesar do esforço dos trabalhadores para fazer o seu melhor, as péssimas condições também sabotam o atendimento aos clientes e usuários do banco público. É um desrespeito com a população e com quem tanto contribui para os resultados positivos da Caixa. Não existe mágica a ser feita: para melhorar as condições de trabalho na empresa e a rede atender melhor a população, a solução é termos mais empregados”, emenda o diretor do Sindicato dos Bancários de Catanduva e região, Antônio Júlio Gonçalves Neto.
Fonte: Fenae, com edição de Seeb Catanduva

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