04/11/2021
Bancários de Catanduva e região protestam contra demissões no Mercantil do Brasil

O Sindicato dos Bancários de Catanduva e região realizou, na manhã desta quinta-feira (4), uma manifestação pública em repúdio às demissões promovidas pelo Mercantil do Brasil.
Durante a atividade, os dirigentes sindicais distribuíram aos clientes e à população uma publicação denunciando a realidade dos funcionários, que sofrem também com condições de trabalho precárias e com o assédio moral, em virtude das metas absurdas impostas pelo banco. Foram afixados, ainda, cartazes na fachada da agência Catanduva, atraindo a atenção da sociedade para a luta da categoria em defesa do emprego.
Neste mês, como parte do processo de reestruturação do banco, onde as agências estão sendo transformadas em PAAs, dezenas de trabalhadores com mais de 30 anos foram demitidos em todo o país. Para o banco, esses funcionários são considerados “velhos” e por conta do cargo, geram gastos maiores, o que desagrada a instituição que lucrou mais de R$ 100 milhões nos seis primeiros meses do ano.
O Sindicato repudia o comportamento do banco, que discrimina e descarta profissionais mais experientes, dando fim, impetuosamente, no plano de carreira desses trabalhadores.
O atendimento precário fornecido aos pensionistas, que resulta em longas filas de espera mesmo em se tratando de uma população preferencial, também vem sendo alvo de vários protestos pela entidade sindical.
“Essa situação reflete a falta de funcionários nas unidades para atender a população de forma digna e eficaz, com menos filas e mais segurança. Cobramos medidas urgentes para que a população e, sobretudo, a categoria não sejam prejudicadas. É inaceitável que o Mercantil realize reestruturações em um momento tão delicado, tirando emprego e renda de tantos trabalhadores”, ressaltou o secretário geral do Sindicato, Júlio César Trigo.

Além das manifestações nas ruas, o Sindicato também protestará durante todo o dia nas redes sociais.
"Um dos maiores desafios é, de fato, lutar pela manutenção do emprego e garantir a valorização e melhoria na qualidade de vida dos trabalhadores. Exigimos, portanto, que a empresa crie mecanismos para a realocação dos funcionários atingidos pelo processo de transformação das agências, ou seja, que eles tenham a oportunidade de transferência para outras áreas, conservando seus empregos", acrescentou o presidente do Sindicato, Roberto Vicentim.
O dirigente reforçou, ainda, a importância de os bancários denunciarem sempre que se sentirem perseguidos ou constrangidos por superiores. “O trabalhador tem um papel fundamental no processo de combate ao assédio moral e demissões imotivadas, pois somente através da denúncia conseguiremos buscar mecanismos para defesa daqueles que forem afetados por essa prática nefasta, que infelizmente ainda é uma realidade que persiste dentro dos bancos”, concluiu Vicentim.
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