29/10/2021
Ampliação do horário de atendimento escancara falta de bancários no Santander, e Sindicato cobra contratações

Embora o balanço do terceiro trimestre de 2021 do grupo Santander aponte a contratação de mais de 4 mil trabalhadores nos últimos 12 meses encerrados em setembro, a realidade dentro das agências evidencia o acúmulo de funções, a sobrecarga de trabalho, aglomerações e aumento da cobrança de metas – cenário resultante da falta de funcionários. Além disto, a abertura de novos CNPJ no grupo espanhol revela que essas contratações não são de trabalhadores bancários, e sim de funcionários terceirizados.
No terceiro trimestre de 2016, o Santander tinha 34 milhões de clientes, número que saltou para 51,8 milhões no terceiro trimestre de 2021. Um aumento de 52,4%. O número de trabalhadores, por sua vez, aumentou apenas 2,5% no mesmo período, passando de 48.024 para 49.246. O banco espanhol também fechou 226 agências no país entre o terceiro trimestre de 2016 e o terceiro trimestre de 2021, passando de 2.255 para 2.029, uma queda de 10% do total. Os dados são das Demonstrações Financeiras do Banco Santander.
Mesmo diante deste cenário de fechamento de agências e aumento exponencial do número de clientes, o Santander estendeu o horário de atendimento das agências, com início às 9h para público preferencial, medida tomada de forma unilateral e sem nenhum diálogo com a representação dos trabalhadores, e que evidenciou ainda mais a falta de funcionários e os problemas decorrentes.
“O dia a dia nas agências de todo o páis está um inferno. Após as 14h, o fluxo de clientes tem aumentado consideravelmente, o que gera aglomerações. Os funcionários relatam que não estão conseguindo lidar com sete horas ininterruptas de atendimento, e o fluxo e os processos de trabalho não estão adequados, de forma que os trabalhadores não estão conseguindo lidar com o atendimento ao público, simultaneamente a todo o trabalho burocrático da agência”, relata Lucimara Malaquias, coordenadora da Comissão de Organização dos Empregados do Santander.
Além disto, antes da pandemia, em algumas cidades as agências fechavam antes das 15h, ou abriam após as 11h. E agora o banco está tentando padronizar o horário de atendimento destes locais, sem considerar suas especificidades.
A isto soma-se ainda as metas e as cobranças, que só aumentam. Muitos trabalhadores relatam dificuldades até para almoçar, e muitas agências permanecem com clientes no seu interior depois das 16h para conclusão do atendimento.
"Os lucros do banco aumentam a cada período, assim como a carteira de clientes. Em contrapartida, o número de bancários está sendo reduzido, em um contexto de aumento de pressão pelo cumprimento de metas abusivas para obtenção de lucros cada vez maiores, o que está resultando em uma epidemia de adoecimentos relacionados ao trabalho. Aumentar o horário de atendimento não é a solução. O que banco precisa e possui condições suficientes para isso é contratar mais funcionários, melhorar a capacitação e o treinamento, e revisar e reestruturar os processos e sistemas a fim de garantir um atendimento de qualidade para o cliente, e um ambiente de trabalho saudável", ressalta o diretor do Sindicato dos Bancários de Catanduva e região, Júlio César Trigo.
Os trabalhadores devem denunciar ao Sindicato os locais de trabalho onde há as seguintes situações:
No terceiro trimestre de 2016, o Santander tinha 34 milhões de clientes, número que saltou para 51,8 milhões no terceiro trimestre de 2021. Um aumento de 52,4%. O número de trabalhadores, por sua vez, aumentou apenas 2,5% no mesmo período, passando de 48.024 para 49.246. O banco espanhol também fechou 226 agências no país entre o terceiro trimestre de 2016 e o terceiro trimestre de 2021, passando de 2.255 para 2.029, uma queda de 10% do total. Os dados são das Demonstrações Financeiras do Banco Santander.
Mesmo diante deste cenário de fechamento de agências e aumento exponencial do número de clientes, o Santander estendeu o horário de atendimento das agências, com início às 9h para público preferencial, medida tomada de forma unilateral e sem nenhum diálogo com a representação dos trabalhadores, e que evidenciou ainda mais a falta de funcionários e os problemas decorrentes.
“O dia a dia nas agências de todo o páis está um inferno. Após as 14h, o fluxo de clientes tem aumentado consideravelmente, o que gera aglomerações. Os funcionários relatam que não estão conseguindo lidar com sete horas ininterruptas de atendimento, e o fluxo e os processos de trabalho não estão adequados, de forma que os trabalhadores não estão conseguindo lidar com o atendimento ao público, simultaneamente a todo o trabalho burocrático da agência”, relata Lucimara Malaquias, coordenadora da Comissão de Organização dos Empregados do Santander.
Além disto, antes da pandemia, em algumas cidades as agências fechavam antes das 15h, ou abriam após as 11h. E agora o banco está tentando padronizar o horário de atendimento destes locais, sem considerar suas especificidades.
A isto soma-se ainda as metas e as cobranças, que só aumentam. Muitos trabalhadores relatam dificuldades até para almoçar, e muitas agências permanecem com clientes no seu interior depois das 16h para conclusão do atendimento.
"Os lucros do banco aumentam a cada período, assim como a carteira de clientes. Em contrapartida, o número de bancários está sendo reduzido, em um contexto de aumento de pressão pelo cumprimento de metas abusivas para obtenção de lucros cada vez maiores, o que está resultando em uma epidemia de adoecimentos relacionados ao trabalho. Aumentar o horário de atendimento não é a solução. O que banco precisa e possui condições suficientes para isso é contratar mais funcionários, melhorar a capacitação e o treinamento, e revisar e reestruturar os processos e sistemas a fim de garantir um atendimento de qualidade para o cliente, e um ambiente de trabalho saudável", ressalta o diretor do Sindicato dos Bancários de Catanduva e região, Júlio César Trigo.
Os trabalhadores devem denunciar ao Sindicato os locais de trabalho onde há as seguintes situações:
- não está sendo possível fazer horário de almoço;
- os trabalhadores de seis horas estejam extrapolando suas jornadas;
- o fluxo e o processo de trabalho devem ser melhorados.
“Os funcionários têm vivido no dia a dia um alto nível de carga de trabalho, com condições precárias nas unidades e submetidos à pressão e assédio constantes para obtenção de resultados. Esse quadro se mostra em âmbito nacional e tem sido a tônica da gestão de pessoas pela direção do banco. O movimento sindical defende há tempos o aumento do tempo de atendimento para a população de um modo geral, e não só para os segmentos com mais poder aquisitivo, afinal, o banco é uma concessão pública. Contudo, não bastam medidas paliativas, que podem gerar ainda mais sobrecarga de trabalho aos bancários. Vamos intensificar nossa luta contra terceirização e por mais contratações em quantidade adequada, a fim de garantir atendimento à população e condições de trabalho de qualidade para os bancários”, reforça Trigo.
Procure o Sindicato
> Está com um problema no seu local de trabalho ou seu banco não está cumprindo o acordado? CLIQUE AQUI e denuncie. O sigilo é absoluto.
> Você pode entrar em contato diretamente com um de nossos diretores através de seus contatos pessoais. Confira: Roberto Vicentim - (17) 99135-3215, Júlio Trigo - (17) 99191-6750, Antônio Júlio Gonçalves Neto (Tony) - (17) 99141-0844, Sérgio L. De Castro Ribeiro (Chimbica) - (17) 99707-1017, Luiz Eduardo Campolungo - (17) 99136-7822 e Luiz César de Freitas (Alemão) - (11) 99145-5186
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