25/10/2021

Sindicatos pressionam Banco Mercantil do Brasil pelo fim das demissões



Representantes sindicais dos empregados do Banco Mercantil do Brasil reuniram-se com a direção do banco na última quinta-feira, dia 21 de outubro, para cobrar o fim das demissões e melhores condições de atendimento e segurança nas agências. No mês de outubro, dezenas de bancários foram demitidos, enquanto o lucro do banco está nas alturas, alcançando mais de 100 milhões somente nos seis primeiros meses do ano.

O Mercantil, mais uma vez, argumentou que as demissões ocorreram por conta da reestruturação da empresa, frente à necessidade de “readequação no mercado de atuação”. Pressionados pelos sindicatos, o Banco acenou com a possibilidade de majoração de benefícios aos bancários demitidos e garantiu que essa etapa de reestruturação foi finalizada e que não ocorrerão mais demissões em massa em 2021, salvo os desligamentos pontuais.

Diante ao impasse, foi agendada nova reunião entre os sindicatos e a direção do Mercantil, para o dia 27 de outubro, para a continuação das discussões.

Para o coordenador da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do BMB, Marco Aurélio Alves, os trabalhadores não podem ser penalizados pela reestruturação da empresa. “Os funcionários demitidos são profissionais dedicados e merecem ser tratados com dignidade e respeito. Eles podem ser requalificados em outras funções dentro da empresa e assim continuar contribuindo para o crescimento do banco”, afirmou.

Não se pode esquecer que os bancos assumiram o compromisso público de não realizar demissões enquanto perdurar a pandemia do novo coronavírus. E mais uma vez o Mercantil descumpre sua palavra. Com as recentes demissões, o Mercantil se apresenta como um banco que não tem compromisso com o emprego ou com a vida dos seus empregados, que vêm adoecendo por causa da pressão.

"O Mercantil precisa rever essa política desumana de exploração de clientes e funcionários e reassumir o compromisso de não demissão firmado no início da pandemia. Enquanto não houver essa reversão, continuaremos com nossas ações. O banco não tem por que demitir, uma vez que continua lucrando alto. Cobramos que tenha responsabilidade social! Os clientes, na maioria aposentados e pensionistas do INSS, também sofrem ao padecer em longas filas à espera de atendimento, com o atendimento completamente precarizado. A luta dos sindicatos é pela manutenção dos empregos, renda e pela dignidade dos trabalhadores. Por isso, vamos continuar nos organizando política e juridicamente para defender os bancários do Mercantil, que devem continuar denunciando as irregularidades para que possamos tomar as providências e reivindicar do banco melhores condições de trabalho para a categoria”, ressaltou o diretor do Sindicato dos Bancários de Catanduva e região, Luiz Eduardo Campolungo.
Fonte: Contraf-CUT e Bancários BH, com edição de Seeb Catanduva

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