11/10/2021

O perigo das manchas na imagem da Caixa na gestão Pedro Guimarães



A gestão Pedro Guimarães continua gerando destaque negativo para a Caixa na imprensa nacional. É como um navio cheio de óleo afundando no oceano: enche de manchas que causam danos difíceis de calcular. Desde que assumiu o cargo de presidente do banco, Guimarães não faz questão alguma de esconder seus interesses políticos.

O uso de canais oficiais da Caixa para autopromoção fez com que o presidente da instituição fosse alvo de investigação do Tribunal de Contas da União (TCU). No requerimento de abertura da apuração, o procurador do Ministério Público de Contas, Júlio Marcelo de Oliveira, usou termos como “egocentrismo” e “vaidade da autoridade” para se referir às atitudes de Guimarães.

Circula nos bastidores políticos a suspeita de que o objetivo do presidente do banco é se lançar como opção de vice na candidatura à reeleição de Jair Bolsonaro. A proximidade com o presidente fez, inclusive, com que Guimarães também fosse convocado a se explicar na Câmara dos Deputados sobre supostas irregularidades na concessão de empréstimo sob influência da primeira-dama, Michelle Bolsonaro.

Isso após acompanhar Bolsonaro em sua polêmica viagem aos EUA e aparecer ao lado do presidente na imprensa internacional que criticou duramente a comitiva brasileira.

Apesar de todo esforço em manchar o nome da empresa, ela continua sendo uma das maiores empresas implementadoras de políticas públicas e segue firme desempenhando o papel importante que tem na sociedade brasileira. É isso que continua depondo a favor da imagem da Caixa, o conhecimento histórico de seus empregados de norte a sul do país e o atendimento diário à população apesar de todos os riscos e dificuldades trazidos pela pandemia.

“As denúncias veículadas na imprensa na última semana são graves e precisam ser apuradas e os responsáveis penalizados. Nós, os empregados da Caixa, somos a força que move esse banco e não podemos tolerar o mau uso dele, seu enfraquecimento, nem que seja coloca em risco sua credibilidade e de seus trabalhadores. A Caixa precisa seguir sendo pública, de todos e essencial para o desenvolvimento do Brasil”, ressaltou o diretor do Sindicato dos Bancários de Catanduva e região, Antônio Júlio Gonçalves Neto.

Conselheira cobra apuração de denúncias

A representante dos empregados no Conselho de Administração da Caixa, Rita Serrano, informou por meio de nota que solicitou à direção do banco público a explicação e apuração dos fatos noticiados na mídia. Confira a nota na íntegra:

Comunico que, diante do agravamento das denúncias apresentadas na mídia, com investigações sendo encaminhadas pelo TCU, Ministério Público e parlamentares, questionando suposto tráfico de influência entre a direção da Caixa e membros do governo, na realização de operações e contratos de publicidade, reiterei nesta sexta-feira (8), solicitação ao Conselho de Administração para que tome medidas cabíveis e urgentes na apuração dos fatos.

A Caixa é uma instituição centenária, pública, fundamental para o Brasil. Conta com regras de governança e integridade que devem ser cumpridas, incluindo punições legais a eventuais desvios.

Os trabalhadores da Caixa foram e são essenciais, estando todos os dias na linha de frente atendendo milhões de brasileiros, constituem a garantia do compromisso com a defesa da transparência e imagem da instituição.

Rita Serrano
Representante dos empregados no Conselho de Administração da Caixa.

 
Fonte: Apcef/SP, com edição de Seeb Catanduva

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