02/08/2021
Taxa de desemprego é de 14,6% e atinge 14,8 milhões de trabalhadores brasileiros

A taxa de desemprego do trimestre fechado em maio foi de 14,6%, o que significa que 14,8 milhões de trabalhadores e trabalhadoras estavam procurando emprego no Brasil. Foi a segunda maior taxa da série histórica do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), iniciada em 2012 – nos dois trimestres móveis anteriores, fechados em março e abril, a taxa bateu recorde (14,7%).
No mesmo período, a taxa de informalidade foi de 40,0%, o que equivale a 34,7 milhões de pessoas fazendo bicos no país, e a de subutilizados foi de 29,3%, atingindo 32,9 milhões de pessoas no trimestre até maio.
Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad), do IBGE, divulgados na última sexta-feira (30).
Menos da metade população em idade para trabalhar está ocupada no mercado de trabalho brasileiro, segundo o IBGE, que registrou nível de ocupação de 48,9% no trimestre encerrado em maio.
"Após quatro anos da aprovação da chamada “reforma trabalhista”, que tramitou sob sucessivas promessas de criação de postos de trabalho e segurança jurídica, o cenário que encontramos é de um país que perdeu o rumo do ponto de vista da perspectiva de voltar a crescer. O que se vê é o aumento substantivo da informalidade, desalento, terceirizados não incorporados. E o que o governo Bolsonaro faz para reverter esse processo? Nada. Muito pelo contrário! Todas as atitudes tomadas pelo presidente durante a pandemia do novo coronavírus só pioraram a situação socioeconômica do país. Sem medidas concretas e efetivas para gerar emprego e renda no Brasil e sem dar nenhuma atenção às propostas do movimento sindical, governo Bolsonaro - com suas canetadas que colaboram ainda mais para a flexibilização dos direitos e a precarização das condições de trabalho - tem levado o país aos recordes de desemprego", critica o secretário geral do Sindicato dos Bancários de Catanduva e região, Júlio Trigo.
Só cresceu trabalho por contra própria
A população na força de trabalho – soma dos que estão procurando emprego e os que estão trabalhando – cresceu 1,2 milhão, puxada pelo contingente de ocupados (86,7 milhões), que subiu em 809 mil, um aumento de 0,9%, na comparação com o trimestre anterior.
A analista da pesquisa, Adriana Beringuy, explica que essa expansão da ocupação reflete o avanço dos trabalhadores por conta própria, única categoria profissional que cresceu no período.
“Esses trabalhadores estão sendo absorvidos por atividades dos segmentos de informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas, que cresceu 3,9%, o único avanço entre as atividades no trimestre até maio”, diz a analista.
O trabalho com carteira assinada no setor privado ficou estável (29,8 milhões) no trimestre terminado em maio. Já na comparação anual houve uma redução de 4,2% ou menos 1,3 milhão de pessoas. A categoria dos trabalhadores domésticos foi estimada em 5,0 milhões de pessoas, ficando estável nas duas comparações. O mesmo aconteceu com os empregados do setor público (12,0 milhões).
Também ficou estável o trabalho no setor privado sem carteira assinada (9,8 milhões). Em relação ao mesmo trimestre do ano anterior, porém, foi registrado um crescimento de 6,4%, com mais 586 mil pessoas.
Subocupados por insuficiência de horas atingem recorde de 7,4 milhões
O contingente de pessoas subutilizadas, que são aquelas desocupadas, subocupadas por insuficiência de horas trabalhadas ou na força de trabalho potencial, foi de 32,9 milhões no trimestre até maio (29,3%).
Já os trabalhadores subocupados por insuficiência de horas trabalhadas atingiu o contingente recorde de 7,4 milhões, um aumento de 6,8%, com mais 469 mil pessoas.
Os desalentados, que desistiram de procurar trabalho depois de muito procurar e não conseguir, somaram 5,7 milhões de pessoas, ficando estáveis em relação ao trimestre anterior, mas cresceram 5,5% frente ao mesmo período de 2020 (5,4 milhões).
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