25/05/2021

Dados parciais sobre condições de trabalho na Caixa em tempos de Covid-19 preocupam



Os empregados da Caixa têm denunciado o afrouxamento das medidas de segurança e prevenção contra a Covid-19 nas agências do banco público em todo o país. As informações são confirmadas por dados preliminares da pesquisa "Dossiê Covid-19 como uma Doença Relacionada ao Trabalho", que tem como objetivo produzir um relatório sobre a Covid-19 em atividades de trabalho.

> A pesquisa ainda não foi concluída. Para participar, clique aqui.

O objetivo do estudo – desenvolvido por pesquisadores das universidades de São Paulo (USP), Estadual Paulista (Unesp) e Federal do Pará (UFPA) – é dar visibilidade à relação entre a atividade profissional e o adoecimento por contaminação pelo coronavírus.

Para a médica e pesquisadora do Trabalho, Maria Maeno, a pesquisa com os bancários da estatal tem um peso maior, já que considerável parte deles manteve o trabalho presencial para o pagamento do Auxílio Emergencial e de outros benefícios sociais à população. Ela integra o grupo de pesquisadores que atuam no estudo por meio da cooperação técnica entre a Fenae e a Associação de Saúde Ambiental e Sustentabilidade (Asas).

Até o momento, mais de 600 empregados da Caixa responderam à pesquisa. Os dados mostram que mais de 70% dos participantes informaram que no local onde trabalham faltam ventilação, janelas ou outra abertura para o ambiente externo. A maioria também informou que há contato próximo com os clientes ou colegas de trabalho.

“Esse resultado, mesmo que parcial, reforça a necessidade de incluir os bancários nos grupos prioritários da vacinação, já que esse é um grupo que ficou impedido de realizar distanciamento social e que se expõe diariamente de diversas formas durante o trabalho, diferente de outros grupos que podem adotar essas medidas de proteção” , lembra a diretora da Apcef/SP, Vivian Carla.

Em reunião realizada na segunda-feira (24) entre o Comando Nacional dos Bancários e a Fenaban, os bancos apresentaram uma proposta de protocolo de segurança unificado para orientar a prevenção contra a Covid -19. 

"A proposta é resultado de um ano de debates e negociações. Reivindicamos normas padronizadas para garantir a segurança de bancários e bancárias em todo o país. Também cobramos dos bancos quais ações estão fazendo para pressionar o governo federal para incluir a categoria bancária como essencial e prioritária no Plano Nacional do Imunização (PNI). Para reforçar, realizaremos nesta quinta-feira (27) o Dia Nacional de Luta pela inclusão da categoria como essencial no PNI e por vacina para todos", acrescenta o diretor do Sindicato dos Bancários de Catanduva e região e da Apcef/SP, Antônio Júlio Gonçalves Neto.

"Na linha de frente desde o início da pandemia, assim como os profissionais de saúde, a categoria não deixou de trabalhar nem um dia sequer para atender a população.  Prestamos um serviço essencial que não é reconhecido nem pelos bancos e nem pelo governo. A vida não pode esperar. Vacina já para a categoria bancária e para todos!", reforça o diretor do Sindicato.

Confira alguns dos resultados já apresentados:
 


Fonte: Apcef/SP, com edição de Seeb Catanduva

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