24/02/2021
Entidades denunciam cobrança de metas e relaxamento de protocolos contra Covid-19
Com o título "Bancários da Caixa denunciam cobrança de metas inatingíveis, assédio moral e afrouxamento de normas de proteção à covid", o Blog do Servidor , do Correio Braziliense, noticiou a precarização das condições de trabalho no banco público, com cobranças de metas incompatíveis com o contexto da pandemia da covid-19, casos de assédio moral, afrouxamento de normas de proteção à saúde dos trabalhadores e pressão para o retorno presencial, apesar do recrudescimento dos casos de contaminação pelo coronavírus em diferentes locais do país.
Esses problemas foram debatidos, na noite de terça-feira (23), no Seminário “Defesa da Caixa, do Brasil e da Vida”, que contou com a participação de dirigentes sindicais Caixa de todo o país, dentre eles representantes do Sindicato dos Bancários de Catanduva e região e da Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Fenae).
“Não fosse o empenho dos empregados da Caixa Econômica para o pagamento do auxílio emergencial e de outros tantos benefícios sociais, 120 milhões de brasileiros não teriam conseguido sobreviver nesta crise econômica sem precedentes”, ressaltou Sérgio Takemoto, presidente da Fenae, em declaração ao blog.
No último dia 10, lembra o Blog do Servidor, a Fenae e a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf/CUT), representando o Sindicato, participaram de uma primeira audiência com o Ministério Público do Trabalho (MPT) para tratar de perseguições a empregados registradas ao longo da reestruturação imposta pelo banco.
O MPT deu um prazo de 30 dias para que o banco apresente todas as informações solicitadas. A partir daí, o Ministério Público do Trabalho definirá os próximos desdobramentos.
“As metas continuam desumanas, além do forte assédio aos trabalhadores”, reforçou a coordenadora da CEE, Fabiana Uehara Proscholdt.
"Na pandemia, os empregados, mais uma vez, trabalharam intensamente para cumprir o papel social da Caixa. Foram nove meses de pagamento do auxílio emergencial para quase 70 milhões de brasileiros, medida tomada para aliviar os efeitos da crise sanitária. Também foram os trabalhadores da Caixa que atenderam 50 milhões de pessoas que buscaram o banco para receber outros benefícios emergências. Mas, a direção da Caixa igora tamanha contribuição e segue com sua perversidade. A pressão e cobrança por metas desumanas estão adoecendo os trabalhadores e isso não pode ocorrer. Cadê o respeito e valorização dos empregados?", questiona o diretor do Sindicato, Antônio Júlio Gonçalves Neto.
“É inacreditável que em um momento em que os empregados estão sendo exemplo de dedicação, a direção da Caixa imponha metas inatingíveis. A meta do banco deveria ser preservar a vida dos bancários e da população”, acrescentou o presidente da Fenae.
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