15/02/2021

Em defesa da Vida: crescimento exponencial de mortes por Covid-19 na Caixa Federal



Somente em janeiro deste ano, oito empregados da Caixa morreram vítimas da covid-19 no país, ante 19 mortes registradas entre os trabalhadores do banco em 2020. Desde o início da pandemia, segundo levantamento do movimento sindical, o número de casos confirmados entre os empregados chegou a mais de 7.900, uma contaminação de 9,7% dos trabalhadores.

Com o aumento expressivo no número de mortes pela covid-19 entre os trabalhadores (e também no país), o Sindicato exige da direção da Caixa o reforço no protocolo de Covid nas agências e departamentos, a ampliação do home office e o fim da cobrança abusiva por metas, que tem, além de adoecido os empregados, prejudicado ainda mais o atendimento à população nesta pandemia.

As agências já estão sobrecarregadas pela falta de trabalhadores, e as filas aumentam, pois quase todo contingente das unidades foca em atingir metas inalcançáveis.

O movimento sindical conquistou, desde o início da pandemia, avanços importantes na proteção dos trabalhadores contra o coronavírus, mas a direção da Caixa dá de ombros, ignorando o número de mortes entre os empregados e a população brasileira e permitindo a cobrança, cada vez mais, de metas abusivas em plena crise sanitária, econômica e social. Se comparados aos óbitos no país, o número de vítimas fatais da covid entre os empregados tem sido proporcionalmente muito maior este ano, na comparação com o ano passado e com o crescimento das mortes no Brasil.

Em outubro do ano passado, o Sindicato e a Apcef/SP, após muita cobrança, conseguiram com que a direção da Caixa atendesse algumas reivindicações das entidades importantes para a saúde e a segurança dos empregados. O banco informou, na ocasião, que, em caso de confirmação ou com atestado de suspeita de contaminação por coronavírus, a higienização das agências seria realizada por equipe especializada, e não mais pela equipe de limpeza da própria unidade.

A direção do banco ainda assumiu o compromisso de que enquanto a higienização não fosse concluída, a agência permaneceria fechada. Além disso, garantiu também que os empregados, que seriam todos que se manifestarem testados para precisar a situação da unidade quanto à contaminação, de forma alguma serão transferidos para outras agências durante o protocolo de covid-19.

Apesar dos avanços negociados, a Caixa não tirou medidas para o protocolo dos terceirizados, mantendo todos em risco e tem seguido premissas de contato que não levam em consideração que trabalhamos em cubículos fechados com ar-condicionado. Hoje, a média móvel de mortes está na casa dos milhares como em junho e julho do ano passado, e no inverno pode se agravar bem mais. É urgente que o banco adote protocolos mais rígidos, que informe corretamente os trabalhadores e que reduza as metas para que mais empregados possam se ater à tarefa do atendimento, que é essencial com a devida proteção.

O Sindicato está monitorando todos os locais de trabalho, e é importante que os empregados denunciem à entidade práticas que vão contra os protocolos da covid e contra o bom senso.

Como denunciar

Nesse momento de pandemia, em que o Sindicato conquistou home office para metade da categoria e outras medidas de segurança, é indispensável que os trabalhadores estejam informados dessas medidas e denunciem ao Sindicato qualquer descumprimento. Saiba como:

> Está com um problema no seu local de trabalho ou seu banco não está cumprindo o acordado? CLIQUE AQUI e denuncie. O sigilo é absoluto.

> Você pode entrar em contato diretamente com um de nossos diretores através de seus contatos pessoais. Confira: Roberto Vicentim - (17) 99135-3215, Júlio Trigo - (17) 99191-6750, Antônio Júlio Gonçalves Neto (Tony) - (17) 99141-0844, Sérgio L. De Castro Ribeiro (Chimbica) - (17) 99707-1017, Luiz Eduardo Campolungo - (17) 99136-7822 e Luiz César de Freitas (Alemão) - (11) 99145-5186

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Fonte: Seeb SP, com edição de Seeb Catanduva

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