11/02/2021

Plenária nesta quinta-feira (11) organizará manifestações contra reestruturação no BB



Em reunião com o Comando Nacional dos Bancários, realizada na tarde de quarta-feira (10), o Banco do Brasil se manteve irredutível e não aceitou negociar o fim do comissionamento de função dos caixas, nem o abono dos dias de paralisação em protesto contra a proposta de reestruturação do banco, que prevê 5 mil demissões, o fechamento de 112 agências, de 242 postos de atendimento e sete escritórios. Comando já tirou lista de atividades para ser debatida nas plenárias que acontecerão nesta quinta-feira (11), além de um tuitaço já para esta quinta, às 11h.

Para os bancários do BB da PSO e agências lotados na base do Sindicato dos Bancários de Catanduva e região, a plenária ocorrerá às 19h e contará com a participação dos membros do Comando Nacional e da Comissão de Empresa - Ivone Silva e João Fukunaga, que realizarão um panorama sobre as paralisações do dia 10/02, negociação com o Banco e mediação com o MPT, efetuar a avaliação dos movimentos de protesto, e construção da luta. "A participação de todos é fundamental", reforçou o presidente do Sindicato, Roberto Carlos Vicentim.

> Acesso à Plenária Organizativa pelo link bit.ly/plenaria-BB

“É um absurdo que, em plena pandemia, um banco público, que apresenta lucro e fornece recurso para o Tesouro Nacional, queira reduzir 5 mil postos de trabalho e os salários de quem vai continuar trabalhando”, afirmou a presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Juvandia Moreira, que é uma das coordenadoras do Comando Nacional dos Bancários. “Além disso, queira fechar unidades de atendimento, prejudicando duplamente a população que terá menos funcionários para atendê-la e menos unidades que lhes prestem o serviço”, completou.

Para Juvandia, a direção do banco segue a linha entreguista e de arrocho ao trabalho que vem sendo tocada pelo governo Bolsonaro. “Trata-se de um governo declaradamente contra os trabalhadores, que já cortou diversos direitos trabalhistas. Um governo que quer acabar com as empresas públicas e todo o funcionalismo. A população precisa ficar atenta, pois sem os serviços e os funcionários públicos ela contará apenas com o serviço privado, que busca exclusivamente o lucro e, na maioria das vezes, não presta um serviço adequado”, observou a presidenta da Contraf-CUT, ao lembrar do apagão ocorrido em Roraima, onde uma empresa privada foi a responsável pelo apagão e uma empresa pública teve que resolver o problema e os hospitais do SUS, que foram quem atendem a população durante a pandemia causada pelo novo coronavírus.

“Durante essa pandemia, foi a Caixa (Econômica Federal) quem atendeu a demanda pelo auxílio emergencial e foi o banco do Brasil quem concedeu crédito para que não houve houvesse um número ainda maior de empresas baixando as portas”, alertou.

Intensificação do movimento

Após a reunião com o banco, o Comando e a Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB) permaneceram reunidos e defiram uma série de ações a serem organizadas nas plenárias que serão realizadas nesta quinta-feira (11) por sindicatos de todo o país.

“Estamos às vésperas do Carnaval, mas não podemos deixar que isso nos atrapalhe. O banco já retirou hoje a gratificação dos caixas e o movimento de protesto deve continuar na mesma intensidade. Hoje já houve uma boa adesão à paralisação e demais atividades de protesto. Vamos intensificar as ações para que isso siga numa crescente e leve à mobilização de toda a sociedade contra mais esse descalabro do governo”, disse o coordenador da CEBB, João Fukunaga, lembrado que as mudanças afetam a vida dos funcionários que saem e dos que ficam, devido à sobrecarga de trabalho e possíveis transferências.

“Mas, também podem afetar toda a economia, principalmente das cidades que perderão agências e de toda a população, que terá o atendimento prejudicado”, completou.

Mobilização

O Comando tirou propostas indicativas que deverão ser debatidas e organizadas em plenárias dos funcionários nesta quinta-feira, mas já definiu um grande tuitaço para às 11h desta quinta-feira. “Todo mundo de todos os sindicatos precisa participar do tuitaço para colocarmos este assunto entre os mais comentados do país”, declarou a coordenadora do Comando Nacional.



 

Calendário
  • 11/2, às 11h – Tuitaço #BBParado e #MeuBBValeMais
  • 11/2 – Plenárias organizativas
  1. Manutenção do Estado de Greve
  2. Ações judiciais contra a desgratificação
  3. Ações judiciais contra fechamentos das agências
  4. Ações judiciais pedindo a reclassificação das faltas
  5. Contato com parlamentares, prefeitos e governadores
  6. Paralisações
  7. Ações pontuais
  • 18/2 – Plenárias
  • 19/2 Reunião de avaliação do Comando
Fonte: Contraf-CUT, com edição de Seeb Catanduva

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