09/02/2021
Contraf-CUT e Fenae fazem audiência com MPT sobre perseguição aos empregados

A Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Fenae) e a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) realizaram, na segunda-feira (08), a primeira audiência com o Ministério Público do Trabalho sobre a perseguição aos empregados que está acontecendo na Caixa, por todo o país, por meio da reestruturação imposta pela gestão do banco. Participaram da reunião o vice-presidente da Fenae, Marcos Saraiva, e a secretária da Cultura da Contraf-CUT e coordenadora da Comissão Executiva dos Empregados (CEE/Caixa), Fabiana Uehara Proscholdt, além de três representantes da Caixa.
No encontro com o procurador do trabalho, os representantes dos empregados informaram sobre as mudanças injustificadas que vêm sendo impostas pela gestão do banco, sem planejamento. A coordenadora da CEE, explicou que as perseguições estavam sendo feitas no país todo. "Falamos sobre algumas denúncias de perseguições que recebemos de empregados. São medidas discriminatórias que vêm sendo tomadas na questão da realocação dos trabalhadores incorporados e aposentados ou próximo à aposentadoria", destacou.
Fabiana ressaltou que os representantes dos empregados reconhecem a necessidade do reforço para as agências, mas é preciso dialogar com os trabalhadores e dar transparência às ações. "A Caixa precisa respeitar os empregados e informar as mudanças para todos que serão atingidos. Além disso, nós temos um Acordo Coletivo que prevê a negociação com os trabalhadores antes de mudanças como essas. E não fomos informados sobre isso", avaliou.
Segundo o vice-presidente da Fenae, Marcos Saraiva, a Federação e a Contraf têm cobrado um posicionamento da Caixa quanto a transferência arbitrária dos empregados. “Essa audiência foi importante para informarmos ao Ministério Público sobre as transferências arbitrárias que a Caixa tem feito. Não houve um aviso formal da Caixa comunicando sobre a medida e não houve tempo razoável para que os empregados pudessem entender o que estava acontecendo. E a medida gerou pânico e insegurança entre os trabalhadores. Por isso, nós estamos cobrando esse posicionamento da Caixa”, afirmou o vice-presidente da Fenae.
Em defesa, a Caixa reafirmou que não estava havendo reestruturação e destacou que foi uma medida para reforçar algumas áreas em decorrência da pandemia da Covid-19.
O procurador do trabalho deu um prazo de 30 dias par que a Caixa apresente as informações solicitadas para então definir os desdobramentos.
SINDICALIZE-SE
MAIS NOTÍCIAS
- Saiba o que é isenção fiscal que custa R$ 860 bi em impostos que ricos não pagam
- Movimento sindical expõe relação entre aumento de fintechs e precarização no setor financeiro
- Saúde não é privilégio, é direito! Empregados de Catanduva e região vão à luta contra os ataques ao Saúde Caixa
- Quem ganha e quem perde com a redução da meta atuarial?
- Itaú: Demissões por justa causa crescem e movimento sindical alerta para procedimentos incorretos
- Dia Nacional de Luta: Empregados reivindicam reajuste zero do Saúde Caixa
- Afubesp denuncia violência contra idosos cometida pelo Santander
- Audiência Pública na Alesp denuncia projeto de terceirização fraudulenta do Santander e os impactos sociais do desmonte promovido pelo banco
- Conheça os eixos temáticos dos debates das conferências regionais e estaduais dos bancários
- Inscrições abertas para o 2º Festival Nacional de Música Autoral da Contraf-CUT
- Conferência Livre de Mulheres Trabalhadoras da CUT-SP destaca desafios da autonomia econômica feminina no Brasil
- Coletivo Nacional de Segurança Bancária debate propostas para reforçar a proteção nas agências
- Contraf-CUT, Fenaban e Ceert avançam nos debates para o 4º Censo da Diversidade
- Saúde dos bancários em foco: Sindicato participa de seminário sobre NR-1
- Folga assiduidade: bancários têm até 31 de agosto para usufruí-la