02/02/2021
Em entrevista, Pedro Guimarães diz que vai privatizar a Caixa como fez com outros bancos
Em live, Pedro Guimarães e Jair Bolsonaro tomam leite. Seria leite condensado?
Foto: Reprodução
As intenções de desmonte e posterior privatização da Caixa Econômica Federal são escancaradas pelo governo Bolsonaro. Em um evento realizado com investidores na última semana, o presidente da Caixa e porta-voz deste projeto de desmonte, Pedro Guimarães, reforçou a intenção da venda de fatias de subsidiárias do banco público, especialmente a seguridade, cartões, gestão de recursos, loterias e banco digital.
Segundo Pedro, a gestão da Caixa já identificou que há uma "demanda total" que supera a oferta até agora para a área de seguridade e, por isso, a operação deve ocorrer. "Não faremos a venda sem uma precificação correta. Agora, não existe mais dúvida na Caixa Seguridade", disse Pedro no evento.
Para PG, as aberturas de capital são um legado a ser deixado para a instituição. Ele defende que a presença de diferentes acionistas deve a "melhorar a governança da empresa por meio de cobranças por decisões mais acertadas".
Desmonte e fechamento de agências
Ele ainda ameaçou que o banco fechará agências em cidades com menos de 40 mil habitantes e "sem número suficiente de clientes". Neste mês, o Banco do Brasil, outro banco na mira do governo Bolsonaro, já havia anunciado um plano de reestruturação que incluía o fechamento de mais de 100 agências.
"Além do grave anúncio de fechamento de agências da Caixa onde a população mais precisa, Pedro confirmou o que temos alertado, que esse é um modelo de privatização das áreas do banco mais lucrativas, o que põe uma perspectiva perversa de menor retorno para a população e rentabilização por banqueiros do patrimônio do povo brasileiro", lembra o membro da Comissão Executiva dos Empregados da Caixa, Dionísio Reis.
"Pedro, como o homônimo da lenda do "Pedro e o Lobo", sempre negou suas intenções privatistas, mas agora para acenar aos investidores e por estabilidade no governo que pretende sustentar, anuncia a verdade aos jornais. Ele participou das equipes que desmontaram e privatizaram o Banespa, o Banestado e o BANERJ e, a serviço de Paulo Guedes e Bolsonaro, pretende acabar com a Caixa como conhecemos, não permitindo que após a pandemia tenhamos um importante instrumento de geração de crescimento econômico" acrescentou.
Para o diretor do Sindicato dos Bancários de Catanduva e região, Antônio Júlio Gonçaves Neto, a forma mais eficaz de lutar contrar as armadilhas do governo e da atual gestão da Caixa é fortalecer a resistência dos empregados através da mobilização e, sobretudo, junto da participação da sociedade, principal prejudicada com o fim da Caixa pública.
"Dados comprovam e especialistas alertam sobre a importância dos bancos públicos na retomada da economia em um cenário não só pós-pandemia, mas em qualquer situação de crise que o país já tenha enfretado ou venha enfrentar. O próprio povo brasileiro é a prova de que para haver recuperação tem de haver crédito para a população, tem de haver habitação, obras, acesso à educação... e todas essas perspectivas passam pelos bancos públicos, que são os principais fomentadores e instrumentos de acesso ao crédito, principalmente para a população mais carente. Essas mesmas instituições, fundamentais na vida de todo cidadão, são alvo de desmonte por parte do governo Bolsonaro e de Pedro Guimarães. Somente nossa força conjunta, nossa indignação e nosso 'basta' podem barrá-los!", finaliza o diretor do Sindicato.
Segundo Pedro, a gestão da Caixa já identificou que há uma "demanda total" que supera a oferta até agora para a área de seguridade e, por isso, a operação deve ocorrer. "Não faremos a venda sem uma precificação correta. Agora, não existe mais dúvida na Caixa Seguridade", disse Pedro no evento.
Para PG, as aberturas de capital são um legado a ser deixado para a instituição. Ele defende que a presença de diferentes acionistas deve a "melhorar a governança da empresa por meio de cobranças por decisões mais acertadas".
Desmonte e fechamento de agências
Ele ainda ameaçou que o banco fechará agências em cidades com menos de 40 mil habitantes e "sem número suficiente de clientes". Neste mês, o Banco do Brasil, outro banco na mira do governo Bolsonaro, já havia anunciado um plano de reestruturação que incluía o fechamento de mais de 100 agências.
"Além do grave anúncio de fechamento de agências da Caixa onde a população mais precisa, Pedro confirmou o que temos alertado, que esse é um modelo de privatização das áreas do banco mais lucrativas, o que põe uma perspectiva perversa de menor retorno para a população e rentabilização por banqueiros do patrimônio do povo brasileiro", lembra o membro da Comissão Executiva dos Empregados da Caixa, Dionísio Reis.
"Pedro, como o homônimo da lenda do "Pedro e o Lobo", sempre negou suas intenções privatistas, mas agora para acenar aos investidores e por estabilidade no governo que pretende sustentar, anuncia a verdade aos jornais. Ele participou das equipes que desmontaram e privatizaram o Banespa, o Banestado e o BANERJ e, a serviço de Paulo Guedes e Bolsonaro, pretende acabar com a Caixa como conhecemos, não permitindo que após a pandemia tenhamos um importante instrumento de geração de crescimento econômico" acrescentou.
Para o diretor do Sindicato dos Bancários de Catanduva e região, Antônio Júlio Gonçaves Neto, a forma mais eficaz de lutar contrar as armadilhas do governo e da atual gestão da Caixa é fortalecer a resistência dos empregados através da mobilização e, sobretudo, junto da participação da sociedade, principal prejudicada com o fim da Caixa pública.
"Dados comprovam e especialistas alertam sobre a importância dos bancos públicos na retomada da economia em um cenário não só pós-pandemia, mas em qualquer situação de crise que o país já tenha enfretado ou venha enfrentar. O próprio povo brasileiro é a prova de que para haver recuperação tem de haver crédito para a população, tem de haver habitação, obras, acesso à educação... e todas essas perspectivas passam pelos bancos públicos, que são os principais fomentadores e instrumentos de acesso ao crédito, principalmente para a população mais carente. Essas mesmas instituições, fundamentais na vida de todo cidadão, são alvo de desmonte por parte do governo Bolsonaro e de Pedro Guimarães. Somente nossa força conjunta, nossa indignação e nosso 'basta' podem barrá-los!", finaliza o diretor do Sindicato.
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