02/02/2021
Sindicato reivindica melhores condições de trabalho e mais contratações na Caixa
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O anúncio da abertura de 75 agências da Caixa, 20 delas especializadas no agronegócio, veio acompanhado de uma dúvida. Quantos empregados serão contratados para atender essa nova demanda? No último dia 22 de janeiro, o presidente do Banco, Pedro Guimarães, informou que 500 novos empregados seriam contratados, mas o número ainda está bem abaixo do deficit de mais de 19 mil trabalhadores que o banco apresenta. A Fenae e as entidades representativas dos empregados e movimentos sindicais têm reivindicado mais contratações para a Caixa.
A abertura de novas agências é algo importante para a população, como destacou o presidente da Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa (Fenae), Sergio Takemoto. Mas ele ressalta a necessidade de mais trabalhadores para essas novas agências e mesmo aquelas que necessitam de pessoal. "Esperávamos que o governo falasse que ia ter mais contratações, melhores condições de trabalho. Os 500 postos anunciados são importantes, mas não suficientes. Enquanto isso, os empregados seguem sobrecarregados e a população pode ter o atendimento prejudicado”, reforçou Takemoto.
Na segunda-feira (01), a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), por meio da Comissão Executiva dos Empregados da Caixa (CEE/Caixa), enviou um ofício para a direção da Caixa cobrando a contratação de mais trabalhadores para atender às novas agências e melhorar as condições de trabalho dos empregados que estão sobrecarregados.
A coordenadora da CEE/Caixa e secretária da Cultura da Contraf-CUT, Fabiana Uehara Proscholdt, lembrou que o movimento sindical sempre cobrou a contratação de mais empregados, inclusive na última mesa de negociação permanente, realizada no dia 03 de dezembro de 2020. “Na Caixa temos um déficit de mais de 19 mil postos de trabalho. Isso somado às condições precárias de trabalho e às metas desumanas, faz com que os empregados estejam em sua maioria esgotados e adoecidos. Com mais contratações, com certeza, a situação melhoraria, pela distribuição de atividades. Mas, reforçamos que a contratação de 500 funcionários diante da abertura de 75 novas agências é muito pouco perto da necessidade”, avaliou.
Para além de reforçar o quadro pessoal, mais contratações também significa melhores condições de trabalho, como destacou a coordenadora. Um ponto também há muito tempo reivindicado pelos representantes dos empregados.
“Reforçamos a reivindicação também de melhores condições de trabalho, como reforço dos protocolos contra o Covid-19, sistemas constantes e ágeis, manutenção de equipes de apoio como recepcionistas e vigilantes. Isso também propicia melhor atendimento para a sociedade”, completou a coordenadora da CEE, Fabiana.
Abaixo-assinado
Em defesa de mais contratações, o Sindicato dos Bancários de Catanduva e região, em apoio à Fenae e a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf/CUT), tem tem auxiliado num trabalho de coleta de adesões a um abaixo-assinado, cujo objetivo é reivindicar a recomposição do quadro de empregados da Caixa, reduzido ano a ano. A iniciativa foi adotada com o entendimento de que, sem investimentos, o banco público é submetido à precarização das condições de trabalho, o que reflete no adoecimento dos empregados e na qualidade do atendimento à população.
"Está cada vez mais complicado ser atendido na Caixa sem ter que enfrentar longas filas e passar horas na agência para resolver qualquer pendência. Consequência do desmonte iniciado no governo Temer e reforçado por Bolsonaro. Os empregados estão com alto nível de carga de trabalho, em condições precárias nas unidades e submetidos à pressão para obter resultados através de metas abusivas, imposta pela atual gestão. A contratação deve ser imediata para melhorar as condições de trabalho e prestar melhor atendimento à população. O Sindicato está na luta pela convocação dos aprovados no concurso público de 2014 para que seja retomada a recomposição do quadro, proporcionando um atendimento mais adequado ao tamanho da demanda do banco 100% público", ressalta Antônio Júlio Gonçalves Neto, diretor do Sindicato.
Reestruturação
Em todo o país, os bancários da Caixa se dedicam, desde o início da pandemia, na assistência a mais da metade da população, entre beneficiários do auxílio e do FGTS emergenciais e também do Bolsa Família. Além deste esforço e correndo riscos de contaminação pelo coronavírus, os empregados ainda sofrem pressões absurdas por metas, denuncia o diretor do Sindicato.
Mesmo em uma conjuntura como essa, a direção da estatal iniciou, no último mês de novembro, uma “açodada e abrupta” reestruturação do banco. As mudanças atingem diferentes áreas do banco; inclusive, as gerências executivas de Governo (Gigov) e de Habitação (Gihab), responsáveis pelo planejamento urbano dos municípios.
Confira onde serão abertas as novas unidades:
Nordeste
Maranhão
Colinas
São Mateus do Maranhão
Amarante do Maranhão
Bom Jardim
Tuntum
Santa Helena
São Bento
Araioses
Coelho Neto
Lago de Pedra
Vargem Grande
Tutóia
Caroatá
Itapecuru Mirim
Santa Luzia
Buriticupu
Piauí
Bom Jesus
Paraíba
Queimados
Pernambuco
Santa Maria da Boa Vista
Águas Belas
Sirinhaém
Brejo da Madre de Deus
São Bento de Una
Moreno
Petrolina
Ceará
Itarema
Amontada
Mombaça
Pedra Branca
Beberibe
Granja
Viçosa do Ceará
Aquiraz
Missão Velha
Bahia
Sento Sé
Barreiras
Norte
Pará
Augusto Corrêa
Baião
Pacajá
Rurópolis
Óbidos
Itupiranga
Vigia
Acará
Alenquer
Monte Alegre
Ulianópolis
Viseu
Portel
Santana do Araguaia
São Feliz do Xingu
Soure
Amazonas
Benjamin Constant
São Gabriel da Cachoeira
Rondônia
Machadinho do Oeste
Centro-Oeste
Goiás
Parangatu
Cristalina
Rio Verde
Mato Grosso
Canarana
Campo Novo do Parecis
Sorriso
Mato Grosso do Sul
Chapadão do Sul
São Gabriel do Oeste
Dourados
Sudeste
Rio de Janeiro
Mangaratiba
Casimiro de Abreu
São Paulo
Bauru
CEAGESP
Minas Gerais
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Araxá
Uberlândia
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