16/12/2020
Insano: Falta de empregados na Caixa e de planejamento impede atendimento decente

Agência lotada da Caixa no Itaim Paulista, no extremo leste da capital paulista
(Foto: Apcef/SP)
Matéria divulgada pela Apcef/SP denuncia a realidade das agências da Caixa Econômica Federal em São Paulo, que registraram novamente filas quilométricas na terça e quarta-feira (15 e 16/12), dia de pagamento da última parcela do Auxílio Emergencial. As datas de pagamento do Bolsa Família foram antecipadas por conta das festas de fim de ano e coincidiu com o pagamento do Renda Básica Emergencial da prefeitura de São Paulo.
Em todo o país, 1,6 milhão de pessoas podem sacar os R$ 300 do Auxílio Emergencial. As mães chefes de família podem sacar R$ 600. É muito assustador ver a quantidade de mulheres com crianças nas filas, no meio da aglomeração, em plena pandemia, colocando a vida em risco.
No interior do estado a situação não diverge da encontrada na capital paulista. Nas unidades de Catanduva e Monte Alto, por exemplo, as filas são frequentes. Com o fechamento de várias agências em alguns municípios da base do Sindicato, a população local e de cidades vizinhas se concentra nestas unidades. Os tumultos e aglomerações decorrentes da falta de empregados colocam em risco a vida não só dos trabalhadores - que sofrem também com a sobrecarga de trabalho, mas dos clientes e usuários - que recebem um atendimento precarizado.
Em dias de pagamento do auxílio emergencial, FGTS e de programas sociais, a situação se torna ainda mais calamitosa.
"Imagine como é para empregados terem de lidar com filas imensas de pessoas aguardando para serem atendidas e uma lista de metas a serem batidas, poucos dias antes das festas de fim do ano, tudo isso em plena pandemia de Covid-19, com o número de casos de contaminação aumentando a cada dia. Os empregados da Caixa são heróis que estão atendendo milhões de pessoas, mas para a direção do banco, a dedicação, a vida e saúde desses trabalhadores não tem nenhum valor", indigna-se o diretor do Sindicato dos Bancários de Catanduva e região, Antônio Júlio Gonçalves Neto.
O Sindicato está atento ao descaso e desrespeito da direção do banco em relação aos empregados e tem reivindicado a contratação imediata para dar melhores condições aos trabalhadores e melhor atendimento para a população. "O governo, no início do auxílio emergencial, disse que não teria caos nas agências, pois havia investido em tecnologia para realizar os pagamentos via aplicativo. Mas não é bem isso o que vemos. Muitas pessoas não têm acesso à internet, não conseguem utilizar o aplicativo e procuram por orientação nas unidades físicas. As poucas contratações anunciadas recentemente não foram suficientes, e com o novo PDV a situação se complica ainda mais. A demanda para aumentar o contingente de trabalhadores do banco é uma reivindicação constante do Sindicato. As condições de trabalho estão precárias e quem está nas unidades está trabalhando incansavelmente sem as devidas condições. Muitos desses trabalhadores têm apresentado doenças físicas e mentais devido a extrapolação da jornada e o estresse diário. Contratar é uma necessidade", ressalta o diretor.
“Os empregados da Caixa se desdobram para atender bem a população, mas é muito complicado lidar com a falta de trabalhadores, com o planejamento inadequado do poder executivo e ainda por cima cumprir metas diárias, inclusive individuais! Qual o sentido em ter salas virtuais diárias para bater meta numa situação dessas? A meta de uma empresa como a Caixa deveria ser oferecer o melhor atendimento possível à população, sobretudo na pandemia!”, acrescenta o diretor-presidente da Apcef/SP, Leonardo Quadros.
Concursados de 2014
O Sindicato e demais entidades seguem atuando para que os concursados de 2014 sejam chamados para retomar a recomposição do quadro de empregados proporcionando assim um atendimento mais adequado ao tamanho da demanda do banco público.
A não convocação dos aprovados no concurso público realizado pela Caixa em 2014 é alvo de Ação Civil Pública ingressada pelo Ministério Público do Trabalho no Distrito Federal e em Tocantins. No dia 6 e outubro de 2016, veio a vitória em primeira instância. Na decisão, a juíza Natália Queiroz, da 6ª Vara do Trabalho de Brasília, postergou a validade do certame até o trânsito em julgado da ação.
Para lutar por mais contratações, a Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Fenae) e a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) também iniciaram um abaixo-assinado. O Sindicato apoia a iniciativa e conclama você para também apoiar e fortalecer essa campanha.
> Acesse o link e assine o abaixo-assinado para mais contratações na Caixa.
Em todo o país, 1,6 milhão de pessoas podem sacar os R$ 300 do Auxílio Emergencial. As mães chefes de família podem sacar R$ 600. É muito assustador ver a quantidade de mulheres com crianças nas filas, no meio da aglomeração, em plena pandemia, colocando a vida em risco.
No interior do estado a situação não diverge da encontrada na capital paulista. Nas unidades de Catanduva e Monte Alto, por exemplo, as filas são frequentes. Com o fechamento de várias agências em alguns municípios da base do Sindicato, a população local e de cidades vizinhas se concentra nestas unidades. Os tumultos e aglomerações decorrentes da falta de empregados colocam em risco a vida não só dos trabalhadores - que sofrem também com a sobrecarga de trabalho, mas dos clientes e usuários - que recebem um atendimento precarizado.
Em dias de pagamento do auxílio emergencial, FGTS e de programas sociais, a situação se torna ainda mais calamitosa.
"Imagine como é para empregados terem de lidar com filas imensas de pessoas aguardando para serem atendidas e uma lista de metas a serem batidas, poucos dias antes das festas de fim do ano, tudo isso em plena pandemia de Covid-19, com o número de casos de contaminação aumentando a cada dia. Os empregados da Caixa são heróis que estão atendendo milhões de pessoas, mas para a direção do banco, a dedicação, a vida e saúde desses trabalhadores não tem nenhum valor", indigna-se o diretor do Sindicato dos Bancários de Catanduva e região, Antônio Júlio Gonçalves Neto.
O Sindicato está atento ao descaso e desrespeito da direção do banco em relação aos empregados e tem reivindicado a contratação imediata para dar melhores condições aos trabalhadores e melhor atendimento para a população. "O governo, no início do auxílio emergencial, disse que não teria caos nas agências, pois havia investido em tecnologia para realizar os pagamentos via aplicativo. Mas não é bem isso o que vemos. Muitas pessoas não têm acesso à internet, não conseguem utilizar o aplicativo e procuram por orientação nas unidades físicas. As poucas contratações anunciadas recentemente não foram suficientes, e com o novo PDV a situação se complica ainda mais. A demanda para aumentar o contingente de trabalhadores do banco é uma reivindicação constante do Sindicato. As condições de trabalho estão precárias e quem está nas unidades está trabalhando incansavelmente sem as devidas condições. Muitos desses trabalhadores têm apresentado doenças físicas e mentais devido a extrapolação da jornada e o estresse diário. Contratar é uma necessidade", ressalta o diretor.
“Os empregados da Caixa se desdobram para atender bem a população, mas é muito complicado lidar com a falta de trabalhadores, com o planejamento inadequado do poder executivo e ainda por cima cumprir metas diárias, inclusive individuais! Qual o sentido em ter salas virtuais diárias para bater meta numa situação dessas? A meta de uma empresa como a Caixa deveria ser oferecer o melhor atendimento possível à população, sobretudo na pandemia!”, acrescenta o diretor-presidente da Apcef/SP, Leonardo Quadros.
Concursados de 2014
O Sindicato e demais entidades seguem atuando para que os concursados de 2014 sejam chamados para retomar a recomposição do quadro de empregados proporcionando assim um atendimento mais adequado ao tamanho da demanda do banco público.
A não convocação dos aprovados no concurso público realizado pela Caixa em 2014 é alvo de Ação Civil Pública ingressada pelo Ministério Público do Trabalho no Distrito Federal e em Tocantins. No dia 6 e outubro de 2016, veio a vitória em primeira instância. Na decisão, a juíza Natália Queiroz, da 6ª Vara do Trabalho de Brasília, postergou a validade do certame até o trânsito em julgado da ação.
Para lutar por mais contratações, a Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Fenae) e a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) também iniciaram um abaixo-assinado. O Sindicato apoia a iniciativa e conclama você para também apoiar e fortalecer essa campanha.
> Acesse o link e assine o abaixo-assinado para mais contratações na Caixa.
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