11/11/2020
Empregados, sociedade e Caixa Econômica Federal perdem com saída de trabalhadores
A Caixa realizou, no começo deste mês, o desligamento dos empregados que se aposentaram após a vigência da Emenda Constitucional 103/2019, a Reforma da Previdência, que determina a extinção do vínculo empregatício dos trabalhadores de empresas públicas e servidores públicos que se aposentarem a partir de 13 de novembro de 2019. A previsão, com algumas mudanças, já constava nos projetos de reforma da previdência discutidos entre governo e congresso desde 2017.
Esta alteração na legislação trouxe de volta a condição que era aplicada entre 2000 e outubro de 2006 aos empregados que se aposentavam. Este foi o período de vigência da OJ 177 do Tribunal Superior do Trabalho, que previa a aposentadoria espontânea como fato gerador para a extinção do vínculo empregatício. O cancelamento desta OJ ocorreu após decisão do Supremo Tribunal Federal.
O desligamento destes empregados, para além dos problemas individuais que causa aos colegas que tiveram o contrato de trabalho extintos, também resulta em um grande problema para a Caixa e a sociedade. Entre março de 2015 e janeiro de 2020 (último mês disponível no Caged), a Caixa perdeu, somente no Estado de São Paulo, 3.802 empregados. Neste mesmo período, a Caixa foi chamada a pagar as contas inativas do FGTS, as cotas de PIS, o FGTS imediato, o Auxílio Emergencial, o FGTS Emergencial, além dos outros programas sociais e de governo, como o Pronampe.
Os empregados da empresa pública demonstraram, mais uma vez, a importância da instituição para a sociedade brasileira. As condições que o governo e a direção do banco oferecem aos trabalhadores, porém, está muito abaixo da necessária.? Somente durante a atual gestão, o saldo líquido de empregados em São Paulo foi de menos 616, mesmo com as contratações dos candidatos PcD, feitas por determinação judicial, e da outra convocação que se seguiu.
Com esta política da gestão de Pedro Guimarães, os empregados estão sendo levados à exaustão, já que eles têm se desdobrado para dar conta de todas as demandas e de atender a população com dignidade, trabalhando para preservar a Caixa. Os empregados sempre fizeram a sua parte. É dever da atual administração também fazer a sua e repor todos os colegas que aderiram aos Programas de Demissão Voluntária (PDVs) e que sofreram a extinção de seu contrato de trabalho.
SINDICALIZE-SE
MAIS NOTÍCIAS
- Seminário “Discutindo o passado e construindo propostas contra o racismo" será nesta quarta (27), às 18h
- TST julga nesta segunda-feira (25) a aplicação retroativa da reforma trabalhista e gratuidade de Justiça
- Funcef: Adequação da meta atuarial pode aumentar o benefício dos participantes que aderiram ao PDV, caso o benefício seja requerido a partir de janeiro
- Caixa adia negociação sobre caixas e tesoureiros para o dia 2 de dezembro
- CGU demite ex-vice-presidente da Caixa por assédio; Sindicato reforça compromisso no combate a esse tipo de conduta
- Ao longo de toda a vida, negros recebem R$ 900 mil a menos que não negros no Brasil
- Decisão sobre a adequação da meta atuarial da Funcef é adiada
- Eleição da ANABB termina hoje (22). Confira os candidatos apoiados pelo Sindicato e Contraf-CUT
- Vitória da construção: G20 histórico abraça pautas do G20 Social
- 24 anos de privatização do Banespa: luta segue para preservar direitos e conquistas dos banespianos
- Campanha 21 Dias de Ativismo reforça luta pelo fim da violência contra a mulher
- Agências não terão expediente bancário nesta quarta-feira (20), Dia da Consciência Negra e Zumbi de Palmares
- Fim da escala 6x1 é tema de debate do Coletivo Nacional de Relações do Trabalho da Contraf-CUT
- Sindicato e Fetec-CUT/SP debatem conjuntura e perspectivas para a categoria bancária
- Em defesa do Saúde Caixa viável e sustentável, empregados cobram fim do teto de 6,5% e medidas de prevenção