23/10/2020
Caixa é o banco que mais ajudou com crédito as micro e pequenas empresas na crise

A Caixa Econômica Federal é a instituição financeira que mais ajudou às micro e pequenas empresas durante a pandemia. Na quarta-feira (21), o banco público atingiu a marca de R$ 25 bilhões em crédito para cerca de 200 mil empresas.
Só pelo Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe), a Caixa emprestou R$ 12 bilhões, desde o dia 16 de junho, para empresas com faturamento de até R$ 4,8 milhões por ano (considerando a receita bruta apurada no exercício de 2019). O limite desta linha de crédito já foi atingido, mas o Congresso discute a terceira fase do programa.
Pelo Fundo Garantidor para Investimentos (FGI), o total de empréstimo foi de R$ 10,5 bilhões. Já pelo Fundo de Aval às Micro e Pequenas Empresas (Fampe), o banco disponibilizou R$ 2,5 bilhões.
"Como principal banco público do país, a Caixa mais uma vez entra em ação para socorrer um dos segmentos que mais emprega no Brasil. A pandemia causada pelo novo coronavírus colocou os bancos públicos em evidência e mostrou o papel estratégico que eles têm para ajudar a regular a economia e fomentar o desenvolvimento do país. Por isso, a sua defesa se faz tão importante, sobretudo neste momento em que se mostram fundamentais, mas sofrem graves ataques do próprio governo. Não podemos deixar que promovam uma verdadeira dilapidação do patrimônio público, seria um prejuízo sem fim para toda a sociedade", ressalta o diretor do Sindicato dos Bancários de Catanduva e Região, Antônio Júlio Gonçalves Neto.
"Ressaltamos, porém, que a oferta de crédito e as medidas emergenciais do governo para o setor são tímidas e insuficientes. Muitas empresas tiveram que fechar as portas e outras estão acumulando dívidas durante a crise, enquanto os programas estão chegando ao fim. O Governo precisa melhorar e oferecer mais alternativas para essas empresas”, opina o presidente da Federação das Associações do Pessoal da Caixa Econômica (Fenae), Sérgio Takemoto.
A avaliação de Takemoto está de acordo com o gerente de Políticas Públicas do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), Silas Santiago. Embora as micro e pequenas empresas comecem a se recuperar da crise lentamente, a situação ainda é crítica. “A retomada não está se dando de forma homogênea, tanto em regiões quanto em setores. A situação não está boa ainda. Há um risco de segunda onda de fechamento de empresas”, disse Santiago durante uma audiência pública realizada na semana passada no Senado, pela comissão mista de ações para combate à Covid-19.
Melhora no acesso ao crédito
A mais recente pesquisa do Sebrae, em parceria com a Fundação Getúlio Vargas (FGV) – veja aqui -, mostrou que houve uma melhora de 9 pontos percentuais no acesso ao crédito para os pequenos negócios. Entre 31 de agosto e 1º de outubro, 31% das micro e pequenas empresas que buscaram empréstimos tiveram o pedido aprovado pelas instituições financeiras.
SINDICALIZE-SE
MAIS NOTÍCIAS
- Saiba o que é isenção fiscal que custa R$ 860 bi em impostos que ricos não pagam
- Movimento sindical expõe relação entre aumento de fintechs e precarização no setor financeiro
- Saúde não é privilégio, é direito! Empregados de Catanduva e região vão à luta contra os ataques ao Saúde Caixa
- Quem ganha e quem perde com a redução da meta atuarial?
- Itaú: Demissões por justa causa crescem e movimento sindical alerta para procedimentos incorretos
- Dia Nacional de Luta: Empregados reivindicam reajuste zero do Saúde Caixa
- Afubesp denuncia violência contra idosos cometida pelo Santander
- Audiência Pública na Alesp denuncia projeto de terceirização fraudulenta do Santander e os impactos sociais do desmonte promovido pelo banco
- Conheça os eixos temáticos dos debates das conferências regionais e estaduais dos bancários
- Inscrições abertas para o 2º Festival Nacional de Música Autoral da Contraf-CUT
- Conferência Livre de Mulheres Trabalhadoras da CUT-SP destaca desafios da autonomia econômica feminina no Brasil
- Coletivo Nacional de Segurança Bancária debate propostas para reforçar a proteção nas agências
- Contraf-CUT, Fenaban e Ceert avançam nos debates para o 4º Censo da Diversidade
- Saúde dos bancários em foco: Sindicato participa de seminário sobre NR-1
- Folga assiduidade: bancários têm até 31 de agosto para usufruí-la