17/09/2020
Privatização: Caixa Seguridade aprova desdobramento de ações para venda
A Caixa Seguridade Participações informou, em Fato Relevante enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) no dia 15 de setembro, que a Assembleia Geral Extraordinária da companhia aprovou o desdobramento das ações de emissão da Caixa Seguridade.
Desse modo, o número de ações ordinárias em que se divide o capital da Companhia passará de 1,200 bilhão para 3 bilhões.
“As ações resultantes do desdobramento aprovado conferirão integralmente aos seus titulares os mesmos direitos das ações ordinárias existentes, inclusive em relação à distribuição de dividendos e/ou juros sobre capital próprio e eventuais remunerações de capital”, disse a empresa em nota.
A Caixa havia anunciado no começo de agosto que protocolou perante a CVM o pedido de retomada do registro da oferta pública da Caixa Seguridade.
O primeiro anúncio havia ocorrido em 16 de julho, mas o plano inicial era ter realizado o IPO entre março e abril. Agora a previsão é de que a abertura ocorra entre setembro e outubro.
Na avaliação do diretor do Sindicato dos Bancários de Catanduva e Região, Antônio Júlio Gonçalves Neto, o objetivo da atual gestão da Caixa é negociar as operações mais rentáveis e encolher a função social do banco público, de modo a facilitar o caminho para a privatização. "O IPO da Caixa Seguridade abre forte precedente para a entrega da própria Caixa à iniciativa privada. A sociedade e os trabalhadores perdem muito com o fatiamento do banco que exerce a função de impulsionador do desenvolvimento econômico e social, papel relevante para ajudar o país a diminuir o impacto da crise mundial, voltando a gerar emprego e apostando no caminho do desenvolvimento, tanto quanto as demais empresas públicas. Os ataques aos direitos dos empregados são parte do mesmo processo. Mais do que nunca, a defesa da Caixa 100% Pública e dos seus trabalhadores são lutas urgentes e indissociáveis", ressalta o diretor.
Enquete
Uma forma de pressionar o Congresso Nacional a se posicionar de forma contrária à MP 995, que permite o fatiamento e venda de partes da Caixa, é participando da enquete disponível na página do Senado.
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