18/08/2020

Mobilização digital pode garantir manutenção e conquistas de direitos para os empregados



 
A mobilização dos empregados da Caixa é fundamental para garantir a manutenção e novas conquistas de direitos na Campanha Nacional dos Bancários 2020, que – devido à pandemia de coronavírus (Covd-19) – está sendo realizada, pela primeira vez na história, de forma virtual. Assim como já foram realizadas as conferências estaduais e regionais e a 22ª Conferência Nacional dos Bancários, bem como os encontros por bancos, entre eles o 36º Congressos Nacional dos Empregados da Caixa, que definiram a pauta de reivindicações dos trabalhadores.

As mesas de negociação entre a Comissão Executiva dos Empregados da Caixa (CEE/ Caixa) e a Caixa estão sendo realizadas por videoconferência. “Nossa mobilização também deve ser digital. É necessário que os colegas intensifiquem o uso da tecnologia a favor da nossa categoria. Nos dias das reuniões devemos usar nossas redes com as hashtags criadas pela Contraf-CUT, para pressionar os bancos a atender nossas reivindicações”, convocou a coordenadora da CEE/Caixa e secretária da Cultura da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Fabiana Uehara Proscholdt.

O diretor do Sindicato dos Bancários de Catanduva e Região, Antônio Júlio Gonçalves Neto, reforça que ferramentas como Twitter e Facebook serão essenciais para pressionar os bancos a renovarem a Convenção Coletiva de Trabalho da categoria, e por isso, os trabalhadores precisam enxergá-las como aliadas nessa luta. 

"A pandemia nos obriga a inovar, nos obriga a buscar formas de mobilização além das que a gente já conhece, e levar o nosso debate para a sociedade. Se antes tínhamos a possibilidade de atividades presenciais, agora virtualmente a luta em defesa dos nossos direitos e da Caixa 100% pública deve continuar mais forte do que nunca. E para isso é muito importante a participação de todos os empregados, para chamarmos a atenção para as nossas reivindicações e denunciarmos as retiradas de direitos pretendidas pelos bancos, que seguem lucrando apesar de qualquer crise. Acompanhe as negociações em nosso site e redes sociais, participe dos tuitaçoes, curta e compartilhe os materiais. O Sindicato está com junto com você na luta!", ressalta o diretor.

É importante lembrar que os direitos dos bancários não foram dados e sim conquistados com muita organização e luta. Confira algumas conquistas dos últimos dez anos:
  • A Participação nos lucros e Resultados (PLR), por exemplo, antes se chamava PRX e era paga apenas aos que trabalhavam em unidades que cumpriam as metas. Era menor para os que trabalhavam em áreas meio;
     
  • PLR Social – parcela de 4% do Lucro Líquido – distribuído com valor igual para todos os empregados;
     
  • Cesta-Alimentação;
     
  • Décima Terceira cesta-alimentação;
     
  • Reajustes acima do INPC. (Tivemos anos de reajuste 0%, nos anos 90);
     
  • Unificação do PCS até nível 48, em 2008. Com interstício de 2,3% entre cada nível; conquista de 1 nível a cada dois anos trabalhados e até dois níveis por ano, por avaliação. (Os colegas admitidos antes de 1998 tinham PCS até nível 95…e os admitidos pós 98 tinham apenas 15 níveis);
     
  • Plano de Funções Gratificadas (PFG), que valorizou as funções, em 2010;
     
  • Saúde Caixa com mensalidade de 2% do salário. Antes era um valor fixo, e ficava muito caro para os menores salários;
     
  • Readmissão de colegas demitidos pela RH 008, em 2006. Metade dos demitidos foram recontratados. (Outros haviam perdido ações judiciais em última instância ou não tiveram interesse em voltar);
     
  • Contratação de empregados: havia 55 mil empregados concursados em dezembro de 2003, chegamos a 101 mil em dezembro de 2014;
     
  • Jornada de 6 horas;
     
  • Décimo terceiro salário;
     
  • Não trabalhar aos sábados;
     
  • Caixa contribuir com até 12% para a Funcef;
     
  • APIPs;
     
  • PCS;
     
  • Plano da carreira profissional.

“Todas essas são conquistas das nossas campanhas salariais, vitória das lutas dos empregados. Precisamos de resistência, disposição para a luta e unidade para evitar perdas de direitos. A participação de cada colega faz diferença na nossa mobilização, inclusive virtual”, finalizou a coordenadora da CEE/ Caixa.
Fonte: Contraf-CUT, com edição de Seeb Catanduva

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