05/08/2020
Primeira reunião da minuta de reivindicações dos empregados da Caixa será sexta (7)
A primeira reunião de negociação entre a Comissão Executiva dos Empregados da Caixa (CEE/Caixa) e o banco para debater a minuta de reivindicações para o Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) dos empregados da Caixa acontece na próxima sexta-feira (7). As reivindicações foram definidas pelos 265 delegadas e delegados do 36º Congresso Nacional dos Empregados da Caixa Econômica Federal (Conecef), realizado em julho, de maneira digital.
A pauta de reivindicações está baseada em três eixos: Defesa da Vida (Democracia; Empresas Públicas; Bancos Públicos e Defesa da Caixa 100% Pública), Saúde ( Saúde e Condições de Trabalho; Saúde Caixa e Funcef) e Direitos ( CCT e ACT e Contratações).
Fabiana Uehara Proscholdt, coordenadora da CEE/ Caixa e secretária da Cultura da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), revela que o primeiro encontro vai discutir teletrabalho e emprego. “Não sabemos até quando se dará a pandemia. Mas, hoje, da forma que está ocorrendo na Caixa o teletrabalho não é bom para o trabalhador. Não existe jornada, as metas são abusivas, não tem ergonomia, dentre outras irregularidades”, alerta.
A coordenadora da CEE/Caixa lembra que o trabalho remoto já era algo que estava sendo avaliado pelo banco, inclusive tendo um piloto desde 2019. Em 24 de junho deste ano, em entrevista à CNN, o presidente da Caixa, Pedro Guimarães, disse que o banco vai expandir seu programa de trabalho remoto após a pandemia.
Em 2017, a Reforma Trabalhista regrou o teletrabalho, mas terminou beneficiando as empresas ao transferir os custos dos empregadores para os trabalhadores, dentre outros problemas.
“Na situação pandêmica que o país se encontra nesse momento é fundamental que o banco adote medidas que efetivamente protejam os empregados, como o home office. Mas, para após esse período, é fundamental que o banco também forneça condições adequadas para que os trabalhadores permaneçam neste sistema de teletrabalho. É preciso regulamentar jornada, fornecimento e manutenção de equipamentos, infraestrutura, questões relacionadas à alimentação. Reivindicamos que a direção da Caixa olhe e cuide dos empregados como vidas importantes que são e dê condições para que realizem seu trabalho de maneira que seja bom também para o trabalhador. Não podemos deixar nas mãos dos bancos. Tem que ter regras e respeito com o empregado”, defendeu o diretor do Sindicato dos Bancários de Catanduva e Região, Antônio Júlio Gonçalves Neto.
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