17/07/2020

Entidades reivindicam prorrogação do Projeto Remoto na Caixa Econômica Federal



A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), assessorada pela Comissão Executiva dos Empregados da Caixa (CEE/Caixa), que representam o Sindicato nas negociações, enviou ofício na quinta-feira (16) à Caixa Econômica Federal solicitando a prorrogação do projeto teletrabalho enquanto perdurar a pandemia do novo coronavírus (Covid-19). Depois de frequentes cobranças do movimento sindical, a Caixa anunciou, no início do mês, a prorrogação do Projeto Remoto até o dia 17 de julho.

A CEE/Caixa critica comunicado enviado pelo banco nesta semana. “Diante da informação que a Caixa deixa a cargo de cada gestor a prorrogação ou não do Projeto Piloto, o que, na prática, é o fim do isolamento social, os representantes dos empregados registram a discordância com a atitude da Caixa. Reiteramos a necessidade de retomada das negociações entre os representantes da direção da Caixa com as entidades representantes dos empregados para efetivamente fazer valer os protocolos sanitários e de proteção”, diz o documento.

O texto salienta ainda que “há de se considerar, inclusive, que não há indicativos das autoridades sanitárias de que as curvas de contaminação e de óbitos estejam descendentes. Contrariamente a isso, se elevam e indicam, fortemente, a necessidade de manutenção da proteção aos empregados. Portanto, e muito claramente, os empregados esperam a reversão dessa medida e que se restabeleçam as negociações com as entidades sindicais para que sejam implementadas e aprimoradas as medidas constantes no Protocolo de Intenções de boas práticas frente à Covid-19.”

Projeto Remoto

O “Projeto Remoto” é um dos principais itens do protocolo de atuação de gestores e empregados. A medida, construída em conjunto com as entidades e o movimento sindical, é essencial para promover a saúde e defender a vida dos empregados e da população durante a pandemia.

Dionísio Reis, coordenador da CEE/ Caixa, exalta o trabalho remoto por ser muito importante para os empregados e seus familiares num primeiro momento, e consequentemente para a população, pois evita a contaminação e propagação do vírus. “O confinamento de pessoas em ambientes fechados, sem restrições de barreira entre as estações de trabalho, bem como uso coletivo de elevadores e outros ambientes, ampliam consideravelmente o risco de contaminação. O retorno dos empregados nesse momento é um desrespeito aos trabalhadores e vai na contramão de uma direção que se diz preocupada com as pessoas.”

O diretor do Sindicato dos Bancários de Catanduva e Região, Antônio Júlio Gonçalves Neto, alerta que o número de contaminados pela Covid-19 continua aumentando e o Brasil está em segundo lugar no mundo com o maior número de casos e mortes na pandemia do novo coronavírus.  O diretor também reforça a importância do home office para proteger a saúde e a vida dos trabalhadores da Caixa e da população.

"A Caixa promoveu, recentemente, um relaxamento nas medidas de prevenção, com o retorno desnecessário de diversos empregados que estavam desempenhando suas tarefas remotamente, de maneira protegida. Na situação pandêmica que o país se encontra nesse momento, é fundamental que o banco adote medidas que efetivamente protejam os empregados, como o home office. Reivindicamos que a direção da Caixa olhe e cuide dos empregados como vidas importantes que são", completou.
Fonte: Contraf-CUT, com edição de Seeb Catanduva

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