09/07/2020

Sindicato se une aos trabalhadores da Caixa de todo o país em Dia Nacional de Luta



O Sindicato dos Bancários de Catanduva e Região se une aos empregados da Caixa de todo o Brasil, nesta quinta-feira (9), no Dia Nacional de Luta. De forma digital, através das redes sociais como Facebook, Instagram e Twitter, os trabalhadores e a sociedade dão um importante recado ao governo e à direção do banco: #MexeucomACaixaMexeuComOBrasil. A ação faz parte de uma grande mobilização nacional contra a agenda privatista do governo federal em meio a uma das mais graves crises de todos os tempos, a pandemia do coronavírus, contra a pressão ao retorno precoce ao trabalho presencial, colocando em risco funcionários e a população em geral.

> Acompanhe as ações nas redes sociais do Sindicato e mobilize-se também em defesa da Caixa e de seus trabalhadores.

O banco público se mostrou imprescindível com o pagamento do auxílio emergencial e à economia, com a concessão de empréstimos ao setor produtivo, neste momento crítico pelo qual o país atravessa. Ainda assim, o presidente do Banco, Pedro Guimarães, voltou a reforçar os planos de privatização da Caixa.

A intenção da equipe econômica não se alterou com o trabalho do banco público nesta pandemia, pois a direção da Caixa continua avaliando as condições de mercado e enxerga “uma janela de oportunidade para a realização da oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) da Caixa Seguridade” ainda este ano.

"A Caixa está em quase 5.500 municípios brasileiros e tem de aumentar sua presença junto à população, não diminuir. O banco está na água encanada, no esgoto tratado e nas obras públicas que melhoram a vida de todos os brasileiros, independentemente da classe social. É através de suas áreas estratégicas que a Caixa investe em projetos de construção de moradias populares, concede incentivo ao esporte, dá apoio à cultura, financia a educação e as micro e pequenas empresas, atuando como uma empresa pública fundamental para o desenvolvimento econômico e social do país. Para evitar que este desmonte aconteça, os empregados e toda a população devem aderir a mobilização virtual nesta quinta-feira, para que o nosso recado chegue muito forte ao governo. Nós resistiremos," reforça o diretor do Sindicato dos Bancários de Catanduva e Região, Antônio Júlio Gonçalves Neto.

Resistência no Congresso Nacional

Para tentar frear a agenda privatista do governo federal, tramita na Câmara dos Deputados o PL 2715/2020, que propõe a suspensão das privatizações até um ano após o fim do estado de calamidade pública. Na prática, os processos de desestatização e desinvestimentos só poderão ser retomados em 2022.

O presidente do Sindicato, Roberto Carlos Vicentim, reforça que o momento é de mobilização e resistência para preservar instituições fundamentais para o desenvolvimento do país.  "O desmonte das estatais como a Caixa Econômica Federal, por exemplo, oferece sérios riscos para o país, comprometendo importantes políticas sociais nas áreas de habitação, agricultura familiar e educacional, que serão deixadas completamente de lado se o governo levar em frente os projetos de privatização. Estamos assistindo a muitas mudanças prejudiciais aos trabalhadores brasileiros, e precisamos nos manter atentos e organizados para evitar mais perdas", ressalta Vicentim.

Retorno precoce

Além da luta contra a venda do maior banco público do país, os empregados lutam pela vida. A direção do banco aumenta a pressão para o retorno precoce dos trabalhadores ao trabalho em meio ao crescente número de casos de Covid-19 no Brasil. Mesmo com números alarmantes e a alta taxa de contágio do coronavírus, a Caixa insiste em convocar os empregados para que reassumam o trabalho presencial nas centralizadoras, filiais e representações. O fim do distanciamento social é precoce e coloca os trabalhadores em risco desnecessário e reforça a falta de preocupação da empresa com os trabalhadores.
 












Fonte: Contraf-CUT, com edição de Seeb Catanduva

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