01/07/2020

Pandemia: Direção da Caixa inicia o mês de julho tocando o terror nos empregados


(Arte: 123 rf)

 
O mês de julho mal começou e a direção da Caixa Econômica Federal já está tocando o terror nos empregados ao demorar para informar se irá estender o Projeto Remoto (regimes de home office e de rodízio de trabalho nas agências). A iniciativa foi idealizada em conjunto com o movimento sindical como forma de diminuir os casos de contaminações pelo novo coronavírus entre os bancários da Caixa. 

Apenas nesta quarta-feira, 1º de julho – último dia do prazo atual de vigência do Projeto Remoto – o banco informou sua extensão até o dia 17 de julho.

Para piorar, a direção da Caixa está cobrando metas dos empregados como se o momento atual fosse de normalidade. Nesta quarta, foi realizada uma live com os empregados da rede. A expectativa era de que fosse anunciada a extensão do Projeto Remoto. Contudo, nada foi informado a respeito. A reunião virtual teve como pauta unicamente a cobrança de metas.

“Além de manter os empegados nesta ansiedade, a direção do banco pratica este absurdo que é cobrar metas abusivas em meio à pandemia. A falta de informações sobre a manutenção do Projeto Remoto junto com a cobrança de metas está deixando os empregados desorientados e ansiosos”, protesta Dionísio Reis, coordenador da Comissão Executiva dos Empregados da Caixa (CEE/ Caixa).

O diretor do Sindicato dos Bancários de Catanduva e Região, Antônio Júlio Gonçalves Neto, acrescenta que o banco trata as metas como se a situação atual fosse de normalidade e não de pandemia. Ele reforça que os empregados já estão bastante desgastados com o atendimento para a população, em especial devido ao auxílio emergencial, que é bastante esgotante, e paralelo a isso ainda tem o medo de serem contaminados e de contaminarem os seus familiares.

"Em tempos de coronavírus, a Caixa ignora recomendações de autoridades sanitárias e continua, irresponsavelmente, pressionando seus trabalhadores por resultados, atentando contra a saúde pública. As metas abusivas, foco da gestão nos bancos, são extremamente prejudiciais à saúde física e psíquica dos bancários e têm causado uma série de afastamentos do trabalho. Neste momento, a venda de produtos não é serviço essencial. Se o trabalhador já adoece normalmente, o que acontecerá em um cenário de pandemia, com pressões irresponsáveis por metas e exposições desnecessárias somente para alimentar o apetite voraz dos bancos por lucros?”, questiona Tony.

Qualquer cobrança no sentido de retorno presencial deve ser denunciada ao Sindicato e à Apcef/SP (veja abaixo como denunciar).

“As entidades representativas irão responsabilizar civil e criminalmente as chefias das áreas que não têm necessidade de operar presencialmente se houver contaminação dos empregados ou dos seus familiares”, afirma o coordenador da CEE/Caixa.

O Sindicato e a CEE/Caixa irão promover, no dia 9 de julho, uma campanha nas redes sociais para cobrar da direção da Caixa e do governo federal respeito aos empregados e ao banco público. Na data, bancários, familiares e amigos poderão participar se manifestando nas redes sociais utilizado a hashtag #MexeuComACaixaMexeuComOBrasil.



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Fonte: Seeb SP, com edição de Seeb Catanduva

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