29/06/2020
Até que enfim! Funcef divulga balanço de 2019

Com meses de atraso, a Funcef divulgou o balanço de 2019. Esbanjando alarde, o fundo de pensão dos empregados da Caixa divulgou que a rentabilidade média da carteira de investimentos alcançou 10,71%, o equivalente a 179% do CDI, índice usado como referência de retorno mínimo esperado pelo mercado.
“Finalmente foi divulgado o balanço de 2019, mas não entendemos o motivo da sua demora, pois não foi apresentada qualquer justificativa para os participantes”, enfatiza Valter San Martin Ribeiro, dirigente sindical e Diretor Coordenador da Regional São Paulo da Anapar (Associação Nacional dos Participantes de Fundos de Pensão e dos Beneficiários de Saúde Suplementar de Autogestão).
Além da demora, o resultado apresentado pela Funcef foi bem menor do que o divulgado por outros fundos de pensão. A Petros (fundo de pensão dos funcionários da Petrobras), por exemplo, alcançou rentabilidade de 19,69% dos investimentos no ano passado. Também em 2019 a rentabilidade acumulada do Previ Futuro – plano que abriga os funcionários que entraram no Banco do Brasil depois de 1997 – foi de 20,12%.
“A Funcef apresenta um resultado que deixa a desejar tanto no que diz respeito às opções de mercado disponíveis para investimento, quanto à comparação com o comportamento de outros fundos de pensão, como a Previ, por exemplo”, critica San Martin.
O balanço de 2019 aponta um resultado de R$ 6,98 bilhões, que elevou para R$ 71,50 bilhões o volume total dos Recursos Garantidores da Funcef. Em 2014 o patrimônio da Funcef era de R$ 54,2 bilhões – variação nominal de 31,9%. Já o patrimônio da Petros chegou a R$ 108 bilhões em 2019. Em 2014 era de R$ 68 bilhões, variação nominal de 58,8%.
“Os participantes estão muito preocupados com a terceirização da gestão de ativos de nosso fundo de pensão, assim como com esse atrelamento à taxa Selic, que a direção atual da Fundação insiste em praticar apesar do histórico de redução levou a sua mínima histórica de 2,25% ao ano, em que pese o alerta dado pelas entidades que representam e defendem o direito dos trabalhadores”, afirma Valter San Martin Ribeiro.
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