03/06/2020

Denúncia: Caixa aumenta precarização de terceirizados e eleva risco à saúde de todos



 
O movimento sindical recebeu relatos de que a conduta da Caixa com relação aos trabalhadores das empresas que prestam serviços terceirizados colocaria agora a economia imediata de recursos financeiros acima da saúde e segurança de empregados, clientes e trabalhadores de empresas prestadoras de serviço.

Segundo informações, as mudanças preveem que os trabalhadores de empresas que prestam serviços à Caixa não sejam mais colocados em quarentena nos casos em que houver alguém da unidade com suspeita ou confirmação de Covid-19. Ou seja, continuariam expostos, sem saber se estão contaminados e, portanto, podendo involuntariamente contaminar as demais pessoas e suas famílias. O esforço da quarentena iria, portanto, por água abaixo.

A outra mudança relatada prevê que os empregados das empresas terceirizadas que fazem parte de grupos de risco seriam convocadas a retornar ao trabalho presencial e que, se não retornassem, poderiam ser demitidos.

Mais uma vez, a direção da Caixa, em vez de ampliar as medidas de segurança com a saúde de seus trabalhadores e da população, toma decisões que colocam todos em risco, além de contribuir para a perda do emprego de uma das parcelas da população mais prejudicadas com a pandemia.

Representantes dos trabalhadores, em visita às agências da Caixa, verificaram que em uma unidade em que houve caso confirmado de Covid-19 não foram afastados todos os empregados de empresas que prestam serviço para a Caixa que estiveram com a pessoa que teve a confirmação. A APCEF/SP, representando o Sindicato, cobrou as áreas responsáveis para garantir que todos fossem postos em quarentena.

O assunto está sendo discutido nacionalmente pela Comissão Executiva dos Empregados (CEE) e pelo Comando Nacional com a Caixa e a Fenaban, respectivamente.

“Lavar as mãos” com relação aos empregados terceirizados não afastará as responsabilidades da Caixa e tampouco resolverá algum problema. Ao contrário, a empresa, atuando da forma como foi relatado, converterá de maneira consciente cada unidade em um foco potencial de contágio do vírus nos locais em que é sabido que há casos suspeitos ou confirmados.

O diretor do Sindicato dos Bancários de Catanduva e Região, Antônio Júlio Gonçalves Neto, orienta que, caso algum trabalhador de empresa prestadora de serviço não seja colocado em quarentena se sua unidade adotar o Procolo 1, os empregados devem entrar em contato com o Sindicato imediatamente.

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Fonte: Apcef/SP, com edição de Seeb Catanduva

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