24/04/2020
Trabalho “voluntário” uma ova! Denuncie a pressão para voltar ao trabalho presencial

A direção da Caixa vem pressionando os empregados dos centros administrativos da Caixa a retornarem fisicamente ao trabalho. O banco está alegando que o retorno será “voluntário”. Contudo, empregados denunciam que estão sendo obrigados a abandonarem o trabalho remoto e a voltarem ao presencial.
Para completar, na quinta-feira, dia 23, a direção chegou ao absurdo de criar o site “queroatender.caixa”, no qual a chefia obriga suas equipes a se inscreverem “voluntariamente” a fim de quebrar o rodízio das agências.
Com essa medida, a direção da Caixa está expondo trabalhadores e população a riscos e aumentando a possibilidade de as unidades bancárias se tornarem focos de disseminação do coronavírus.
Além disso, essa decisão poderá resultar na piora do atendimento à população, pois as agências com casos confirmados ou suspeitas de covid-19 serão fechadas para higienização e as equipes todas afastadas para quarentena.
“O responsável por essa medida terá que ser responsabilizado no casos de covid-19 daqui para frente, pois sem negociação nenhuma e piorando o tumulto deverá aumentar a contaminação dos trabalhadores e da população mais carente nesse momento tão grave. E nós vamos cobrar essa responsabilidade”, afirma Dionísio Reis, coordenador da Comissão Executiva dos Empregados da Caixa (CEE/Caixa).
Na segunda-feira (27) será realizada reunião entre o Comando Nacional dos Bancários e a Fenaban para discutir a obrigatoriedade do fim do rodízio. O trabalho remoto é uma medida definida em negociação que não pode ser abandonada unilateralmente.
As principais responsáveis pelas aglomerações nas unidades bancárias da Caixa são a falta de informações e deficiências no sistema do banco por causa do auxílio emergencial. Estimativas apontam que 80% das filas são causadas pelos pagamentos da renda emergencial.
Nesta sexta-feira (24), uma outra reunião, entre movimentos sindical e sociais, irá buscar estratégias para a diminuição das aglomerações nas agências.
A ideia da reunião é que os movimentos sociais auxiliem a fornecer à população informações a fim de evitar aglomerações nas unidades bancárias da Caixa e que também cobrem o governo, que é o real responsável pela morosidade e os equívocos desse pagamento. Esta seria uma responsabilidade do governo, que não está fornecendo informações suficientes e não disponibilizou um sistema universal de cadastro, verificação e pagamento do auxílio. Por essa razão, os movimentos sindical e sociais se articularão a fim de encontrar soluções.
“O governo deveria, desde de o princípio, ter levado em conta a demanda que este auxílio iria requerer. E se quisesse mesmo ajudar as pessoas, teria descentralizado esse pagamento, disponibilizando em toda a rede bancária e até nas prefeituras por exemplo”, enfatiza Dionísio.
O diretor do Sindicato dos Bancários de Catanduva e Região e empregado da Caixa, Antônio Júlio Gonçalves Neto, também reforça que com essas medidas, o banco apenas aglomera ainda mais a população, que busca as agências para resolver problemas cuja solução não é oferecida por elas, expondo empregados e clientes a riscos de maneira absolutamente desnecessária.
"A decisão da direção pode colocar em risco uma das medidas mais importantes na preservação da saúde dos empregados, que é o rodízio entre o teletrabalho e o trabalho presencial. Importante ressaltar que a própria empresa declara que a participação não é obrigatória. Assim, caso se sinta pressionado pela chefia a “se voluntariar”, entre em contato imediatamente com o Sindicato", orienta o diretor.
Procure o Sindicato
O Sindicato está monitorando todos os locais de trabalho e alertando os bancários. Como as informações estão sendo atualizadas constantemente, deixamos aqui nossos canais de comunicação.
> Está com um problema no seu local de trabalho ou seu banco não está cumprindo o acordado? CLIQUE AQUI e deixe seu relato. O sigilo é absoluto.
> Você também pode entrar em contato diretamente com um de nossos diretores através de seus contatos pessoais. Confira: Roberto Vicentim - (17) 99135-3215, Júlio Trigo - (17) 99191-6750, Antônio Júlio Gonçalves Neto (Tony) - (17) 99141-0844, Sérgio L. De Castro Ribeiro (Chimbica) - (17) 99707-1017, Luiz Eduardo Campolungo - (17) 99136-7822 e Luiz César de Freitas (Alemão) - (11) 99145-5186
> Redes Sociais: nossos canais no Facebook e Instagram estão abertos, compartilhando informações do Sindicato e de interesse da sociedade sobre a pandemia.
> Quer receber notícias sobre o seu banco? Cadastre-se em nossa linha de transmissão no WhatsApp. Adicione o número (17) 99259-1987 nos seus contatos e envia uma mensagem informando seu nome, banco e cidade em que trabalha.
SINDICALIZE-SE
MAIS NOTÍCIAS
- Decisão judicial reforça direito à desconexão e garante pagamento por trabalho fora da jornada
- GT de Saúde denuncia práticas abusivas do banco Itaú contra bancários adoecidos
- Audiência pública no dia 23, em São Paulo, debaterá o plano de saúde dos aposentados do Itaú
- Banco Central dificulta vida das famílias brasileiras com nova elevação de juros
- Em live, representações dos empregados e aposentados reforçam defesa do Saúde Caixa e reajuste zero
- Saiba o que é isenção fiscal que custa R$ 860 bi em impostos que ricos não pagam
- Quem ganha e quem perde com a redução da meta atuarial?
- Saúde não é privilégio, é direito! Empregados de Catanduva e região vão à luta contra os ataques ao Saúde Caixa
- Movimento sindical expõe relação entre aumento de fintechs e precarização no setor financeiro
- Dia Nacional de Luta: Empregados reivindicam reajuste zero do Saúde Caixa
- Itaú: Demissões por justa causa crescem e movimento sindical alerta para procedimentos incorretos
- Audiência Pública na Alesp denuncia projeto de terceirização fraudulenta do Santander e os impactos sociais do desmonte promovido pelo banco
- Afubesp denuncia violência contra idosos cometida pelo Santander
- Inscrições abertas para o 2º Festival Nacional de Música Autoral da Contraf-CUT
- Conferência Livre de Mulheres Trabalhadoras da CUT-SP destaca desafios da autonomia econômica feminina no Brasil