23/04/2020
Caixa Econômica faz pressão para retorno “voluntário” de empregados ao trabalho
Durante a transmissão de entrevista ao vivo na quarta-feira (22), a presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Juvandia Moreira, disse que empregados dos Centros Administrativos da Caixa estão sendo chamando pra retornar ao trabalho. O banco está alegando que se trata de retorno voluntário.
“Mandamos ofício para a Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) pedindo negociação para discutir o tema. Nós não concordamos que a Caixa chame os empregados para retornar ao trabalho. Assim, como foi feito quando eles foram colocados em home office, o retorno também tem que ser negociado com o Comando. Não existe retorno voluntário”, disse a presidenta Contraf-CUT, que é uma das coordenadoras do Comando Nacional dos Bancários. “Quem será responsável se aumentar o contágio ou óbitos de bancários? Orientamos os empregados e empregadas a não retornarem”, completou Juvandia.
Longas filas
Para o coordenador da Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa, Dionísio Reis, o problema das longas filas nas agências da Caixa, com aglomerações e até tumultos, é culpa do governo, que centralizou todo o cadastramento na Caixa.
O coordenador da Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa, Dionísio Reis, observa que existem milhões de pessoas que não têm acesso a celular; internet e TV, nem são bancarizadas. “Isso torna impossível de elas se cadastrarem da forma proposta. O banco também tem culpa, pois criou um canal de atendimento que não funciona e o 0800 tampouco dá conta. São filas de espera enormes, daí que as pessoas acabam indo para as agências”, criticou. “Enquanto isso, aumenta o número de mortes em todos os estados. Não podemos permitir que continue as aglomerações. A necessidade de isolamento social permanece”, disse.
Para a presidenta da Contraf-CUT, é fundamental que se tenha uma campanha massiva na imprensa dando ampla divulgação das informações sobre o benefício, bem como divulgar a central de atendimento 111, sobre o auxílio emergencial, que deve funcionar efetivamente. “Estamos propondo à Caixa e à Fenaban que chame o governo para a reunião. Vamos cobrar a descentralização do atendimento, que sejam feitas parceria com os municípios para que estes disponibilizem as estruturas dos Centros de Referência de Assistência Social (CRAS) para fazer o cadastramento de quem não consegue fazê-lo; e que todo o Sistema Financeiro se envolva nessa operação, pois quem tem fome tem pressa,” afirmou Juvandia.
“Outro grande problema, que já apontamos anteriormente, é a exigência de celular pra cadastrar as pessoas, sendo que há um grande número de brasileiros sem acesso à internet, nem a celular e que necessitam do auxílio. Para que, por exemplo a população em situação de rua consiga acessar o benefício é necessário que haja outra alternativa”, completou.
O diretor do Sindicato dos Bancários de Catanduva e Região e empregado da Caixa, Antônio Júlio Gonçalves Neto, reforça que o papel de informar a população sobre as questões relacionadas ao auxílio emergencial é da Caixa e do governo, e que havia um compromisso da direção do banco de veicular campanha publicitária informativa à população, o que acabou não sendo realizado.
Ele ressalta ainda que, mais uma vez, a prática demonstra que medidas como abertura antecipada, nos feriados e fins de semana e, agora, o retorno de empregados às agências são inócuas.
"Afrouxar as medidas de contenção da proliferação do vírus tomadas pela Caixa e colocar a saúde dos empregados e da população em risco não irá resolver o problema das filas nas agências. Temos alertado a direção da Caixa que para diminuir as filas é preciso ajustar os sistemas e fazer uma ampla campanha de esclarecimento à população, além do agendamento para atendimento presencial, distribuição de senhas e monitoramento externo das filas por empresas especializadas. A vida dos empregados em primeiro lugar", defende o diretor.
“Mandamos ofício para a Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) pedindo negociação para discutir o tema. Nós não concordamos que a Caixa chame os empregados para retornar ao trabalho. Assim, como foi feito quando eles foram colocados em home office, o retorno também tem que ser negociado com o Comando. Não existe retorno voluntário”, disse a presidenta Contraf-CUT, que é uma das coordenadoras do Comando Nacional dos Bancários. “Quem será responsável se aumentar o contágio ou óbitos de bancários? Orientamos os empregados e empregadas a não retornarem”, completou Juvandia.
Longas filas
Para o coordenador da Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa, Dionísio Reis, o problema das longas filas nas agências da Caixa, com aglomerações e até tumultos, é culpa do governo, que centralizou todo o cadastramento na Caixa.
O coordenador da Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa, Dionísio Reis, observa que existem milhões de pessoas que não têm acesso a celular; internet e TV, nem são bancarizadas. “Isso torna impossível de elas se cadastrarem da forma proposta. O banco também tem culpa, pois criou um canal de atendimento que não funciona e o 0800 tampouco dá conta. São filas de espera enormes, daí que as pessoas acabam indo para as agências”, criticou. “Enquanto isso, aumenta o número de mortes em todos os estados. Não podemos permitir que continue as aglomerações. A necessidade de isolamento social permanece”, disse.
Para a presidenta da Contraf-CUT, é fundamental que se tenha uma campanha massiva na imprensa dando ampla divulgação das informações sobre o benefício, bem como divulgar a central de atendimento 111, sobre o auxílio emergencial, que deve funcionar efetivamente. “Estamos propondo à Caixa e à Fenaban que chame o governo para a reunião. Vamos cobrar a descentralização do atendimento, que sejam feitas parceria com os municípios para que estes disponibilizem as estruturas dos Centros de Referência de Assistência Social (CRAS) para fazer o cadastramento de quem não consegue fazê-lo; e que todo o Sistema Financeiro se envolva nessa operação, pois quem tem fome tem pressa,” afirmou Juvandia.
“Outro grande problema, que já apontamos anteriormente, é a exigência de celular pra cadastrar as pessoas, sendo que há um grande número de brasileiros sem acesso à internet, nem a celular e que necessitam do auxílio. Para que, por exemplo a população em situação de rua consiga acessar o benefício é necessário que haja outra alternativa”, completou.
O diretor do Sindicato dos Bancários de Catanduva e Região e empregado da Caixa, Antônio Júlio Gonçalves Neto, reforça que o papel de informar a população sobre as questões relacionadas ao auxílio emergencial é da Caixa e do governo, e que havia um compromisso da direção do banco de veicular campanha publicitária informativa à população, o que acabou não sendo realizado.
Ele ressalta ainda que, mais uma vez, a prática demonstra que medidas como abertura antecipada, nos feriados e fins de semana e, agora, o retorno de empregados às agências são inócuas.
"Afrouxar as medidas de contenção da proliferação do vírus tomadas pela Caixa e colocar a saúde dos empregados e da população em risco não irá resolver o problema das filas nas agências. Temos alertado a direção da Caixa que para diminuir as filas é preciso ajustar os sistemas e fazer uma ampla campanha de esclarecimento à população, além do agendamento para atendimento presencial, distribuição de senhas e monitoramento externo das filas por empresas especializadas. A vida dos empregados em primeiro lugar", defende o diretor.
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