02/04/2020
Covid-19: Medidas protetivas para os empregados e população são necessárias
A Comissão Executiva dos Empregados da Caixa Econômica Federal (CEE/Caixa), que representa o Sindicato dos Bancários de Catanduva e Região nas negociações com o banco, vem se reunindo às terças e quintas ordinariamente para debater a situação dos empregados em todo país. Assim foi na última terça-feira (31), por meio de videoconferência. Com os recentes registros de extensas filas na porta das agências, o cumprimento de rodízio entre os trabalhadores que se encontram nas agências e os que estão no trabalho remoto é essencial para preservar a vida e a saúde dos terceirizados, empregados e da população. Hoje, a CE da Caixa firma a relação em 70% no trabalho remoto.
A manutenção do trabalho remoto para 70% dos empregados é fundamental para que a Caixa continue a fazer o atendimento à população sem entrar em colapso. "Ao apresentar casos suspeitos de Covid-19, a agência tem que fechar. Então, para que Caixa possa continuar funcionando é fundamental que se mantenha 70% dos empregados das agências em trabalho remoto. Isso diminui o risco de contágio entre os empregados e dos empregados com a população.", afirmou o coordenador da CEE/Caixa, Dionísio Reis.
Confira abaixo como garantir o atendimento essencial assegurando a saúde para os terceirizados, empregados e da população que acessa a Caixa.
Orientação da CEE/Caixa aos empregados:
Atendimento à população: Agendamento e Rodízio
O contágio da COVID-19 acontece por meio do contato entre pessoas e superfícies mal higienizadas. Manter o trabalho em home office para maior parte dos empregados das agências é essencial para salvar vidas. O isolamento social é a resposta mais eficaz contra o novo coronavírus de acordo com a Organização Mundial da Saúde e o Ministério da Saúde. O revezamento do trabalho oferece segurança para os empregados. "Relação com as pessoas é tudo que fazemos no nosso trabalho. Por isso, é tão importante manter apenas os serviços essenciais com atendimento presencial", destacou Dionísio.
O agendamento por telefone é o principal item para evitar aglomeração de pessoas e é reivindicado pela Comissão Executiva. O crescente número de pessoas na porta das agências poderia ser evitado se antes de comparecer ao banco o cliente tivesse que agendar. A medida está sendo cobrada pelo Comando Nacional dos Bancários, pelos sindicatos e federações e deveria ser implementada por todos os bancos. A medida pode pôr fim as filas, que põem em risco a vida e a saúde da população, e dos trabalhadores que irão atendê-los em seguida, porque podem ser foco de contágio da Covid-19.
Qualquer alteração no rodízio já implantado e se não implementar um agendamento por telefone atenta contra a saúde e a vida das pessoas e contra a sustentação do atendimento da Caixa.
Material de proteção: máscaras e álcool gel
As recomendações para evitar a contaminação pelo coronavírus passam por lavar as mãos com frequência. Mas na realidade das agências, essa tarefa fica impossível. Por isso, o álcool em gel é fundamental para os trabalhadores. A CEE/Caixa está cobrando a Caixa para repassar o cronograma de entrega dos Equipamentos de Proteção Individual (EPI). Máscaras e álcool gel são fundamentais para os empregados, que estão na linha de frente das agências, fazerem o atendimento à população. Sem o álcool em gel a agência Não Pode Funcionar.
"Locais como o Pará, por exemplo, até chegar os materiais em um município ribeirinho leva muito tempo. Então, estamos cobrando para que esse material chegue. Sem ele, a agência não pode abrir", reforçou o dirigente.
Grupos de Risco Não Podem ficar nas Agências!
Com o vencimento dos contratos para o trabalho em home office pelo prazo de 15 e 30 dias, os empregados devem procurar a unidade em que trabalham para assinar um novo contrato. Aqueles que se encontram no grupo de risco não podem trabalhar na agência. Seja por vontade própria, seja por orientação do gestor.
A orientação é para que tão logo assinem o contrato prorrogando o prazo do trabalho remoto, o empregado volte a ficar em casa. Como pedem os órgãos de saúde.
Questões com parentes e coabitantes
Os casos de coabitação com o grupo de risco ou pais com filhos em idade escolar, a Caixa segue intransigente. A Comissão reivindica o trabalho remoto para essas situações, mas ainda sem acordo. Cada caso deve ser tratado pontualmente em cada região. Empregados devem solicitar o trabalho remoto e se houver problema, o empregado pode solicitar o auxílio das entidades do seu estado ou entrar em contato com a Fenae.
Fim das metas
A Comissão está cobrando da Caixa o fim da cobrança das metas. De acordo com o coordenador da CEE, o banco público alega que não está fazendo a cobrança, mas há relatos de que instrumentos como o Conquiste e GDP continuam ativos. Há ainda denúncias dos empregados sobre a inviabilidade para se inscreverem nos processos seletivos abertos. Diante disso, a CEE solicitou suspensão dos processos seletivos internos e a interrupção dos prazos processuais dos processos disciplinares e de apuração ética.
"Não é verdade dizer que não estão cobrando as metas. Estamos reivindicando a suspensão dos processos e que a Caixa foque no que é essencial para a população. A necessidade de atender a população é uma das principais razões para as agências estarem abertas", afirmou Dionísio.
Trabalho home office
O trabalho home office ainda requer adequação do Sistema Remoto. Segundo a Caixa, a ferramenta está em uma rotina de melhora e os problemas aconteceram pelo volume de trabalho remoto. A Comissão acompanha de perto e já questionou o banco público sobre a funcionalidade do sistema.
É preciso destacar que o distanciamento social é a melhor forma de conter o vírus, por isso, o trabalho remoto é importante neste momento. Frente a esse cenário, a CEE defende o trabalho home office porque salva vidas.
Há ainda diversas questões a respeito do trabalho remoto. Mas é preciso manter o respeito pela jornada de trabalho.
“É importante que os bancários mantenham o Sindicato informado para que os bancos sejam cobrados a apresentar solução para cada um dos problemas que aparecerem”, reforça o diretor do Sindicato, Antônio Júlio Gonçalves Neto.
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